Ação contra manifestantes nas ruas do Cairo deixa mortos e feridos:esportenetbet

Confronto no Cairo | Foto: EPA
Legenda da foto, Destruição: cenárioesportenetbetguerra no oeste do Cairo

Ao menos 149 pessoas morreram e 1,4 mil ficaram feridas na manhã desta quarta-feira, segundo o Ministério da Saúde do Egito, após as forçasesportenetbetsegurança do país terem agido para remover dois acampamentosesportenetbetapoiadores do presidente deposto Mohammed Morsi nas ruas do Cairo.

A Irmandade Muçulmana, grupo político ao qual Morsi é filiado, afirma porém que o númeroesportenetbetmortes é muito maior e poderia chegar a milhares.

Rajadasesportenetbetmetralhadora foram ouvidas, e escavadeiras avançaram sobre as áreas dos acampamentos.

As forçasesportenetbetsegurança também dispararam bombasesportenetbetgás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.

Segundo as autoridades egípcias, a praça Nahda, no oeste do Cairo, já foi totalmente esvaziada.

O Ministério do Interior confirmou que as operaçõesesportenetbetretirada nas ruas do entorno estavamesportenetbetandamento.

Em outro evento que intensifica a crise política do país, Mohamed ElBaradei - vencedor do prêmio Nobel eesportenetbetorientação mais moderada - renunciou ao cargoesportenetbetvice-presidente interino, alegando que havia opções pacíficas para pôr fim ao impasse político entre simpatizantes e opositores da Irmandade Muçulmana.

Também nesta quarta-feira, o secretário-geral da Otan (aliança militar ocidental), Anders Fogh Rasmussen, disse estar "profundamente preocupado" com a situação no Cairo, refletindo os temores da comunidade internacionalesportenetbetrecrudescimento da violência no Egito.

"Medidas necessárias"

Segundo a TV local, ativistas pró-Morsi foram perseguidos após fugirem para um zoológico próximo e para o campus da Universidade do Cairo.

Testemunhas disseram ter visto ao menos 15 corpos no chão, mas a Irmandade Muçulmana descreveu a intervenção das forçasesportenetbetsegurança como um massacre.

Ao menos dois membros das forçasesportenetbetsegurança estariam entre a vítimas fatais, e nove ficaram feridos, segundo as autoridades egípcias.

ApoiadoresesportenetbetMorsi vinham ocupando a praça Nahda e o localesportenetbetfrente à mesquita Rabaa al-Adawiya, no nordeste da cidade, desde a deposição do presidente,esportenetbet3esportenetbetjulho. Eles pedem volta dele ao cargo.

Antes do início da operação, o Ministério do Interior afirmouesportenetbetum comunicado que as forçasesportenetbetsegurança estavam tomando as "medidas necessárias" contra os acampamentos.

O comunicado disse que uma saída segura seria providenciada para os manifestantes e que eles não seriam perseguidos, "exceto aqueles procurados pela Justiça".

O ministério disse ainda que não pretendia "derramar nenhum sangue egípcio".

Mortos e feridos

A TV ligada à Irmandade Muçulmana pediu às pessoas que enviassem carros para os locais dos acampamentos para levar os feridos aos hospitais.

Escavadeiras foram usadas para derrubar muros levantados pelos manifestantes fora da mesquita Rabaa al-Adawiya, segundo o correspondente da BBC James Reynolds.

Centenasesportenetbetpessoas já foram mortasesportenetbetconfrontos com as forçasesportenetbetsegurança desde a deposiçãoesportenetbetMorsi, no dia 3esportenetbetjulho, que reforçou a polarização do país.

Em entrevista à BBC na segunda-feira, o ministro das Relações Exteriores, Nabil Fahmy, disse que os acampamentos não poderiam ficar nas ruas por tempo indeterminado e prometeu diálogo.

"Se as forças policiais tomarem suas medidas, farão issoesportenetbetacordo com a lei, com mandado judicial eesportenetbetacordo com as normas básicas pelas quais essas coisas são feitas”.

Nenhum sinalesportenetbetMorsi

Morsi, o primeiro presidente democraticamente eleito do Egito depoisesportenetbeta saídaesportenetbetHosni Mubarak, que governou o país por três décadas, foi deposto pelo Exército após protestosesportenetbetmassa contra seu governo.

Desde 3esportenetbetjulho, ele está detidoesportenetbetlocal secreto, sem que qualquer foto ou declaração dele tenha sido divulgada.

A eleição presidencial do ano passado ocorreu após os fortes protestos populares que haviam ajudado a derrubar, no começoesportenetbet2011, o regimeesportenetbetMubarak.