Protestosexcalibur hotel y casinoCuba: como redes sociais foram cruciaisexcalibur hotel y casinomanifestações históricas:excalibur hotel y casino

Ele começouexcalibur hotel y casinoSan Antonioexcalibur hotel y casinolos Baños e se espalhou como uma onda pelo restanteexcalibur hotel y casinoCuba.

Foi lá,excalibur hotel y casinouma cidade a 26 quilômetros da capital Havana, onde começaram por volta das 9h as primeiras transmissões ao vivoexcalibur hotel y casinoprotestos nas ruas por meio do Facebook Live, algo conhecido por cubanos como "la directa" (ao vivo,excalibur hotel y casinotradução livre para o português).

Críticos e adversários do governo preferem a transmissão "ao vivo" porque, diferentemente dos vídeos gravados e postadosexcalibur hotel y casinooutras redes sociais, ela não pode ser apagada.

Foi assim que as transmissões ao vivoexcalibur hotel y casinoSan Antonio geraram focosexcalibur hotel y casinooutras cidades que aderiram às manifestações, até que a internet parouexcalibur hotel y casinofuncionarexcalibur hotel y casinodiversas regiões cubanas.

"Foi como um efeito dominó. Vimos um protesto espontâneoexcalibur hotel y casinoSan Antonio e ele se espalhou", disse o ativista Alfredo Martínez Ramírez,excalibur hotel y casinoHavana, que gravou vídeos das manifestações na capital cubana.

"Não é a mesma coisa ver o povo saindo às ruasexcalibur hotel y casinovezexcalibur hotel y casinoalguém te contar. Isso dá coragem", disse eleexcalibur hotel y casinoentrevista à BBC News Mundo (serviçoexcalibur hotel y casinonotíciasexcalibur hotel y casinoespanhol da BBC).

Martínez diz que participouexcalibur hotel y casinovários protestos nos quais gravou vídeosexcalibur hotel y casinomanifestantes e da violência policial e os compartilhou nas redes sociais. "Estava do ladoexcalibur hotel y casinofora do Capitólio e postei os vídeos no Facebook."

(É possível ver vídeos gravados por Alfredo Martínez abaixo. A BBC não se responsabiliza pelo conteúdo publicado por outros sites ou redes sociais).

Como ele, outros manifestantes divulgaram vídeos que rodaram o mundo.

Há outros vídeos publicados nas plataformas que mostram manifestaçõesexcalibur hotel y casinoCuba também no dia seguinte, segunda-feira (12/07).

Em reação, o presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, afirmou na segunda-feira que os protestos buscavam "fragmentar a unidade" do povo cubano e desacreditar "o trabalho do governo e da revolução".

"Há um setor delinquente. Ontem vimos delinquentes. Ontem a marcha não foi pacífica, houve vandalismo (...), apedrejaram forças policiais, tombaram carros. Um comportamento totalmente vulgar, indecente, delinquente."

"Nós não fazemos um chamado ao povo para enfrentar o povo. Nós fazemos um chamado ao povo para defender a revolução, defender seus dinheiros. E o povo atendeu."

Circularam nas redes sociais também manifestações a favor do governo cubano.

A BBC News Mundo solicitou uma entrevista com o governo, mas até a publicação desta reportagem não havia recebido resposta.

'As redes sociais foram o gatilho'

"A internet é um facilitadorexcalibur hotel y casinoprotestos porque permite às pessoas compartilharem imagensexcalibur hotel y casinotempo real por meio do Facebook Live", diz à BBC News Mundo o pesquisador Ted Henken, autor do livro A Revolução Digitalexcalibur hotel y casinoCuba (em tradução livre), publicadoexcalibur hotel y casinojunho. "Por isso houve esse contágio rápido por todo o país. As redes sociais foram o gatilho que canalizaram a frustração social."

Segundo ele, tem sido muito importante às pessoas fazer transmissões "ao vivo" porque não possibilidadeexcalibur hotel y casinoo governo obrigá-las a apagarem o conteúdo. "Esses vídeos compartilhados no Facebook Live foram gravados pelos próprios manifestantes, não por personalidades públicas."

