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Variante Delta: Como versão mais contagiosa do vírus reabriu debate sobre usoroleta ganhosmáscara nos EUA:roleta ganhos
Mas, nesta semana, o Departamentoroleta ganhosSaúde Pública do Condadoroleta ganhosLos Angeles, na Califórnia, virou notícia ao recomendar que mesmo os residentes vacinados do condado (que é o mais populoso do país, com 10 milhõesroleta ganhosmoradores, e inclui a cidaderoleta ganhosLos Angeles) voltem a usar máscaras quando estiveremroleta ganhoslocais públicos fechados.
Apesarroleta ganhosafirmar que pessoas completamente imunizadas "parecem estar bem protegidas contra infecção com a variante Delta", as autoridadesroleta ganhossaúde locais disseram que, como medidaroleta ganhosprecaução, recomendam "fortemente que as pessoas usem máscarasroleta ganhoslocais fechados como supermercados, lojas, teatros, centrosroleta ganhosentretenimento e locaisroleta ganhostrabalho quando não souberem o statusroleta ganhosvacinaçãoroleta ganhostodos os presentes".
A recomendação não é uma regra obrigatória, e sim uma orientação à população, mas serviu para lembrar os americanosroleta ganhosque, apesar do sucesso recente do país no combate à covid-19, a pandemia ainda não acabou.
Segundo autoridadesroleta ganhossaúde, o surgimento da Delta, que vem se propagando com rapidez e já representa 20% dos casosroleta ganhoscovid-19 nos Estados Unidos, reforça os riscos para a parcela da população que ainda não foi imunizada. Dados recentes indicam que quase todas as novas hospitalizações por covid-19 no país são entre pessoas que não foram vacinadas.
Nos Estados Unidos, todos com 12 anosroleta ganhosidade ou mais podem receber a vacina contra covid-19. Mas, apesar da ampla disponibilidade, o ritmoroleta ganhosaplicaçãoroleta ganhosnovas doses vem caindo, reflexo da resistênciaroleta ganhosalgumas parcelas da população, como os moradoresroleta ganhoszonas rurais e os mais jovens.
Até quinta-feira (1/7), 46% da população estava completamente imunizada, e 54% com pelo menos uma dose. Na fatia a partirroleta ganhos12 anosroleta ganhosidade, 54% estão totalmente imunizados, e 63% receberam pelo menos uma dose.
Recomendação da OMS
Diante desse quadro, a posição das autoridadesroleta ganhosLos Angeles não é única. Também nesta semana, o governador do Estadoroleta ganhosIllinois, o democrata J.B. Pritzker, deu declaração semelhante, encorajando mesmo as pessoas vacinadas a continuarem a usar máscaras, dependendo da situação.
"Do meu pontoroleta ganhosvista, se você vai a um local lotado, não sabe se alguém não está vacinado, e (nesse caso) você deveria levar uma máscara e ficar seguro", disse Pritzker, cujo Estado registra taxaroleta ganhosvacinação semelhante à nacional, com 54% da população acimaroleta ganhos12 anos completamente imunizada.
Na semana passada,roleta ganhosorientação a todos os países, a OMS (Organização Mundial da Saúde) reforçouroleta ganhosrecomendaçãoroleta ganhosque mesmo pessoas vacinadas continuem a observar distanciamento social e usar máscararoleta ganhosambientes lotados, fechados ou com pouca ventilação.
"Enquanto a vacina contra a covid-19 evita doença grave e morte, nós ainda não sabemos o quanto evita que você seja infectado e transmita o vírus a outros", disse a OMS, salientando que, quanto mais o vírus se propagar, maior a oportunidade para mutações.
Na quarta-feira (30/7), a diretora do CDC, Rochelle P. Walensky, disseroleta ganhosuma sérieroleta ganhosentrevistas a redesroleta ganhosTV americanas queroleta ganhosagência mantém a posiçãoroleta ganhosque pessoas completamente vacinadas não precisam usar máscara.
Mas Walensky ressaltou que a população deve seguir as orientações dos seus departamentosroleta ganhossaúde locais e que há situaçõesroleta ganhosque essas autoridades locais podem recomendar medidas mais rígidas para proteger os que não estão vacinados.
"Nós ainda estamos vendo um ligeiro aumentoroleta ganhoscasosroleta ganhosáreas com baixa vacinação, e nessa situação nós estamos sugerindo que as políticas sejam feitasroleta ganhosnível local", disseroleta ganhosentrevista à emissora ABC.
Proteção com vacinas
Estudos realizados até agora demonstram que as vacinas são bem-sucedidas mesmo contra as variantes. No caso da Delta, algumas pesquisas sugerem que a proteção contra infecção possa ser um pouco menor do que a registradaroleta ganhosoutras variantes, mas ainda assim robusta.
Apesarroleta ganhosser mais contagiosa, não há comprovaçãoroleta ganhosque a variante Delta seja mais severa que as outras. Além disso, mesmoroleta ganhoscasoroleta ganhosinfecção, estudos indicam que as vacinas são altamente eficientes contra o riscoroleta ganhosdoença grave ou morte. Com isso, os poucos casos entre vacinados seriam assintomáticos ou com sintomas leves.
