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Os jovens que querem se unir ao Estado Islâmico para fugir da pobreza:bônus betano free bet
"Eu estava estudando a Sharia [as leis islâmicas] e, todos os dias, eles nos ensinavam sobre o jihad [a guerra santa]", afirma Ahmed. "Eles nos contaram sobre o Iraque e sobre o grupo Estado Islâmico. Nós adorávamos o EI porque ele era famoso. Recebi o contatobônus betano free betum homem na prisão e ele me disse 'vou mandar você para lá'."
Discreto ebônus betano free betfala calma, é difícil imaginar Ahmed como um combatente. Nós conversamos sobre os crimes terríveis cometidos pelo grupo e o pressionei para explicar por que ele queria ser partebônus betano free betalgo como aquilo.
"Eu quis entrar no EI e ser um mujahid [combatente] porque não conseguia lidar com a crise por aqui", responde ele lentamente. "Assim, eu ficaria perto do meu Deus e viveria com conforto, sem ficar sempre preocupado com o custobônus betano free betvida."
Ahmed estava decidido. Ele disse ao recrutador que queria se inscrever, deixar o Líbano e viajar para lutar pelo grupo no Iraque e na Síria. Mas,bônus betano free betquestãobônus betano free bethoras, ele foi capturado pela polícia e preso.
Autoridadesbônus betano free betinteligência do exército libanês o interrogaram por cinco dias antesbônus betano free betlibertá-lo. Isso fez com que Ahmed lamentassebônus betano free betescolha, mas seus vários problemas continuam sem solução.
"Isso me dá vontadebônus betano free betme matar", afirma ele. "Devo dinheiro que peguei emprestado para comprar móveis para o meu quarto, mas não consigo pagarbônus betano free betvolta. Não sabemos o que irá acontecer no futuro."
Nas travessasbônus betano free betTrípoli, a esperança estábônus betano free betfalta — da mesma forma que eletricidade, água, combustível, remédios e empregos.
Estima-se que, no ano passado, cercabônus betano free bet100 jovens libaneses tenham entrado para o EI. Não é apenas questãobônus betano free betaderir à ideologia extremista representada pelo grupo. Eles estão tentando escapar da pobreza opressivabônus betano free betum paísbônus betano free betcrise.
Para muitos, a seita religiosa ou antecedentes familiares impedem que se abram oportunidades para eles. Essa luta pela sobrevivência fez com que alguns jovens tomassem medidas desesperadas.
Nabil Sari é um juiz conhecidobônus betano free betTrípoli. Ele já enfrentou esses casos antes.
"Não há oportunidadesbônus betano free betemprego, escola, nem oportunidadesbônus betano free betestudo", afirma ele. "E alguns dos que entraram para o EI por esse motivo se arrependeram e tentaram entrarbônus betano free betcontato com suas famílias para voltar — mas não conseguem."
O grupo Estado Islâmico está longebônus betano free betser a força que foi um dia no Oriente Médio. Ele chegou a controlar um território que foi declarado um califado (um Estado Islâmico) na Síria e no Iraque. A maior parte do grupo foi derrotadabônus betano free betuma batalha sangrenta na cidade síriabônus betano free betBaghouz,bônus betano free bet2019.
Mas o pequeno grupo restante que não foi morto, nem preso, continua a atacar alvos nas regiões que antes controlava. E, no início deste ano, os relatos desses ataques começaram a conter detalhes sobre membros libaneses.
O advogado Mohammad Sablouh representa diversas famíliasbônus betano free betmembros libaneses do EI. Juntos, nós nos dirigimos a Wadi Khaled, no norte do Líbano, onde moravam muitos dos homens desaparecidos. É uma região hostil, mergulhada na pobreza. As crianças brincam o dia todobônus betano free betbecos poeirentos, com brinquedos improvisados. A crise significa que muitas delas não têm oportunidadebônus betano free betir à escola.
"Aqui é separado do Estado", explica Mohammed. "Veja estas áreas pobres. Ninguém se importa com elas. O país não está cumprindobônus betano free betobrigação com seus cidadãos. E essa classe pobre será usada e recrutada para o EI."
