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Por que os EUA têm US$ 7 bi do Afeganistão e não querem devolver o dinheiro:sign up hollywood bet
sign up hollywood bet Há um ano, os Estados Unidos retiraram suas tropas do Afeganistãosign up hollywood betuma saída caótica que deixou dezenassign up hollywood betmortos e milharessign up hollywood betexilados.
Depois que o Talebã retomou o podersign up hollywood betagostosign up hollywood bet2021, o governo do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, decidiu congelar cercasign up hollywood betUS$ 7 bilhões (maissign up hollywood betR$ 35 bi)sign up hollywood betativos que o banco central afegão tinha no Federal Reservesign up hollywood betNova York (outros US$ 2 bilhões estãosign up hollywood betoutros países).
Isso representa maissign up hollywood bet40% das reservassign up hollywood betmoeda forte do Afeganistão e inclui US$ 500 milhõessign up hollywood betativossign up hollywood betbancos privados que são obrigados por lei a serem depositados no banco central afegão.
O argumento da Casa Branca é que a liberação dos fundos possa levar o Talebã a desviar recursos ou não usá-los para melhorar a situação dos afegãos.
O confiscosign up hollywood betreservas já foi praticado antes contra outros governos, instituições e indivíduos que Washington considera terem violado leis, praticado corrupção ou participadosign up hollywood betataques contra os direitos humanos.
Mas a crise que o Afeganistão experimentou no ano passado, uma das pioressign up hollywood betsua história, levou vários especialistas e organizações a pedir a Biden que permitisse que o dinheiro do Afeganistão voltasse ao país.
Na semana passada, maissign up hollywood bet70 economistas e especialistas, incluindo o Prêmio Nobelsign up hollywood betEconomia Joseph Stiglitz (2001), pediram a Washington e outros países ocidentais que liberassem os ativos para permitir que a economia afegã voltasse a funcionar.
"Estamos profundamente preocupados com as catástrofes econômicas e humanitárias que estão se agravando no Afeganistão e,sign up hollywood betparticular, com o papel da política dos EUAsign up hollywood betpromovê-las", disse a carta, também assinada, entre outros, pelo ex-ministro das Finanças grego Yanis Varoufakis.
"Sem acesso às suas reservas estrangeiras, o banco central do Afeganistão não pode desempenhar suas funções normais e essenciais", acrescentaram.
Os especialistas consideraram que a posição dos EUA só agrava a situaçãosign up hollywood betcrise que a nação islâmica vive desde o retorno do Talebã há um ano.
"O povo do Afeganistão teve que sofrer duplamente por um governo que não elegeu. Para mitigar a crise humanitária e colocar a economia afegã no caminho da recuperação, pedimos que você permita que o DAB (banco central afegão) recupere suas reservas internacionais", disseram.
A economia do Afeganistão vive um dos piores momentossign up hollywood betsua história desde a volta ao poder do Talebã, uma situação que não está diretamente ligada à retenção dos fundos nos EUA.
O corte repentino da ajuda internacional (a ajuda externa direta financiava 70% do orçamento do governo afegão antes da chegada dos talebãs) e a inflação causada pela guerra na Ucrânia aprofundaram a situaçãosign up hollywood betextrema pobreza no país, onde milhõessign up hollywood betpessoas estãosign up hollywood betriscosign up hollywood betfome, segundo estimativas.
Nesse contexto, o país tem sido prejudicado pela incapacidadesign up hollywood betfuncionamento do seu banco central por não ter acesso às suas reservas.
Isso resultousign up hollywood betuma forte depreciação da moeda afegã (afegane), levando ao aumento dos preços das importações e ao colapso do sistema bancário, com milharessign up hollywood betpessoas impossibilitadassign up hollywood betacessar suas economias ou receber salários.
Longa cruzada
Há meses, Washington e o Talebã mantêm conversas para discutir a liberação das reservas, mas não encontraram um meio-termo.
