Covid-19: Médicos indianos fazem apelo por proteção após ataquesfazer jogo da lotofácil pela internetfamiliaresfazer jogo da lotofácil pela internetdoentes:fazer jogo da lotofácil pela internet

Senapati tentou se proteger, mas outras pessoas se juntaram à família e começaram a espancá-lo.

Um vídeo do ataque mostra um grupo formado principalmente por homens chutando Senapati e batendo-lhe na cabeça com uma comadre (um penico usado no hospital). Eles então o arrastam para fora e continuam a espancá-lo. O médico, ensanguentado e sem camisa, pode ser ouvido uivandofazer jogo da lotofácil pela internetdor.

"Achei que não sobreviveria", diz ele à BBC News.

Desde o início da pandemia na Índia, no ano passado, vários médicos foram atacados por familiaresfazer jogo da lotofácil pela internetpacientes com covid. A queixa é recorrente: seus entes queridos não foram tratados adequadamente ou não receberam um leito a tempo.

Os médicos fizeram protestos e entraramfazer jogo da lotofácil pela internetgreve exigindo leis mais rígidas, bem como mais pessoal e melhor infraestrutura para aliviar a pressão sobre eles.

Os hospitais também estão mal preparados. Quando Senapati estava sendo atacado, ninguém o socorreu porque o restante da equipe também estava sendo espancado ou se escondendo. Um único guarda ficou indefeso contra a multidão.

"Minhas roupas foram rasgadas, minha correntefazer jogo da lotofácil pela internetouro foi arrancada e meu celular e óculos foram quebrados. Mas depoisfazer jogo da lotofácil pela internetcercafazer jogo da lotofácil pela internet20 minutos, consegui escapar", conta Senapati.

Ele foi direto para a delegaciafazer jogo da lotofácil pela internetpolícia local. O vídeo do ataque, que já foi compartilhado nas redes sociais, causou furor. O governo estadual prometeu uma ação rápida e 36 pessoas, incluindo três menores, foram indiciadas pela agressão.

Hospitais não se responsabilizam

Embora os ataques a profissionaisfazer jogo da lotofácil pela internetsaúde tenham chamado atenção durante a pandemia, eles já aconteciam com uma regularidade alarmante antes da covid-19.

No entanto, a maioria dos incidentes não leva a registrosfazer jogo da lotofácil pela internetocorrência ou investigações policiais. Quando há investigação, os acusados ​​são frequentemente libertados sob fiança e o caso é resolvido fora do tribunal.

No início deste ano, a famíliafazer jogo da lotofácil pela internetum paciente com covid que morreu na segunda onda da Índia danificou propriedades e agrediu a equipe do Hospital Apollo na capital indiana, Déli.

Apesarfazer jogo da lotofácil pela internetser um importante hospital privado, o Apollo não apresentou queixa. As administrações hospitalares raramente se envolvem nos casos, deixando os funcionários vulneráveis.

Médicos querem mudança na legislação

Os médicos dizem que um dos problemas é que não existe uma lei específica que os proteja.

"As leis existentes não são eficazes. Uma lei mais rígida é urgentemente necessária para que as pessoas entendam que haverá consequências caso espanquem os médicos", diz Jayesh Lele, secretário-geral da IMA (Associação Médica Indiana, na siglafazer jogo da lotofácil pela internetinglês).

Com maisfazer jogo da lotofácil pela internet330 mil médicos como membros, a IMA tem lutado por uma legislação rigorosa contra ataques a profissionaisfazer jogo da lotofácil pela internetsaúde.

Mas o problema pode ser resolvido por legislação?

"Essa violência não é premeditada, é o resultadofazer jogo da lotofácil pela internetum gatilho emocional causado pela morte. Portanto, as leis não impedem esse tipofazer jogo da lotofácil pela internetcrime", afirma a pesquisadora Shreya Shrivastava, que acompanha a violência contra médicos.