Bakr Saif desapareceu um ano atrás. Ele estava a semanasbônus betano free betse casar. Antes, havia sido preso e passado algum tempo na prisão, mas estava construindo um futuro combônus betano free betnoiva. Ele não contou àbônus betano free betmãe Umm Saif que planejava deixar a região.
"Ele nos disse que iria verbônus betano free betnoiva e voltaria ao meio-dia", ela conta, com os olhos cheiosbônus betano free betlágrimas. "Ele foi e nunca mais voltou."
"Soubemos das notícias nas redes sociais", prossegue seu pai, Mahdi Saif. "Estavabônus betano free bettodos os nossos celulares. Simplesmente não acreditávamos. E então todos começaram a gritar e chorar."
Umm faz uma pausa e enxuga as lágrimas.
"Ele tinha uma vida feliz, estava se preparando para o casamento e estava feliz", ela conta. "Ele havia saído da prisão. Era um rapaz muito bom. Respeitoso. Educado. Tudo o que eu disser, você pode dizer 'ela ébônus betano free betmãe', mas esta é a verdade."
Menosbônus betano free betum mês depois, Umm Saif recebeu uma mensagembônus betano free betvoz. Uma voz sinistra, alterada por computador, disse a ela que seu filho havia sido mortobônus betano free betcombate pelo EI no Iraque. Estranhamente, a voz disse que ele foi "morto" e não "martirizado", que é uma expressão muito mais parecida com a linguagem que seria usadabônus betano free betuma mensagem genuína do EI.
Os paisbônus betano free betBakr não acreditaram na mensagembônus betano free betvoz, nem no que as autoridades libanesas contaram sobre o destino do seu filho. Eles acham que Bakr Saif nunca saiu do Líbano e segue mantidobônus betano free betcustódiabônus betano free betalgum lugar do país.
Mahdi Saif, o paibônus betano free betBakr, mostra o apartamento do seu filho. Está limpo e arrumado, mas vazio, e parece abandonado. Os chocolatesbônus betano free betembalagem dourada comprados por Bakr para seu casamento ainda podem ser vistos, esperando para serem consumidos.
O exército iraquiano afirma que Bakr Saif saiu do Líbano e viajou para entrar para o EI. Eles defendem que Saif envolveu-sebônus betano free betum ataque a uma base militarbônus betano free betDiyala, no Iraque, que matou 10 soldados.
Em retaliação, nove membros do EI foram mortos dias depoisbônus betano free betum ataque aéreo das forças iraquianas. Metade deles erabônus betano free betlibaneses.
As forças iraquianas afirmam que Saif era um deles. Eles insistem que têm certeza absoluta e afirmam que testam o DNA dos corpos para confirmar a identidade dos mortos.
Conversei com o general do exército iraquiano Yahya Rasoul Abdulla sobre os homens que estão deixando o Líbano para entrar no EI. O general tinha palavras fortes para eles.
"Minha mensagem para o mundo árabe, especialmente para a juventude libanesa, é que essa organização terrorista está usando você como lenha para o fogo", afirmou. "Vocês podem ver e perguntar às pessoas iraquianas que viveram sob controle do EI — eles matavam as pessoas, estupravam as mulheres, escravizavam as mulheres, destruíam propriedades, destruíam toda a infraestrutura e até destruíam as tumbas do profeta. Não sejam combustível das guerras deles, não sejam usados por eles."
"O exército iraquiano estábônus betano free bettoda parte. Aonde quer que vá essa organização, no deserto, nas montanhas, nos vales, nós iremos persegui-los e matá-los", afirma o general.
Do pico no início deste ano, os númerosbônus betano free betpessoas que entram para o EI começaram a diminuir. As histórias dos que saíram agora são conhecidasbônus betano free betTrípoli e tornam a perspectivabônus betano free betsegui-los menos atraente.
Mas, enquanto o Líbano continua a lutar contrabônus betano free betdevastadora crise econômica e seus políticos retardam a formação do novo governo meses depois das últimas eleições no país, a vida não está ficando mais fácil. E os recrutadores do EI continuam a circular, esperando atrair uma nova levabônus betano free betjovens libaneses marginalizados.
- Este texto foi originalmente publicadobônus betano free bethttp://vesser.net/internacional-63966341
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