Guerra na Ucrânia: 'Russos mataram minha família enquanto tentavam fugir':melhores bancas esportivas

Pouco depoismelhores bancas esportivaschegarem, as forças russas entraram no vilarejo. As tropas vieram da Crimeia, que a Rússia invadiu e anexoumelhores bancas esportivas2014, e avançaram rapidamente, enfrentando pouca resistência.

A eletricidade e o abastecimentomelhores bancas esportivaságua foram cortados. Preocupada com a possibilidademelhores bancas esportivasficarem no meio do combate, a família decidiu fugir, novamente, desta vez para o vilarejomelhores bancas esportivasNova Kakhovka, onde moravam outros parentes.

Eles eram agora um grupo maior, divididomelhores bancas esportivasdois carros. Um levava a tia, o tio e os primosmelhores bancas esportivasOleg. No segundo estavam seus pais,melhores bancas esportivasmulher e seus filhos.

A viagem os levaria ao longomelhores bancas esportivasuma barragem, que já estava sob controle russo, para atravessar o rio Dnipro, que corta a Ucrânia, dividindo o paísmelhores bancas esportivasdois.

O primeiro carro passou por um postomelhores bancas esportivascontrole ocupado por soldados russos, mas eles perderammelhores bancas esportivasvista o outro veículo.

Denis, irmãomelhores bancas esportivasOleg, estava monitorando seus movimentos por telefone a parirmelhores bancas esportivasCherkasy, no centro da Ucrânia.

Às 17h13, ele ligou paramelhores bancas esportivasmãe. "Eu estava tentando convencer ela a não ir para Nova Kakhovka e a não ficarmelhores bancas esportivasVesele", disse ele. "Eu disse a eles: 'Vão para Odesa, tenho um apartamento lá para vocês'."

Naquele momento, ele me contou, ouviumelhores bancas esportivasmãe gritar: "Meu Deus, é uma criança, como você pode fazer isso". Sua cunhada, disse ele, também estava gritando.

"Então, eu ouvi o sommelhores bancas esportivastiro", disse ele. "O carro parou e ouvi o barulho da porta sendo aberta. Ouvi o bebê chorar. Ele chorou, chorou, chorou. Então, ouvi [mais] tiros."

Denis estavamelhores bancas esportivaschoque. O que tinha acontecido? O que ele poderia fazer?

Sua tia, que estava no primeiro carro e também se chama Irina, tentava freneticamente ligar para a irmã, a mãemelhores bancas esportivasDenis. Ela não estava respondendo. Ela tentou outros no carro. Ninguém estava atendendo o telefone.

Irina entroumelhores bancas esportivaspânico. Eles decidiram voltar e verificar. "De volta ao postomelhores bancas esportivascontrole", disse ela, "nos aproximamosmelhores bancas esportivasum soldado e perguntamos sobre o carro."

O soldado, contou-me Irina, apontou para a vala e disse que "o motorista não obedeceu às ordens e quase atropelou um oficial".

Irina disse que implorou aos soldados que deixassem ela e Oleksandr, seu marido, irem até o carro. "Eu disse que havia crianças lá", ela me contou.

Dois soldados foram até o carro. Oleksandr os seguiu. O carro, segundo ele, estava perfurado por balas. "A frente, a partemelhores bancas esportivastrás e os dois lados tinham buracos."

Ivan foi retirado por um dos soldados. Ele estava chorando. "Eu disse a eles que [Sofia] também estava lá e corrimelhores bancas esportivasdireção ao carro. Sofia estava no bancomelhores bancas esportivastrás", disse Oleksandr. "Eu olhei para ela e havia um buracomelhores bancas esportivasseu peito".

Os três adultos - os paismelhores bancas esportivasOleg emelhores bancas esportivasesposa - estavam mortos.

Sofia ainda estava viva. Ivan agora tinha ficadomelhores bancas esportivassilêncio. Irina e Oleksandr levaram as crianças para o carro e correram para um hospitalmelhores bancas esportivasNova Kakhovka. Mas os médicos não puderam salvá-los.

Ivan também tinha sido baleado. "Foi na orelha, e a bala atravessou a partemelhores bancas esportivastrásmelhores bancas esportivassua cabeça. Seu rosto estava limpo, mas a partemelhores bancas esportivastrásmelhores bancas esportivassua cabeça estava cobertamelhores bancas esportivassangue. Mas ele ainda estava vivo e chorando", disse Oleksandr.

"Todo esse tempo, os soldados estavam por perto", ele me disse, "mas eles nem vieram checar as pessoas" no carro.

Irina está inconsolável. "Ainda não consigo acreditar que eles se foram. Eu nem mesmo entendo que isso aconteceu conosco", disse ela. "Eu choro o tempo todo."

Os militares russos só permitiram que a família recuperasse os corpos dos adultos no dia seguinte. O médico que inspecionou os corpos disse a eles que todos morrerammelhores bancas esportivasmúltiplos ferimentosmelhores bancas esportivasbala.

A BBC entroumelhores bancas esportivascontato com o Ministério da Defesa russo, que não respondeu.

O Tribunal Penal Internacional disse que estão sendo coletadas evidências sobre supostos crimesmelhores bancas esportivasguerra, crimes contra a humanidade e genocídio cometidos pela Rússia na Ucrânia.

E o Conselhomelhores bancas esportivasDireitos Humanos da ONU votou para estabelecer uma comissão para investigar supostas violaçõesmelhores bancas esportivasdireitos humanos pela Rússia na guerra.

Soldados russos estão cavando trincheiras e fortalecendo suas posiçõesmelhores bancas esportivasNova Kakhovka e vilarejos próximos. A população local vivemelhores bancas esportivasconstante medo.

"Eu não estava com medo antes", disse Irina. "Mas estou com medo agora."

"Havia alguns soldados russos pertomelhores bancas esportivasuma farmácia hoje. Eles estavam checando os telefones das pessoas e seus bolsos. E apontaram suas armas para eles. Entramos no carro e fomos embora", disse Irinamelhores bancas esportivaslágrimas.

Oleg continua com seu trabalho no Departamentomelhores bancas esportivasPolícia, apesar da perdamelhores bancas esportivassua esposa e filhos.

"Ele está fazendo tudo para proteger nossos cidadãos", disse Denis. "Masmelhores bancas esportivasdormelhores bancas esportivasnão protegermelhores bancas esportivasprópria família enquanto defende a nação é inimaginável."

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