"O que queremosroleta ganhosuma vacina é que evite doença severa, hospitalização e morte", diz à BBC News Brasil o especialistaroleta ganhosdoenças infecciosas e preparação para pandemias Amesh Adalja, do Centro para Segurançaroleta ganhosSaúde da Universidade Johns Hopkins.
"E as vacinas estão sendo bem-sucedidas nisso, mesmo contra variantes problemáticas como a Delta", afirma Adalja, ressaltando que seus dados são baseados na eficácia das três vacinas usadas nos EUA e da AstraZeneca.
Mas uma das preocupaçõesroleta ganhosautoridadesroleta ganhossaúde e alguns especialistas é aroleta ganhosque pacientes vacinados que tiverem casos leves ou assintomáticosroleta ganhoscovid-19 possam transmitir a doença aos que não foram imunizados, contribuindo para a propagação do vírus.
Quanto mais o vírus circular, mais chances temroleta ganhosse modificar, e há o temorroleta ganhosque uma futura mutação possa ser mais resistente às vacinas.
"Nós sabemos que as vacinas funcionam contra essa variante. No entanto, essa variante representa um conjuntoroleta ganhosmutações que pode levar a futuras mutações que escapem da vacina", disse Walensky, do CDC,roleta ganhosentrevista coletiva na semana passada.
Variante dominante
Segundo a OMS, a Delta já foi detectadaroleta ganhospelo menos 96 países e é cercaroleta ganhos55% mais transmissível que a Alfa, variante inicialmente identificada no Reino Unido e atualmente presenteroleta ganhospelo menos 172 países. A Alfa já era cercaroleta ganhos50% mais contagiosa que o vírus original e provocou novas ondasroleta ganhosinfecçõesroleta ganhosvários países no início do ano.
"Devido ao aumento na transmissibilidade, a Delta deverá superar rapidamente as outras variantes e se tornar a variante dominante nos próximos meses", diz a OMS.
A rápida propagação da Delta já provocou novas restriçõesroleta ganhosdiversos países. Na Austrália, várias cidades, entre elas Sydney, Melbourne, Perth e Brisbane, decidiram reimpor lockdowns. Na Malásia, o governo estendeu o períodoroleta ganhoslockdown, inicialmente previsto para terminar nesta semana.
Até mesmo Israel, que tem alto índiceroleta ganhosvacinação, com quase 60% da população imunizada com duas doses, decidiu voltar a exigir o usoroleta ganhosmáscarasroleta ganhosambientes públicos fechados eroleta ganhoslocais ao ar livre com grande concentraçãoroleta ganhospessoas dianteroleta ganhosum aumento no númeroroleta ganhoscasos, que é atribuído à nova variante.
Mas, enquanto a Delta vem provocando crescimento no númeroroleta ganhosmortesroleta ganhosáreas com baixos índicesroleta ganhosvacinação, como nações africanas ou a Rússia, nos países onde grande parte da população já foi inoculada, como Reino Unido ou Israel, espera-se que um salto no númeroroleta ganhoscasos não resulteroleta ganhosaumentoroleta ganhosmortes tão significativo como o registradoroleta ganhosondas anteriores.
Nesses locais, o risco é para a parcela da população que ainda não foi vacinada. O mesmo é esperado nos Estados Unidos, à medida que a Delta vem ganhando espaço.
"Esta é uma pandemiaroleta ganhospessoas não vacinadas", ressaltou na semana passada, a diretoraroleta ganhosSaúde Pública do condadoroleta ganhosLos Angeles, Barbara Ferrer, ao comentar os números da Delta na região.
Entre 123 casos da nova variante confirmados no condado até então, apenas 10 eramroleta ganhospessoas completamente imunizadas. Nenhuma dessas 10 pessoas precisouroleta ganhoshospitalização.
Confiança
Enquanto alguns países e regiões optaram por uma reabertura gradual e ligada ao percentualroleta ganhosvacinados na população, nos Estados Unidos o fim da recomendação do usoroleta ganhosmáscaras para os imunizados não levouroleta ganhosconta as disparidades no país.
Em alguns Estados americanos, principalmente na região Sul, o índiceroleta ganhosvacinação permanece bem abaixo do nível nacional. Além disso, ainda não há vacina autorizada no país para crianças menoresroleta ganhos12 anos.
Isso faz com que alguns especialistas defendam uma abordagem diferenciada para cada parte do paísroleta ganhosrelação ao usoroleta ganhosmáscaras, dependendo do nívelroleta ganhosvacinação.
A ideia seria que os vacinados continuem a usar máscarasroleta ganhosambientes fechadosroleta ganhosáreas com baixos índicesroleta ganhosimunização ou alta circulação do vírus.
Mas alguns cientistas temem que recomendações para que pessoas já imunizadas voltem a usar máscaras possam reduzir a confiança nas vacinas e fazer com que os que ainda não receberam aroleta ganhosdose desistamroleta ganhosser imunizados.
"Aqueles que ainda estão hesitantesroleta ganhosreceber a vacina podem pensar: 'Por que me vacinar se nada vai mudar para mim?'", observa Adalja.
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