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Por que os EUA decidiram relaxar sanções contra a Venezuela agora?:ber365 com
O governo Maduro comemorou o anúncio e a vice-presidente do país, Delcy Rodríguez, afirmou esperar que todas as sanções sejam extintas.
Petróleo e inflação
O passo ocorre depois que os EUA recorreram a conversas com integrantes do governo Maduro,ber365 commarço, para sondar a possibilidadeber365 comretomada das negociações e a reaberturaber365 comseu mercado ao petróleo venezuelano, atualmente sob sanção, o que mitigaria os efeitos da criseber365 cominflaçãober365 comcombustíveis gerada pelos embargos aos produtos russos, após a invasão da Ucrânia pela Rússia,ber365 comVladimir Putin.
À época, o líder da maioria no Senado, Dick Durbin (D-IL), explicou a opção entre banir do petróleo russo e reabrir negociações com a Venezuela: "A questão é o que é pior: o massacreber365 comucranianos inocentes por Putin todos os dias ou fazer negócios com o diabo por alguns dias?"
O início da guerra na Ucrânia representou um incrementober365 comcercaber365 com20% no preço visto pelos americanos nas bombasber365 comgasolina, um impacto considerávelber365 comum país que enfrenta a maior inflaçãober365 com40 anos. É um risco eleitoral para o governo Biden, que precisará enfrentar eleições legislativasber365 commeiober365 commandato no fim do ano.
Autoridades americanas, no entanto, negam que o alívio às sanções contra a Venezuela agora tenha relação com a demanda global por combustíveis ou com a pressão doméstica da inflação e afirmam que a mudança é resultado do avanço das conversas lideradas pelos próprios venezuelanos.
"Nosso foco tem sido apoiar o governo interino (de Guaidó) a levar o regime (Maduro) a tomar passosber365 comnegociação na direçãober365 comeleições livres e justas. Este tem sido o foco, não o setorber365 competróleo, nem os preços do combustível", disse uma das autoridades americanas envolvidas nas negociações.
As medidasber365 comalíviober365 comsanções ainda não foram extensamente detalhadas pelo governo dos EUA, mas a BBC News Brasil apurou que,ber365 comconjunto com o Departamentober365 comEstado, o Tesouro americano emitiu uma licença autorizando a petroleira americana Chevron a negociar os termosber365 compotenciais atividades econômicas futuras na Venezuela.
A licença, no entanto, ainda não permitiria exploração e exportaçãober365 competróleo dos campos venezuelanos. Nas palavrasber365 comum assessor do governo Biden, seria uma licença meramente "para conversar". Os americanos devem também anunciarber365 combreve a retiradaber365 comalguns nomesber365 comempresários das listasber365 comsanções.
"Nenhum desses alíviosber365 compressão deve levar a um aumentober365 comreceita do regime (Maduro)", afirmou uma autoridade americana com conhecimento das medidas.
O argumento, porém, encontra ceticismo entre os estudiosos da relação entre EUA e América Latina.
"O governo Biden diz que a Chevron não vai poder extrair petróleo, apenas negociar com a PDVSA (a estatal petrolífera venezuelana). Porém, o que as petroleiras fazem alémber365 comretirar petróleo e exportá-lo? O povo americano não é tão estúpido assim. Mais cedo ou mais tarde, a Chevron vai explorar petróleo e a PDVSA vai se beneficiar disso", afirma Ryan Berg, pesquisadorber365 comAmérica Latina do Centrober365 comEstratégia e Estudos Internacionais.
Alívio a pedidober365 comquem?
Berg nota que os movimentos da administração Bidenber365 comrelação à Venezuela têm causado desconforto no país e na região.
Segundo diplomatas ouvidos pela BBC News Brasil, nem a oposição venezuelana, nem parceiros como Brasil e Colômbia foram avisadosber365 comantemão da visita-relâmpagober365 comemissáriosber365 comBiden ao regime Maduro,ber365 commarço.
Entre esses países, que alinharam com Washingtonber365 compolíticaber365 comrelação ao vizinho -ber365 comreconhecer Guaidó como chefeber365 comEstado - houve dúvidas sobre o significado das ações do governo americano. Em visita recente ao Brasil, uma comitivaber365 comalto nível do Departamentober365 comEstado repetiu aos brasileiros que nada havia mudado na relação EUA-Venezuela.
Agora, dianteber365 comuma mudança que pode ter impactos consideráveis na área, os americanos tentam passar a mensagem queber365 comatuação aconteceu a pedidober365 comGuaidó.
"Quero deixar bem claro aqui que os EUA estão fazendo issober365 comresposta às ações e às conversas que estão ocorrendo entre o regime (Maduro) e o governo interino (de Guaidó)ber365 comuma plataformaber365 comunidade, sem que os EUA tenham estado envolvidos. Foi uma conversa deles e entre eles, e eles vieram até nós para pedir para tomar essas ações", afirmou um funcionáriober365 comalto nível da gestão Biden.
Segundo afirmou Berg à BBC News Brasil, a gestão Biden gostariaber365 comter revertido há mais tempo a políticaber365 com"pressão máxima" nas sanções sobre a Venezuela, herdadas da gestão do republicano Donald Trump.
Para isso, no entanto, precisava que o governo Maduro avançasse nas negociações com a oposição,ber365 comconversas na Cidade do México, sob mediação da Noruega.
Porém, as negociações acabaram implodidasber365 comoutubro, quando a Justiça americana extraditou o aliadober365 comMaduro, Alex Saab,ber365 comCabo Verde, para cumprir pena nos EUA por lavagember365 comdinheiro relacionada às atividadesber365 comSaab com o governo venezuelano.
