Brics no metro quadrado mais caro da África: 'Dá raiva e machuca':https 1xbet mobile

Legenda da foto, A cúpula do Brics está sendo realizadahttps 1xbet mobileum centrohttps 1xbet mobileconvençõeshttps 1xbet mobileSandton, área ricahttps 1xbet mobileJoanesburgo e que fica a seis quilômetroshttps 1xbet mobileAlexandra, cidade pobre onde Mandela viveu na juventude

E trinta e três anos após o fim do regime oficialhttps 1xbet mobilesegregação entre brancos e negros na África do Sul, o país é, segundo relatório do Banco Mundial do ano passado, o país mais desigual do mundo. Enquanto o Laboratório Mundial da Desigualdade, dirigido pelo francês Thomas Piketty, afirma que o país pouco se moveuhttps 1xbet mobiletermoshttps 1xbet mobileconcentraçãohttps 1xbet mobilerendahttps 1xbet mobiletrês décadas.

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A pobreza na Alexandrahttps 1xbet mobileMandela contrastahttps 1xbet mobileforma brutal com a riqueza do palco escolhido pelo governo sul-africano para sediar a 15ª Cúpula do Brics.

O encontro que reuniu os líderes do Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul nesta semana, aconteceuhttps 1xbet mobileSandton, uma área na região metropolitanahttps 1xbet mobileJoanesburgo. O lugar é conhecido popularmente como o "metro quadrado mais caro da África" e fica a seis quilômetroshttps 1xbet mobiledistânciahttps 1xbet mobileAlexandra.

Lá, os telhadoshttps 1xbet mobilezinco dão lugar a arranha-céus envidraçados com design moderno que abrigam multinacionaishttps 1xbet mobilefaturamento bilionário como mineradoras como a Anglo Ashanti e empresashttps 1xbet mobiletecnologia.

As ruas sem pavimento descritas por Mandela dão lugar a vias largas nas quais carros oficiais desfilaram ao longo dos últimos dias carregando presidentes, ministros e empresários dos países dos Brics.

É nessa área, por exemplo, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ehttps 1xbet mobilecomitiva ficaram hospedados.

A poucos metros do centrohttps 1xbet mobileconvenções onde a cúpula é realizada, fica um complexo comercial conhecido como Mandela Square (ou Praça Mandela).

Legenda da foto, Estátuahttps 1xbet mobileNelson Mandela orna a Mandela Square, um complexohttps 1xbet mobilelojashttps 1xbet mobileSandton, Joanesburgo

E é lá que um outro moradorhttps 1xbet mobileAlexandra assiste à movimentação gerada pelo Brics enquanto serve mesashttps 1xbet mobileum restaurantehttps 1xbet mobilecomida indiana badalado.

Richard Malekano, 33, é garçom e vivehttps 1xbet mobileAlexandra há três anos. Ele viviahttps 1xbet mobileCosmo City, outra comunidade pobrehttps 1xbet mobileJoanesburgo, mas se mudou para ficar mais perto do novo emprego.

O restaurante onde trabalha ficahttps 1xbet mobilefrente a uma estátuahttps 1xbet mobileMandelahttps 1xbet mobilemetal medindo aproximadamente quatro metroshttps 1xbet mobilealtura.

"Você sabia que Mandela morou onde eu moro?", pergunta.

Entre um prato e outro, ele conta que a vida e a paisagemhttps 1xbet mobileAlexandra parece ter mudado poucohttps 1xbet mobilerelação ao tempohttps 1xbet mobileMandela.

"As ruas ainda são sujas e a gente precisa enfrentar os blecautes o tempo inteiro", lamenta.

Richard diz que ganhahttps 1xbet mobiletornohttps 1xbet mobile7 mil rands (moeda local) por mês, o equivalente a pouco maishttps 1xbet mobileR$ 1,8 mil.

Sem dinheiro para terhttps 1xbet mobileprópria casa, ele alugou um quartohttps 1xbet mobileum locatário que construiu um imóvel e o dividiuhttps 1xbet mobilenove pequenos quartos com acesso a apenas um banheiro. Richard diz sentir-se com sorte.