Mas o efeito multiplicador das redes sociais foi potencializado por outros meiosexcalibur hotel y casinocomunicação, jornalistas independentes, influenciadores, artistas e ativistas.

Foi assim que ganharam força rapidamente hashtags como #SOSCuba, #SOSMatanzas e #PatriaYVida.

Além do Facebook, rede mais importante da ilha, os cubanos utilizam aplicativos como WhatsApp, Signal e Telegram, apelidados por Henkenexcalibur hotel y casinoOs Três Mosqueteiros. Em menor grau, Twitter e Instagram.

No entanto, afirma o pesquisador, é importante dosar o otimismo porque, ainda que o acesso à internet tenha mudado o jogoexcalibur hotel y casinoCuba, não é possível o que ocorrerá daqui para frente.

'Internet tem sido como uma Perestroika'

Dezembroexcalibur hotel y casino2018 é considerado o marcoexcalibur hotel y casinoCuba: foi o momentoexcalibur hotel y casinoque as pessoas passaram a ter acesso à internetexcalibur hotel y casinomaneira mais ampla por meioexcalibur hotel y casinoseus telefones celulares.

Por isso, muitos dizem que aquele momento marcou um antes e um depois na história recente da ilha.

"A internet tem sido uma espécieexcalibur hotel y casinoPerestroika no contexto cubano", afirma Norges Rodríguez, diretor do Yucabyte, veículoexcalibur hotel y casinocomunicação opositor ao governoexcalibur hotel y casinoCuba.

Lançada pelo então líder da União Soviética Mikhail Gorbachev, a "perestroika" (abertura) consistiaexcalibur hotel y casinorelaxar o controle do governo sobre a economia, acreditando-se que a iniciativa privada impulsionaria a inovação.

Outro marco histórico do papel das redes sociais nos protestos cubanos ocorreuexcalibur hotel y casinonovembroexcalibur hotel y casino2020, quando as manifestações do Movimento San Isidro foram transmitidas ao vivo pela internet.

"É um efeito cumulativo", avalia Rodríguez, do Yucabyte.

Analistas concordam que o acesso à internet, junto com a deterioração da situação econômica e os estragos causados ​​pela pandemia covid-19, são alguns dos fatores que, combinados, levaram os adversários às ruas.

"Alimentos, remédios, vacinas, liberdade são as demandas comuns. São as mesmas frustrações, mas agora têm a mesma tecnologia", explica Henken, autor do livro A Revolução Digitalexcalibur hotel y casinoCuba.

Com a massificação da internet intensificada desde 2018, o país tem sido palcoexcalibur hotel y casinomanifestações que ganharam força por meio das redes sociais.

nas redes pelos direitos das pessoas LGBT, começaram a circular memes críticos ao governo e ganharam popularidade youtubers com discurso dissidente.

É assim que ganhava força um movimento que reivindicava a necessidadeexcalibur hotel y casinomudanças no país por meio das redes, fenômeno que, sem essas plataformas, teria sido mais difícil, afirma Henken.

Internet: uma arma para todos os lados

A influência da internet, ao longo da expansão do acesso, é tão grande que se tornou uma peça-chave tanto para opositores quanto para o governo.

Eram cercaexcalibur hotel y casino16h quando o governo cubano começou a suspender o acesso à internet, e com isso acabaram as transmissões no Facebook Live e ganhou força a faltaexcalibur hotel y casinoinformação.

Para os manifestantes, cortar esse acesso digital é,excalibur hotel y casinouma maneira ouexcalibur hotel y casinooutra, como privá-losexcalibur hotel y casinooxigênio. E o "blecaute digital" continua, sem duração prevista.

"Quase todos meus amigos estão sem internet", afirma Alfredo Martínez Ramírez, que gravou e compartilhou vídeos das manifestaçõesexcalibur hotel y casinoHavana. "E não sabemos onde estão muitos deles."

O confronto digital se tornou central para todos os lados do embate político na ilha. "Quem vai controlar a revolução digital cubana? Ninguém e todos, porque não há um vencedor claro. É uma batalha", afirma Henken.

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