O novo governo do Afeganistão não é reconhecido pela maioria da comunidade internacional, e grupossign up hollywood betdireitos humanos acusaram o Talebãsign up hollywood betabusos, incluindo execuções extrajudiciais e cerceamento das liberdadessign up hollywood betmulheres e meninas.
O Talebã, porsign up hollywood betvez, prometeu investigar os supostos assassinatos e diz estar trabalhando para garantir os direitos dos afegãos à educação e à liberdadesign up hollywood betexpressão "dentro dos parâmetros da lei islâmica".
Entre as soluções discutidas para acabar com o embargo das reservas está a criaçãosign up hollywood betum mecanismo que incluiria um fundo fiduciário, cujos desembolsos seriam decididos com a ajudasign up hollywood betum conselho internacional.
Mas, embora o Talebã não rejeite o conceitosign up hollywood betfundo fiduciário, se opõe à propostasign up hollywood betque seja controlado por terceiros.
E, por outro lado, os Estados Unidos se opuseram à nomeação pelo Talebãsign up hollywood betuma pessoa alvosign up hollywood betsançõessign up hollywood bet Washington como vice-governador do banco central do Afeganistão, o que também tem dificultado o avanço das negociações.
11sign up hollywood betSetembro
E o problema vai além.
Esses ativos tornaram-se objetosign up hollywood betlitígio, pois algumas vítimas americanas dos ataquessign up hollywood bet11sign up hollywood betsetembro pediram que fossem usados para pagar indenização por sentenças pendentes contra o Talebã.
Desde que os EUA iniciaramsign up hollywood betcruzada contra o "terrorismo internacional", permitiram que fundossign up hollywood betorganizações, países ou indivíduos considerados "terroristas" fossem usados para indenizar vítimas ou suas famílias.
Há maissign up hollywood betuma década, um gruposign up hollywood betfamílias do 11sign up hollywood betsetembro obteve uma sentença à revelia contra o Talebã porsign up hollywood betsuposta colaboração com a Al Qaeda, o grupo extremista que realizou os ataques.
Depois que o Talebã retomou o poder no ano passado, um tribunal distrital federal dos EUA decidiu que, como os islâmicos agora controlavam o Afeganistão, os demandantes poderiam ir atrás dos ativos congelados.
A decisão foi altamente controversa porque os Estados Unidos não reconhecem o Talebã como o governante legítimo do Afeganistão — e o Afeganistão, como país, não foi nomeado como réu soberano no processo inicial.
Em fevereiro passado, o governo Biden apresentou um plano que transferiria cercasign up hollywood betmetade dos ativos (cercasign up hollywood betUS$ 3,5 bilhões) para terceiros, mas deixaria o restante nos EUA até que o litígiosign up hollywood betandamento fosse concluído.
O processo e a decisãosign up hollywood betBiden não foram isentossign up hollywood betcontrovérsias e questionamentos.
"O governo dos Estados Unidos está saqueando ativos que legalmente pertencem a outro governo para recompensar seus próprios cidadãos", escreveu Daniel W. Drezner, professorsign up hollywood betpolítica internacional da Faculdadesign up hollywood betDireito e Diplomacia da Universidadesign up hollywood betTufts,sign up hollywood betuma coluna no jornal The Washington Post.
"Se outro país fizesse isso, seria visto como roubo total. E isso torna muito mais fácil para outras grandes potências agiremsign up hollywood betmaneira imperial semelhante", acrescentou.
"A implicaçãosign up hollywood betlongo prazo é dar a outros países mais uma razão para se ressentir e temer que os EUA usem o dólar como arma. Porque não importa qual justificativa legal seja fornecida, o governo federal está roubando o dinheiro do Afeganistão", concluiu.
Entre os que se opõem à devolução do dinheiro do banco central afegão estão os que lembram que grande parte dele vem da ajuda internacional dos EUA esign up hollywood betoutros países ocidentais.
- Este texto foi publicado originalmente em http://vesser.net/internacional-62561124
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