"Eu me sinto sortudohttps 1xbet mobileAlexandra. A minha casa, pelo menos, tem paredeshttps 1xbet mobileconcreto", afirma.

Ele conta que não teve oportunidadehttps 1xbet mobileestudar porque, como mais velho, acabou tendo que ir trabalhar e ajudar a custear os estudoshttps 1xbet mobilesuas irmãs.

Legenda da foto, Lojahttps 1xbet mobilecarroshttps 1xbet mobileluxohttps 1xbet mobileSandton, conhecida como o 'metro quadrado mais caro da África'

Alexandra tem famahttps 1xbet mobileser um lugar violento e Richard diz saber disso. Mesmo assim, ele afirma se sentir seguro emhttps 1xbet mobilevizinhança.

"Acho que me sinto seguro lá porque eu sou pobre. Se você for rico e vai a Alexandra, você pode se sentir inseguro. Mas quando você é pobre como eu, você pensa: mesmo se eu morrer, o que eu tenho a perder?", afirma Richard.

Durante a conversa, um jato da aeronáutica sul-africana faz um voo rasante sobre Sandton e ele refletiu sobre a quantidadehttps 1xbet mobilepolíticos, empresários e jornalistas naquela parte afluente da África do Sul.

"Aquihttps 1xbet mobileSandton, a maioria da forçahttps 1xbet mobiletrabalho vivehttps 1xbet mobileAlexandra. Vocês (jornalistas) focamhttps 1xbet mobilequem está vindo pra cá, mas não focamhttps 1xbet mobilequem vivehttps 1xbet mobileAlexandra. Dá raiva e isso machuca. É uma cicatriz. Se você olhar, está cheiohttps 1xbet mobilepolícia nas ruas hojehttps 1xbet mobiledia, mas não é sempre assim", disse Richard.

Combate à desigualdade não ganhou holofotes

Trinta e três anos depois do fim do apartheid, Richard diz não se sentir incluídohttps 1xbet mobileseu próprio país.

"Como africanos, a gente ainda não é livre. A gente não vai nos lugares não porque a gente não pode, mas porque não temos o dinheiro pra ir. Você não come algo não porque você não quer, mas porque você não tem dinheiro para isso", afirmou.

Na África do Sul, o 1% mais rico concentra 55% da riqueza do país,https 1xbet mobileacordo com relatóriohttps 1xbet mobile2022 do Laboratório Mundial da Desigualdade,https 1xbet mobilePiketty. Um resultado apenas um pouco melhor do que o do Brasil, que também está entre os países mais desiguais do mundo e é o segundo mais concentradorhttps 1xbet mobilerenda entre no Brics (1% mais rico no Brasil abocanha 48,1% da riqueza total).

"Embora os direitos democráticos tenham sido alargados à totalidade da população após o fim do apartheidhttps 1xbet mobile1991, as desigualdades econômicas extremas persistiram e foram exacerbadas", afirma o estudo do ano passado.

"O grupo dos 10% mais ricos é composto por 60%https 1xbet mobilesul-africanos brancos, que representam apenas 10% ou menos da população total", informa o texto.

A desigualdade social e a necessidadehttps 1xbet mobilereduzir a pobreza nos países do Brics foi um dos temas que apareceram nos discursoshttps 1xbet mobilelíderes durante a cúpula.

"O sinal mais evidentehttps 1xbet mobileque o planeta está se tornando um lugar mais desigual é o crescimento da fome e da pobreza. Isso é inaceitável. Apesar dahttps 1xbet mobilemagnitude, esses problemas não são tratados com a urgência que merecem", disse Lulahttps 1xbet mobileum pronunciamento ao final da reunião.

Mas a desigualdade ficou longehttps 1xbet mobileatrair os principais holofotes. O que dominou a cúpula ao longo da semana foi o xadrez geopolítico que resultou na expansão do bloco.

O grupo anunciou que convidou Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Argentina, Irã e Argentina a fazer parte do grupo a partirhttps 1xbet mobile2024.

O anúncio foi o momento mais esperado da reunião e foi feito no Centrohttps 1xbet mobileConvençõeshttps 1xbet mobileSandton. A pouco maishttps 1xbet mobile500 metroshttps 1xbet mobileonde Richard serve seus pratos.