Nós atualizamos nossa Políticafreebet betpix365Privacidade e Cookies
Nós fizemos importantes modificações nos termosfreebet betpix365nossa Políticafreebet betpix365Privacidade e Cookies e gostaríamos que soubesse o que elas significam para você e para os dados pessoais que você nos forneceu.
3 lições que a América Latina pode aprender do salto econômico dos tigres asiáticos:freebet betpix365
"As oportunidades são um alvo móvel que se altera à medida que se expande cada revolução tecnológica", segundo a acadêmica Carlota Pérez, do University Collegefreebet betpix365Londres e da Universidadefreebet betpix365Sussex, no Reino Unido. Ela é autora do livro Technological Revolutions and Financial Capital ("Revoluções tecnológicas e capital financeiro",freebet betpix365tradução livre).
Os tigres asiáticos, que viviam naquela época à sombrafreebet betpix365governos totalitários, aproveitaram o momento da históriafreebet betpix365que o Ocidente forneceu a eles "apoio intensivo", como parte da Guerra Fria.
Estrategicamente, os Estados Unidos observaram naqueles territórios uma formafreebet betpix365ampliarfreebet betpix365influência e neutralizar a hegemoniafreebet betpix365países como a China e a antiga União Soviética na região.
Maisfreebet betpix365meio século se passou e a América Latina enfrenta outros desafios, alémfreebet betpix365uma encruzilhada histórica que está evoluindo abruptamente, causada pela pandemiafreebet betpix365covid-19 e pela guerra na Ucrânia,freebet betpix365meio a uma mudança tecnológica que sobreveio com rapidez incontrolável.
O que a região pode aprender com os tigres asiáticos?
1. Aproveitar as revoluções tecnológicas
Para Pérez, "a oportunidade atual para a América Latina está no novo dinamismo tecnológico dos recursos naturais, na demanda global crescente e nas exigências da transição verde".
Deste pontofreebet betpix365vista, a chamada "maldição dos recursos naturais" que tornou a exportaçãofreebet betpix365commodities um dos pilares fundamentais da região, poderia transformar-sefreebet betpix365uma plataforma para a próxima revolução tecnológica. Ou seja, é preciso converter uma suposta maldiçãofreebet betpix365uma vantagem comparativa adaptada às mudanças tecnológicas.
Atualmente, Hong Kong e Singapura estão entre os centros financeiros mais importantes do mundo. Já a Coreia do Sul e Taiwan são essenciais para a fabricação mundialfreebet betpix365componentes eletrônicos efreebet betpix365automóveis, alémfreebet betpix365tecnologias da informação.
Mas a América Latina precisa seguir os mesmos passos? Os especialistas argumentam que não. O que o continente pode fazer é usar seus recursos naturais como pontofreebet betpix365partida para desenvolver tecnologias emergentesfreebet betpix365áreas como a energia renovável, nanotecnologia, bioeletrônica ou novos materiais.
"Combinando recursos naturais com tecnologia e sustentabilidade socioambiental, é possível um projetofreebet betpix365desenvolvimento bem sucedido nesta década", segundo a pesquisadora.
Com as circunstâncias atuaisfreebet betpix365baixo crescimento e alta inflação, aliadas ao panofreebet betpix365fundo da guerra na Ucrânia, especialistas advertem que, se a região não fizer mudanças profundas agora, pode encaminhar-se para outra "década perdida", como aconteceu nos anos 1980.
Essas mudanças profundas incluem transformar a estruturafreebet betpix365produção dos países com estreita colaboração entre o setor privado e o setor público. Agindo desta maneira, o trabalho poderá se desenvolver por décadas, alémfreebet betpix365gerar vontade política para elaborar planosfreebet betpix365longo prazo que não dependamfreebet betpix365cada um dos sucessivos governos.
É difícil? Sim, muito.
Com relação às novas oportunidades para a região, a Comissão Econômica para a América Latina (Cepal) propõe que os países se dediquem a desenvolver tecnologiasfreebet betpix365transição energética, eletromobilidade, bioeconomia ou indústria fabricante do setorfreebet betpix365saúde.
2. Concentrar-se nas exportações
Diferentemente do que ocorreu na América Latina, que baseou grande parte do seu desenvolvimento na exportaçãofreebet betpix365matéria-prima (com pouco ou nenhum valor agregado), a abertura dos tigres asiáticos para o mundo concentrou-se na exportaçãofreebet betpix365produtos tecnológicos e na entradafreebet betpix365investimento direto do exterior.
Conhecida como industrialização voltada à exportação, esta estratégia fez com que as vendas para o exterior crescessem com o dobro da velocidade média dos paísesfreebet betpix365desenvolvimento.
Os tigres asiáticos também não permitiram que o câmbio se sobrevalorizasse e os exportadores tiveram acesso a subsídios e incentivos, como isençãofreebet betpix365impostos, zonasfreebet betpix365livre comércio e maior acesso a divisas.
"Eles sabiam desde o princípio que precisariam exportar seus produtos para os países desenvolvidos", comenta Takashi Kanatsu, professorfreebet betpix365ciências políticas da Universidade Hofstra,freebet betpix365Nova York, nos Estados Unidos. "Os países latino-americanos deveriam concentrar-se nas exportações relacionadas à indústriafreebet betpix365alta tecnologia."
Kanatsu acrescenta que um exemplofreebet betpix365sucesso na região é a Embraer (Empresa Brasileirafreebet betpix365Aeronáutica), que aproveitou as oportunidades tecnológicas da mesma forma que os tigres asiáticos.
