'Americanos não devem lutar guerra que afegãos não querem lutar', diz Biden300 reais betanoprimeiro discurso após queda300 reais betanoCabul:300 reais betano

O democrata disse que o foco300 reais betanosua gestão está300 reais betanoimpedir "atos terroristas" dentro dos EUA e que a condição no Afeganistão não faz parte das prioridades300 reais betano"segurança nacional".

"Nosso objetivo nunca foi construir um país", afirmou o presidente americano.

Biden interrompeu as férias300 reais betanoCamp David, Maryland, para fazer o pronunciamento300 reais betanomenos300 reais betano20 minutos à nação, durante o qual tentou defender que não houve erro na retirada300 reais betanocerca300 reais betano2 mil soldados do país, nem na subsequente necessidade300 reais betanoenviar 6 mil homens para garantir a evacuação da Embaixada americana quando a situação se complicou.

Os soldados dos EUA deixaram o país300 reais betanojulho e a expectativa dos americanos era300 reais betanoque o governo nacional, treinado e equipado pelos americanos, fosse capaz300 reais betanoresistir às investidas do grupo islâmico Talibã, que controlava o país até 2001, quando os EUA invadiram o Afeganistão. Para surpresa da Casa Branca, não foi o que aconteceu.

"A verdade é: a situação se desenrolou mais rapidamente do que esperávamos", admitiu Biden.

O presidente americano chegou a dizer que as últimas ações foram "duras e bagunçadas". Ele, no entanto, não reconheceu nenhum erro em300 reais betanoestratégia e optou por culpar os afegãos pelos desdobramentos das últimas semanas.

Segundo Biden, o governo do país não quis se engajar300 reais betanonegociações diplomáticas com o Talibã nem foi capaz300 reais betanoresistir ao avanço militar do grupo fundamentalista islâmico.

"Os americanos não podem e não devem lutar e morrer300 reais betanouma guerra que os próprios afegãos não querem lutar", disse Biden.

Fuga do presidente

O presidente do país, Ashraf Ghani, fugiu do Afeganistão no último domingo. E os militantes do grupo fundamentalista islâmico agora desfilam seu poder com as recém-obtidas armas americanas, tomadas do Exército do país.

A Casa Branca tem adotado uma postura defensiva diante do problema e argumenta que as bases da retirada foram determinadas pelo ex-presidente Donald Trump, que abriu negociação direta com o Talebã enquanto estava no governo, um ato que teria aumentado o poder do grupo e esvaziado o governo democrático afegão.

Trump havia determinado o mês300 reais betanomaio300 reais betano2021 como a data300 reais betanosaída das tropas dos EUA. Para o conselheiro300 reais betanosegurança nacional300 reais betanoBiden, Jake Sullivan, a negociação do republicano deixou a Biden apenas duas opções: seguir com a partida do país ou ficar e arriscar confronto aberto com o Talibã.

Biden repetiu o discurso à nação e disse que após maio já não havia nenhum tipo300 reais betanoacordo vigente para proteger os americanos no Afeganistão300 reais betanoataques do Talebã. Segundo Biden, se optasse por ficar, ele teria que aumentar o contingente americano no país. E afirmou que ver os americanos arcando com os custos humanos e financeiros300 reais betanoestabilizar o Afeganistão era exatamente o que China e Rússia, os dois maiores antagonistas dos EUA, queriam ver.

A decisão300 reais betanoBiden300 reais betanoretirar as tropas americanas agora era popular com seu público doméstico. Em julho, quase 60% dos americanos queriam o fim da ocupação americana no Afeganistão, segundo uma pesquisa do Instituto YouGov. Entre os democratas, a fatia que apoiava a saída chegava a 72%

A ação, no entanto, está se transformando300 reais betanoum dos maiores reveses para Biden desde o início do governo,300 reais betanojaneiro. As cenas da retirada às pressas300 reais betanodiplomatas americanos da embaixada300 reais betanoCabul relembraram os americanos300 reais betanosua derrota300 reais betanoSaigon, no Vietnã.

Além disso, os críticos afirmam que os americanos deixaram para trás milhares300 reais betanoafegãos que colaboraram com as ações americanas nos últimos 20 anos. Essas pessoas podem ser presas ou até mortas pelo Talibã agora. Biden apenas vagamente disse que vai continuar a liberar vistos aos afegãos que tenham direito a eles.

E afirmou que, como faz no restante do mundo, defenderá os direitos300 reais betanomulheres e meninas. Até 2001, elas não eram autorizadas pelo Talibã a estudar e trabalhar.

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