Shrivastava faz partefazer jogo da lotofácil pela internetuma equipe do centrofazer jogo da lotofácil pela internetpesquisa Vidhi Center for Legal Policy que estudou 56 ataques entre janeirofazer jogo da lotofácil pela internet2018 e setembrofazer jogo da lotofácil pela internet2019 para entender o que os causou e como eles podem ser contidos.

Ela diz que o governo introduziu uma penafazer jogo da lotofácil pela internetprisãofazer jogo da lotofácil pela internetaté sete anos como punição por ataques a profissionaisfazer jogo da lotofácil pela internetsaúde que tratamfazer jogo da lotofácil pela internetpacientes covid, mas isso não ajudou.

O médico Vikas Reddy, do Hospital Gandhi, na cidadefazer jogo da lotofácil pela internetHyderabad, foi atacado com cadeirasfazer jogo da lotofácil pela internetferro e plásticofazer jogo da lotofácil pela internetjunho do ano passado por parentesfazer jogo da lotofácil pela internetum homem que morreu por covid. Ele procurou a polícia, mas ninguém foi preso ainda.

"Foi difícil voltar ao trabalho", diz Reddy. "Estava na mesma enfermaria, atendendo pacientes críticos. De repente, revivia cenas do ataque na minha mente."

Ele disse que passou muito tempo pensando no que aconteceu, tentando entender como explicar melhor o diagnóstico ou como dar uma notícia trágicafazer jogo da lotofácil pela internetuma maneira que evitasse outro ataque.

"Percebi que temos que passar um tempo com os pacientes e suas famílias para explicar as coisas que somos capazesfazer jogo da lotofácil pela internetfazer e as que não somos. E se eles discordarem, precisam levar o paciente para outro hospital. Mas não temos esse tipofazer jogo da lotofácil pela internettempo. Atendofazer jogo da lotofácil pela internet20 a 30 pacientes por dia", afirma.

Poucos médicos, muitos pacientes

A Índia tem uma das piores proporções médico-paciente do mundo. Em 2018, havia 90 médicos para cada 100 mil pessoas,fazer jogo da lotofácil pela internetacordo com estimativas do Banco Mundial.

Isso é muito inferior ao índice da China (200 para cada 100 mil), dos EUA (260 para cada 100 mil) ou da Rússia (400 para cada 100 mil).

No Brasil, há 240 médicos para cada 100 mil pessoas, mas o desafio é a concentração dos profissionais nas regiões sul e sudeste.

A pesquisafazer jogo da lotofácil pela internetShrivastava revelou que os ataques aos profissionaisfazer jogo da lotofácil pela internetsaúde na Índia geralmente acontecem quando os pacientes estãofazer jogo da lotofácil pela internetpronto-socorros ou UTIs (unidadesfazer jogo da lotofácil pela internetterapia intensiva); quando estão mudandofazer jogo da lotofácil pela internetum hospital para outro ou quando morrem. E tudo isso se tornou mais frequente durante a pandemia.

"Estar dentrofazer jogo da lotofácil pela internetuma alafazer jogo da lotofácil pela internetcovid é como estarfazer jogo da lotofácil pela internetuma guerra", diz o médico Jayesh Lele, da IMA.

Além disso, existe a questão da confiança.

Um setor privado pouco regulamentado e caro fornece dois terçosfazer jogo da lotofácil pela internettodos os serviçosfazer jogo da lotofácil pela internetsaúde na Índia.

Shrivastava disse que pessoas estão morrendofazer jogo da lotofácil pela internetcovid apesarfazer jogo da lotofácil pela internetgastar muito com o tratamento, enfraquecendo a confiança no sistema.

E reportagens sobre negligência médica, que tendem a superarfazer jogo da lotofácil pela internetnúmero as histórias dos médicos sendo linchados, deixam as pessoas mais desconfiadas.

"O que podemos fazer é dar o nosso melhor ao paciente", diz Reddy. "Não podemos esperar que todo paciente [ou família] seja bom [para nós], apenas que nos respeitem como profissionais e entendam que escolhemos esta profissão para salvar vidas."

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