Mas o desafio é gigantesco. Principalmente agora que a região começa a se recuperar das consequências da pandemia (que deixou altos níveisfreebet betpix365dívida e déficit fiscal) e precisa enfrentar o golpefreebet betpix365uma crise econômica mundialfreebet betpix365meio a uma onda inflacionária que aumentou as taxasfreebet betpix365juros a seus níveis máximos históricos.
Com essas dificuldades, aliadas à polarização políticafreebet betpix365muitos países, a América Latina parece estar um poucofreebet betpix365mãos atadas no curto prazo.
"Quero ser otimista, mas tenho dúvidasfreebet betpix365que as coisas estejam se movendo na direção certa", afirma Danny Leipziger, professorfreebet betpix365negócios internacionais da Universidade George Washington, nos Estados Unidos. "Existem muitos governos menos dispostos a ser eficientes e mais interessadosfreebet betpix365programas populistas."
Com relação aos tigres asiáticos, Leipziger destaca a forma como eles se incorporaram ao comércio internacional. "Eles entraramfreebet betpix365mercados desenvolvidos e, para isso, precisaram tornar-se competitivos."
No caso latino-americano, mesmo com a proximidade dos Estados Unidos, ele acrescenta que os países "não parecem beneficiar-se tanto quanto poderiam com as suas exportações".
Para o professor, países como o Brasil e a Argentina estão menos voltados para as exportações quanto os asiáticos, pois têm um grande mercado doméstico ao qual dirigiram uma parte importante dos seus esforços.
Já os tigres asiáticos, exatamente por não terem tantos recursos naturais, "assumiram desde o primeiro momento que o seu mercado era o sistemafreebet betpix365comércio global", segundo Leipziger.
Como a América Latina pode sair desse labirinto? Leipziger afirma que,freebet betpix365uma economia global digitalizada dominada pelos serviços, cada país da região precisa encontrarfreebet betpix365vantagem competitiva.
Mas um passo fundamentalfreebet betpix365comum é que os países desenvolvamfreebet betpix365infraestrutura básicafreebet betpix365portos, trens e rodovias para facilitar as exportações. Sem isso, será muito difícil que suas exportações se tornem competitivas.
Leipziger indica que um exemplo mais recente a ser considerado é o Vietnã, que conseguiu seus maiores avanços nos últimos 20 anos, "principalmente graças aos investimentos estrangeiros diretos efreebet betpix365orientação exportadora. Se você tiver um celular Samsung, ele foi fabricado no Vietnã."
3. Educar para inovar
Um ponto bem sucedido entre os tigres asiáticos e,freebet betpix365forma geral, os países do leste da Ásia é a importância dedicada à educação para inovar. Eles deram prioridade à formação técnica como base para a inovação tecnológica,freebet betpix365forma similar ao modelo educativo japonês "Kosen", segundo o professor Takashi Kanatsu.
O Kosen é um sistemafreebet betpix365educação formal criadofreebet betpix3651962,freebet betpix365um períodofreebet betpix365rápido crescimento econômico do Japão, para impulsionar as indústrias que o país queria desenvolver.
Em vezfreebet betpix365separar a educação secundária e a universitária, os alunos japoneses entram no sistema com 15 anosfreebet betpix365idade e estudam até os 20. O foco é no estudofreebet betpix365ciências, tecnologia, engenharia e matemática - STEM, na siglafreebet betpix365inglês.
"Este tipofreebet betpix365sistema educativo é muito popular entre as empresas, pois os estudantes ingressam no mercadofreebet betpix365trabalho depois que entraramfreebet betpix365contato com os produtos do mundo real. Quando já aprenderam fazendo as coisas", explica Kanatsu.
Como o custo do sistema é menor do que enviar os adolescentes para a universidade depois do fim dos anosfreebet betpix365escola, um modelo similar aplicado na América Latina poderia ajudar a continuar ampliando a classe média e impulsionar o desenvolvimento.
Uma advertência: salto econômico sem democracia
Uma peça essencial do quebra-cabeça é que o rápido desenvolvimento dos tigres asiáticos não ocorreufreebet betpix365sistemas políticos democráticos.
"O salto econômico dos tigres asiáticos se deu sob governos controlados por um único partido ou regimes militares", afirma Kanatsu.
Mas é importante entender, segundo o pesquisador, que "esta não é uma condição, não é algo necessário para o desenvolvimento, como fizeram esses países". Ele argumenta que o Japão é um bom exemplo porque "a chave estava no consenso".
Por isso, a advertênciafreebet betpix365Kanatsu é que, "quando existe consensofreebet betpix365um país sobre como desenvolver-se, não é preciso sacrificar a democracia". A dificuldade, é claro, estáfreebet betpix365como chegar a esse consenso.
Muitos pesquisadores criticaram o rígido regime aplicado pelos tigres asiáticos, devido ao "custo humano" causado pelo modelofreebet betpix365desenvolvimento.
Fala-se até do sacrifíciofreebet betpix365toda uma geração para que, hoje, aqueles países tenham um melhor padrãofreebet betpix365vida. E, atualmente, a forçafreebet betpix365trabalhofreebet betpix365muitas das nações do leste asiático está exausta, devido às grandes exigênciasfreebet betpix365produção.
A Coreia do Sul, por exemplo, é um dos países onde as pessoas menos dormem no mundo. Existe alto consumofreebet betpix365antidepressivos efreebet betpix365taxafreebet betpix365suicídios é a mais alta entre os países desenvolvidos.
O paradoxo é que as pessoas já não morremfreebet betpix365fome, mas muitos morrem devido aos custosfreebet betpix365viverfreebet betpix365um país rico. Por isso, muitos especialistas afirmam que vale a pena aprender com o que eles conseguiramfreebet betpix365bom, mas também com o que eles fizeramfreebet betpix365negativo.
Principais notícias
Leia mais
Mais lidas
Conteúdo não disponível