Para Maduro, a ação representou quebraber365 comconfiança e o governo se levantou da mesa. Para atraí-lober365 comvolta, Washington teria concedido uma primeira conversaber365 commarço e aliviado sanções agora.
"É estranho que um país forte como os EUA tenha que fazer uma visitaber365 commarço e agora levantar sançõesber365 comtrocaber365 comum compromisso tão leve quanto apenas retornar para a mesaber365 comnegociações", afirma Berg.
Em um artigo publicado pela revista Foreign Policy nesta segunda-feira, apenas um dia antes do anúncio dos americanos, Isadora Zubillaga, vice-ministra das Relações Exteriores no gabineteber365 comJuan Guaidó, ajuda a lançar dúvidas sobre quem endossa o alívio das sanções decidido pela Casa Branca e qual é o real interesse por trás da decisão.
"Como defensoraber365 comlonga data da democracia venezuelana, acredito firmemente que ignorar a ditaduraber365 comMaduro (e fazer negócios com a Venezuela) na esperançaber365 comreduzir os preços domésticos da energia nos EUA não é apenas eticamente problemático, mas contraproducente e ineficaz. O petróleo venezuelano não reduzirá os preços dos combustíveis nos EUA no curto ou médio prazo nem servirá aos objetivosber365 comlongo prazo dos venezuelanosber365 comgarantir um país livre e democrático", escreveu Zubillaga.
À beiraber365 comum fiasco na América Latina?
A nova postura da gestão Bidenber365 comrelação à Venezuela acontece ainda às vésperas da Cúpula das Américas, das quais os EUA serão anfitriões,ber365 comjunho,ber365 comLos Angeles.
E embora os americanos estejam determinados a promover um encontro que transmita ao mundo, e especialmente à Rússia e à China, a percepçãober365 comque o continente está unidober365 comtorno da liderança da gestão Biden, a organização do evento tem patinado e líderesber365 compeso ameaçam não comparecer.
É o caso do presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, que ameaça faltar ao evento. Recentemente, Obrador afirmou que Washington não deveria excluir ninguém do encontro,ber365 comreferência aos líderesber365 comNicarágua, Cuba e Venezuela, que não devem ser convidados.
A diáspora dos dois últimos países é politicamente poderosa nos EUA - especialmenteber365 comum Estado pendular, a Flórida - e se opõe a qualquer concessão dos americanos aos governosber365 comseus países, considerados ditaduras pelos EUA. Diante da necessidadeber365 comdisputar o controle do Congresso, o governo Biden deixou claro que não considerava negociável convidar os três países para o encontrober365 comLos Angeles. Se com isso ele preservou-se com as comunidades latinas nos EUA, ao aliviar sanções à Venezuela, ele faz uma jogada doméstica arriscada.
"Ainda assim, Biden resolveu arriscar com a audiência interna ao levantar as sanções contra a Venezuela e reduzir a pressão contra Cuba também", afirma Berg,ber365 comreferência à autorizaçãober365 commaiores remessasber365 comdinheiro para a ilha sob regime comunista, anunciada esta semana. "Pode ser que ele esteja fazendo isso como uma concessão a Obrador, ou diga isso, mas está acumulando desgastes internos e externos".
Ronald Sanders, embaixadorber365 comAntígua e Barbuda nos EUA, levou recentemente ao Departamentober365 comEstado o recadober365 comque boa parte dos mandatários do Caribe também estariam dispostos a furar o encontro se Cuba fosse excluída. A possibilidadeber365 comque não haja representantes da gestão Maduro, mas simber365 comGuaidó, também incomoda.
A tensãober365 comtorno do evento chamou a atençãober365 comum dos antagonistas globais dos EUA.
"Cuba, Nicarágua e Venezuela não são países das Américas?" questionou Zhao Lijian, porta-voz do Ministériober365 comRelações Internacionais da China.
Já o mandatário brasileiro, Jair Bolsonaro, também ameaça não aparecer. Conhecido aliadober365 comTrump, Bolsonaro se ressenteber365 comjamais ter tido um contato pessoal com o atual presidente americano, que assumiuber365 comjaneiro do ano passado.
Além disso, recados para que o brasileiro deixeber365 comlançar dúvidas sobre o processo eleitoralber365 comoutubro e comentários públicos da gestão Bidenber365 comque o Brasil estaria "do lado errado da História" por conta da visitaber365 comBolsonaro a Putin,ber365 comMoscou, uma semana antes da guerra estourar, criaram no Planalto a percepçãober365 comque não há muito a ganhar com o contato com Bidenber365 commeio a uma pré-campanha eleitoral.
Para analistasber365 comAmérica Latina,ber365 comum ano e meiober365 comgoverno, Biden não foi capazber365 comcriar uma agenda para a região que superasse o óbvio tema da migração e reaproximasse os paísesber365 comWashington, depoisber365 comum grande afastamento durante a gestão Trump. Diplomatas latinos ouvidos pela BBC News Brasil dizem que a gestão é lenta para oferecer linhasber365 comfinanciamento e investimentosber365 cominfraestrutura e comércio para uma região que sofre com baixo crescimento (ou recessão) e inflação alta.
Nas palavras do site americano Político,ber365 comvezber365 comunir o continente, o eventober365 comBiden "atraiu vaias e ameaçasber365 comboicote".
"O que fica claro é que o governo Biden falhouber365 comter uma política para a América Latina que criasse grandes incentivos para que os líderes latinos estivessem presentes e custos altos para quem faltasse ao encontro. Acho que pode não apenas ser um fracasso, mas também um épico sinal do declínio do poder dos EUA no Hemisfério Ocidental", afirma Berg.
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