O que são as bombaspoker internetfragmentação proibidas que a Rússia é acusadapoker internetusar na Ucrânia:poker internet

As submunições são feitaspoker internetmodo a explodiram no ar oupoker internetcontato com o alvo, mas elas têm um alto índicepoker internetnão acionamento - ou seja, muitas não explodem imediatamente.

Isso acaba criando uma espéciepoker internetcampo minado na área atingida, com grande númeropoker internetbombas não acionadas que têm o potencialpoker internetexplodir anos depois, ferindo e matando civis.

Devido ao grande númeropoker internetvítimas e dos terríveis efeitospoker internetpopulações civis, esse tipopoker internetarmamento é profundamente criticado por entidadespoker internetdireitos humanos e oficialmente condenado por maispoker internet100 nações.

A maior parte das vítimas dessas bombas são civis, segundo o relatório anualpoker internet2021 do grupo Landmine & Cluster Munition Monitor (monitoramentopoker internetminas terrestres e muniçãopoker internetfragmentação).

Em 2020, todas as vítimaspoker internetbombaspoker internetfragmentação registradas - durante e depois do conflito - foram civis. E crianças foram quase metade (44%) das mortespoker internetque se sabia a idade das vítimas, segundo dados do relatório.

Proibição internacional

Em 2008, um tratado internacional que proíbe todo uso e produção desse tipopoker internetarmamento foi criado na Convençãopoker internetMuniçõespoker internetDispersão.

Ao todo, 110 Estados aderiram à convenção, entre eles Japão, Reino Unido, Alemanha, Austrália, África do Sul, França e Canadá. O documento entroupoker internetvigorpoker internet2010 e foi considerado um "triunfopoker internetvalores humanitários".

"Este novo instrumento é um grande avanço para as agendas humanitárias epoker internetdesarmamento globais e nos ajudará a combater a insegurança e o sofrimento generalizados causados por essas armas terríveis, principalmente entre civis e crianças", dissepoker internet2010 o então secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

No entanto, o fatopoker internetpotências como EUA, Rússia e China não terem assinado o tratado diminuipoker internetforçapoker internetevitar o uso desse tipopoker internetbomba.

Históricopoker internetUso

As bombaspoker internetdispersão foram desenvolvidas durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), mas seu histórico maiorpoker internetuso começa na Guerra do Vietnã (1955-1975).

Ao longo dos 20 anospoker internetguerra, os EUA lançaram bombas que dispersaram outros 260 milhõespoker internetexplosivos (submunições). Como cercapoker internet80 milhões deles não explodiram, algumas áreas se tornaram campos minados, com grande númeropoker internetcivis feridos décadas depois da guerra.

Esse tipopoker internetarmamento foi utilizadopoker internetguerras subsequentes por pelo menos 25 países,poker internetacordo com o monitoramento do grupo Landmine & Cluster Munition Monitor. Entre eles, Estados Unidos, Israel, Rússia e Arábia Saudita.

Um alto oficial do governo dos EUA, Stephen Mull, dissepoker internet2008 que as bombaspoker internetfragmentação fazem parte da estratégiapoker internetguerra americana.

Alguns dos países que usaram esse tipopoker internetarmamento durante o século 20 posteriormente assinaram o tratadopoker internetproibição - entres eles a França e o Reino Unido.

O usopoker internetbombaspoker internetfragmentação por Israelpoker internet2006, durante a guerra entre o Estado e o grupo Hezbollah no Líbano, foi o que desencadeou um aumentopoker internetcampanhas pela proibição do armamento - o que levou à convençãopoker internet2008.

A ONU estima que Israel dispersou cercapoker internet4 milhõespoker internetbombas no sul do Líbano durante os três últimos dias da guerra - depoispoker internetum acordopoker internetcessar-fogo.

Há registropoker internetusopoker internetbombaspoker internetfragmentação também na guerra das Malvinas (1982), na guerra do Afeganistão (2001), na Geórgiapoker internet2008,poker internetambas as guerras do Iraque (1993 e 2003-2006), na guerra da Síria (2012-), na Etiópiapoker internet2021, entre outros conflitos.

A invasão da Rússia também não é a primeira vez que elas são usadas na Ucrânia. Em 2014, a Human Rights Watch acusou o governo da Ucrâniapoker internetusar bombaspoker internetfragmentaçãopoker internetDonetsk, áreapoker internetdisputa com a Rússia - o que o governo da Ucrânia nega.

Brasil produz e exporta bombaspoker internetfragmentação

O Brasil é um dos cercapoker internet16 países que produzem bombaspoker internetfragmentação, diz o Landmine & Cluster Munition Monitor.

O país não assinou a Convençãopoker internetMuniçõespoker internetDispersão e, à época, a posição do Itamaraty foipoker internetque as bombaspoker internetfragmentação "são necessárias para a defesa do país".

Em 2016, uma coalizão liderada pela Arábia Saudita usou bombaspoker internetfragmentação produzidas no Brasil durante a guerra no Iêmen, segundo a Human Rights Watch. Em dezembro, os explosivos atingiram duas escolas na cidadepoker internetSaada e mataram dois civis. Pelo menos 6 pessoas ficaram feridas, incluindo uma criança.

Na época, a Human Rights Watch disse que o Brasil deveria assinar o tratado que proíbe o armamento e cessar totalmente a produção e exportaçãopoker internetbombaspoker internetfragmentação.

"As bombaspoker internetfragmentação são armas proibidas que nunca devem ser usadaspoker internetnenhuma circunstância devido aos danos infligidos a civis", disse Steve Goose, membro da Human Rights Watch e então líder da Coalização Contra Muniçõespoker internetDispersão.

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