Qual a provável posição do Brasil na crise entre Rússia e Ucrânia - e como visitacasino online 21Bolsonaro a Putin afeta isso:casino online 21

"A situação atual écasino online 21prudência. É um jogocasino online 21xadrez no qual Putin, um leitorcasino online 21geopolítica bastante hábil, passa o ônus para a Otan. Ele sabe o que ele quer - manter a Rússia relativamente longe da Otan - e projeta claramente o seu poder", avalia José Alexandre Altahyde Hage, professorcasino online 21Relações Internacionais na Unifesp (Universidade Federalcasino online 21São Paulo).

As razões que fazem a Rússia não aceitar a participação da Ucrânia na Otan têm um panocasino online 21fundo histórico.

"O país é territorialista, expansionista e continentalista (se apoiacasino online 21estratégias). O governo russo tem seu equilíbrio ideológico quando se mantém longe das influênciascasino online 21outras nações também expansionistas, como foi com o Império Britânico, o Terceiro Reich alemão, e agora, os Estados Unidos usando a Otan como ferramenta", explica o professor da Unifesp.

Para a Rússia, aponta o professor, ter os EUA, maior potência global atual, com a possibilidadecasino online 21instalar mísseis e ter materiais bélicos nas suas proximidades, dentro do território ucraniano, é ameaçador.

Qual deve ser a posição do Brasil durante um possível conflito?

Tradicionalmente, a posição diplomática do Brasil é manter-se mais afastado, como ocorreucasino online 212014, durante o governocasino online 21Dilma Rousseff (PT).

"Era vésperacasino online 21Copa do Mundo, ou seja, havia uma necessidadecasino online 21políticacasino online 21boa vizinhança. Naquele momento, o Brasil se omitiu totalmente do conflito, o que até foi visto com maus olhos por quem luta pelos direitos humanos", lembra Guilherme Casarões, professor do cursocasino online 21Relações Internacionais da FGV (Faculdade Getulio Vargas),casino online 21São Paulo.

O mais provável,casino online 21acordo com o analista, é que o Brasil se posicione novamentecasino online 21maneira neutra.

"Se o conflito armado realmente acontecer, deve haver uma nota mais generalista do Brasil, dizendo que o país é a favor da cooperação multilateral, repudia o uso da força, e é favorável à resolução pacifica. Mas apontar o dedo e dizer diretamente que a Rússia está errada é algo muito difícilcasino online 21acontecer."

Até porque, explica Altahyde Hage, uma posição mais assertiva não seria inteligente para os interesses brasileiros.

"A Rússia é um dos maiores consumidores dos produtos do agronegócio brasileiro. Por outro lado, importamos muitos fertilizantescasino online 21lá. Virar as costas para eles por questões morais,casino online 21princípios, é bom para quem já tem acúmulocasino online 21poder. Para o Brasil, é mais importante avaliar o custo-benefício."

A análise do professor é que o Brasil não seria diretamente afetado por questões econômicas se um conflito armado ocorresse, mas que deve,casino online 21qualquer forma, manter relações pragmáticas, principalmente relacionadas a comércio, com ambos os países.

"Com a Ucrânia, embora as trocas sejam muito específicas, temos interesse na tecnologia aeroespecial. As peças precisam ser movidas com muito cuidados, por isso os diplomatas precisam ser hábeis, não podem agir como partido políticocasino online 21buscacasino online 21voto."

Viagemcasino online 21Bolsonaro pode ser lida como apoio à Rússia?

Mesmocasino online 21meio à possibilidadecasino online 21um conflito, Bolsonaro não alterou a data previstacasino online 21visita a Putin, que deve acontecercasino online 21fevereiro.

"Por um lado, como o governo Bolsonaro está completamente isolado do pontocasino online 21vista diplomático, por questões ambientais, sanitárias e outros problemas da gestão, é do interesse o Brasil se aproximar da Rússia. Também é uma chancecasino online 21avançar uma agenda conservadora que perdeu força depois que Trump deixou a presidência dos EUA", avalia Guilherme Casarões.

No entanto, antagonizar os EUA e a Otan seria um passo bastante delicado. "O Brasil é um Aliado extra-Otan (condição que não confere pactocasino online 21defesa, mas garante vantagens militares e financeiras) e colocar issocasino online 21risco não seria prudente", aponta o professor da FGV.

Na opiniãocasino online 21Altahyde Hage, ainda assim, a viagem não deve ser vista como apoio. "Faz partecasino online 21um relacionamento consular, para tratarcasino online 21comércio, turismo, e outros assuntos que beneficiam ambos. Diplomaticamente, não tem por que entrar no mérito do conflito. Putin não viriacasino online 21Brasília opinar sobre uma relação do Brasil com a Argentina."

Qual é a história do conflito?

As tensões entre os antigos Estados soviéticos ganharam forçacasino online 212013 após Viktor Yanukovych, presidente ucraniano, suspender os diálogoscasino online 21um acordo com a União Europeia - supostamente sob a pressãocasino online 21Moscou - o que levou a protestos violentoscasino online 21Kiev, capital da Ucrânia.

Então,casino online 21marçocasino online 212014, a Rússia anexou a Crimeia, com o pretextocasino online 21que estaria defendendo os interesses locais e dos cidadãoscasino online 21herança russa.

Na sequência, separatistas pró-Rússia declararamcasino online 21independênciacasino online 21Kiev nas regiões ucranianascasino online 21Donetsk e Luhansk.

Embora Kiev e Moscou tenham feito um acordocasino online 21pazcasino online 212015, com a intermediaçãocasino online 21Alemanha e França, as nações violaram o cessar-fogo várias vezes. A ONU estima que maiscasino online 213 mil civis perderam a vida por causas relacionadas ao conflito desde marçocasino online 212014.

Os Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções econômicas à Rússia, mas as medidas não foram suficientes para impedir que o conflito continuasse.

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