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Varíola dos macacos: horase preocupar ouignorar?:
Até há pouco, o avanço do vírus desse tipovaríola era bastante previsível.
O lar natural do vírus são os animais selvagens - na verdade roedores, e não macacos. O nome foi dado porque a doença apareceu primeiromacacoslaboratório.
Um humano nas florestas tropicais da África Ocidental e Central entroucontato com uma criatura infectada e o vírus foi transmitido entre as espécies.
O vírus causa febre, dores no corpo e malestar. A pele infectada, então, irrompeuma erupção cutânea, que forma bolhas e depois se transformacrostas.
O vírus está agora foraseu habitat natural e luta para se espalhar, por isso precisacontato próximo prolongado para continuar. Portanto, os surtos tendem a ser pequenos e se esgotam por conta própria.
Já houve casosoutras partes do mundo antes, mas todos podiam ser logo vinculados a alguém que viajou a um país com contaminações e levou para casa.
Não é mais o caso:
- Pela primeira vez o vírus está sendo encontradopessoas sem históricoviagem ou ligações com a África Ocidental e Central;
- Não está claroquem as pessoas estão pegando;
- Embora não seja descrito como um vírus sexualmente transmissível, a varíola dos macacos se espalha durante atividades sexuais, por meio do contato próximo e lesões nas áreas genitais.
"Estamosuma situação muito nova, isso surpreende e preocupa", diz Peter Horby, diretor do InstitutoCiências Pandêmicas da UniversidadeOxford.
Ao mesmo tempoque diz "isso não é uma covid 2", ele alerta que "precisamos agir" para evitar que o vírus se estabeleça, pois isso é "algo que realmente queremos evitar".
O médico Hugh Adler, que tratou pacientes com varíola (antesela ser erradicada, ainda nos anos 1980), concorda: "Não é um padrão que vimos antes - isso é uma surpresa".
Sabemos, então, que o surto atual é diferente, mas ainda não sabemos como.
Há algumas hipóteses: uma,que o vírus mudou; duas,que o vírus tenha encontrado uma oportunidade, ou seja, estava na hora e no lugar certos para se espalhar.
O vírus da varíola dos macacos não passa por mutações tão facilmente quanto o novo coronavírus ou a influenza, por exemplo. Análises genéticas ainda preliminares sugerem que os casos atuais continuam sendo bastante relacionados a formas do vírus observadas2018 e 2019. Ainda é cedo para ter certeza, mas até o momento não há evidênciasque uma nova variante esteja circulando.
Mas um vírus não precisa mutar para tirar vantagemuma oportunidade, como já vimossurtos grandes e inesperadosebola e zika na última década.
"Sempre achamos que o ebola era fácilser contido, até que isso deixouser o caso", afirma Adam Kucharski, professor da EscolaHigiene e Medicina TropicalLondres.
Até o momento, muitos dos casos foram observadoshomens gays e bissexuais. Até o momento não está claro por que uma parcela significativahomossexuais e bissexuais estão entre os pacientes da varíola dos macacos - pode ser uma coincidência; pode ser que essa comunidade esteja mais consciente e por isso buscando atendimento médico.
De modo geral, a varíola dos macacos não se espalha facilmente, mas pode ser que esteja ganhando terrenouma população mais vulnerável, que não teve a chancese vacinar contra a varíola comum (erradicada décadas atrás) - e cuja vacina tem alta eficácia também contra a varíola dos macacos.
"(A doença) provavelmente está se transmitindo mais facilmente agora do que na era da varíola, mas não vemos nada que sugira que ela possa se tornar desenfreada", agrega Adler, que até o momento acredita que o surto atual vai acabar por conta própria.
E o que pode acontecer?
Entender como o surto atual começou talvez ajude a prever seus desdobramentos.
Até o momento, isso é difícil: os casos sendo detectados não se encaixamum padrão tradicional"esta pessoa passou para esta, que passou para esta e etc". Pelo contrário - muitos dos casos parecem não estar relacionados entre si, então faltam peças para entender o quebra-cabeça sobre o atual avanço da doença na Europa e outros países.
Um evento "superespalhador" -que um grande númeropessoas se aglomerou e pegou a doença no mesmo lugar e depois a levou para outros países - é uma possível explicação.
Outra possibilidade para tantas pessoas desconectadas entre si estarem infectadas é aque o vírus talvez já estivesse incubado, mas tenha passado despercebidomuita gente.
De qualquer modo, cientistas esperam que muitos mais casos sejam descobertosbreve.
"Não acho que o públicogeral precise se preocupar neste momento, mas não acho que descobrimos tudo (sobre o surto) e não o temos sob controle", afirma Jimmy Whitworth, da EscolaHigiene e Medicina TropicalLondres.
Dito isso, vale lembrar que não estamos na mesma situação que vivemos com a covid-19.
O vírus da varíola dos macacos é antigo, e não um vírus novo, e já existe conhecimento acumulado sobre vacinas e acompanhamento médico. A doença é geralmente leve, embora possa ser mais perigosa para crianças pequenas, mulheres grávidas e pessoas com sistema imunológico comprometido.
Só que se espalha mais lentamente do que a covid-19, e as coceiras bem particulares e doloridas são mais difíceispassarem despercebidas do que muitos sintomas associados à covid. Isso facilita a identificaçãopessoas infectadas, assim como a vacinaçãocomunidadesrisco.
Porém, fica o alerta: o diretor regionalEuropa da OMS, Hans Kluge, adverte que, à medida que se aproxima o verão europeu, "com aglomerações, festivais e festas, me preocupa que a transmissão possa acelerar".
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