Gaza: a psicóloga que ajuda crianças palestinas a lidar com os traumas da guerra:dicas de apostas esportivas grupo whatsapp

Um cessar-fogo só foi alcançadodicas de apostas esportivas grupo whatsapp21dicas de apostas esportivas grupo whatsappmaio. Ambos os lados clamaram vitória no conflito. Mas Ola diz que sabe quem perdeu.

Além das crianças que morreram ao ladodicas de apostas esportivas grupo whatsappsuas famílias, ela diz que sobreviver a uma guerra deixa cicatrizes profundas nas mentes dos jovens.

"Muitos deles vivenciaram perdas e tristeza. Retorná-los à normalidade é muito difícil. Alguns deles precisamdicas de apostas esportivas grupo whatsappintervenção psicológica profunda, como aconselhamento individual, atendimento e terapia."

Transtornodicas de apostas esportivas grupo whatsappestresse pós-traumático

Ola tem mestradodicas de apostas esportivas grupo whatsappsaúde mental e trabalha como psicóloga infantil e oficialdicas de apostas esportivas grupo whatsappeducação para o Conselho Norueguêsdicas de apostas esportivas grupo whatsappRefugiados. Nos últimos 13 anos, ela atendeu crianças afetadas pela guerradicas de apostas esportivas grupo whatsappGaza.

Ela diz que as crianças que perderam pais, irmãos oudicas de apostas esportivas grupo whatsappcasa têm maior probabilidadedicas de apostas esportivas grupo whatsappdesenvolver transtornodicas de apostas esportivas grupo whatsappestresse pós-traumático.

"Isso pode causar perdadicas de apostas esportivas grupo whatsappsono, pesadelos, sentimentodicas de apostas esportivas grupo whatsappculpa, isolamento, xixi na cama, sensaçãodicas de apostas esportivas grupo whatsappentorpecimento, sensaçãodicas de apostas esportivas grupo whatsappdesamparo, raiva, pensamentos negativos sobre o futuro, sobre si mesmos e depressão."

Assim que o último bombardeio acabou, Ola retomou seu trabalho e se encontrou com um grupodicas de apostas esportivas grupo whatsappcinco meninas, todasdicas de apostas esportivas grupo whatsapp11 anos, que estavam com medo. Um dos colegas delas, Dima, tinha sido morto.

"Uma delas revelou que sempre que ouvia uma explosão, ela pensava que seria morta como ele."

De acordo com o Conselho Norueguês para Refugiados, 11 das crianças mortas durante o último bombardeio já estavam recebendo aconselhamento para traumas.

Parte do trabalho envolve pedir às crianças para que façam desenhos.

"Todas as cinco meninas fizeram desenhosdicas de apostas esportivas grupo whatsappsuas casas", diz Ola. Ela acha que isso acontece porque elas percebem o lar como o lugar mais seguro.

No entanto, perder este santuário é uma possibilidade. Muitos edifíciosdicas de apostas esportivas grupo whatsappGaza foram reduzidos a escombrosdicas de apostas esportivas grupo whatsappataques aéreos e maisdicas de apostas esportivas grupo whatsapp100 mil palestinos tiveram que deixar suas casas.

Para uma criança, perder a casa da família significa perder seus brinquedos, livros e roupas. Coisas familiares que lhe dão conforto.

"Se elas também perderem seus pais, isso significa uma perdadicas de apostas esportivas grupo whatsappproteção e amor. Além disso, muitas crianças foram gravemente feridas. Elas precisamdicas de apostas esportivas grupo whatsappanosdicas de apostas esportivas grupo whatsappapoio."

Pesquisa da ONU

Gaza é um dos lugares mais densamente povoados do planeta.

O pequeno enclave tem uma populaçãodicas de apostas esportivas grupo whatsapp2 milhõesdicas de apostas esportivas grupo whatsapppessoas, 42% das quais têm menosdicas de apostas esportivas grupo whatsapp15 anos.

Uma pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU)dicas de apostas esportivas grupo whatsapp2018 descobriu que umadicas de apostas esportivas grupo whatsappcada quatro criançasdicas de apostas esportivas grupo whatsappGaza precisavadicas de apostas esportivas grupo whatsappapoio psicossocial por contadicas de apostas esportivas grupo whatsapptraumas anteriores.

Ola se lembra do trauma que ela mesma viveu quando era jovem, no início dos anos 2000.

Comportamento agressivo

Um dia, enquanto ela estava brincando do ladodicas de apostas esportivas grupo whatsappfora com os irmãos dela, aviões israelenses bombardearam a vizinhança.

"Vimos um fogo vindo do avião e,dicas de apostas esportivas grupo whatsappseguida, uma bomba explodiu. Corremosdicas de apostas esportivas grupo whatsappvolta para nossa casa e gritamos por nossos pais. Foi realmente assustador."

Durante outro bombardeio, ela se lembradicas de apostas esportivas grupo whatsappcomo consolou a irmã mais nova, que correu e a abraçoudicas de apostas esportivas grupo whatsappbuscadicas de apostas esportivas grupo whatsappsegurança.

"Quando as crianças me falam sobre os sons das explosões, me lembrodicas de apostas esportivas grupo whatsappcomo minha própria casa estremeceu durante os bombardeios. Posso sentir no meu coração a ansiedade e o medo que eles estão compartilhando comigo."

Mas Ola diz que as crianças têm diferentes mecanismosdicas de apostas esportivas grupo whatsappenfrentamento, que incluem a agressão.

"Havia medo, incerteza e insegurança", diz ela sobredicas de apostas esportivas grupo whatsappinfância. "Tive quatro irmãos que se tornaram muito agressivos após os ataques aéreos. Às vezes, eles me batiam."

Ela agora associa essa agressão ao sensodicas de apostas esportivas grupo whatsappsobrevivência dos irmãos. Mas, durante aquele período inicial da vida dela, nem ela nem os irmãos receberam qualquer apoio psicológico.

Essa é uma das razões pelas quais ela escolheu se tornar uma psicóloga infantil. "Eu sei que as crianças israelenses também estão enfrentando seus próprios traumas", diz Ola.

"Mas o númerodicas de apostas esportivas grupo whatsappcrianças palestinas mortas nesta última escalada é seis vezes o número totaldicas de apostas esportivas grupo whatsappisraelenses combinados, incluindo soldados. Os números contam uma história."

Durante o último ataque, ela tentou manter uma rotina normal e acalmar o filhodicas de apostas esportivas grupo whatsapp3 anos, com quem mora sozinha, após se divorciar do marido.

"Ele é muito jovem para entender ainda. Quando há uma explosão, ele vem correndo até mim. Eu digo a ele que sempre o protegerei", diz ela.

Ola não quer que o filho tenha a mesma infância que ela, mas diz que nunca pensariadicas de apostas esportivas grupo whatsappse mudar para outro lugar.

"Quando ele crescer, direi a ele que Gaza não é apenas um lugar. É a terra dos meus pais, a terra do túmulo da minha mãe, a terra das minhas memórias e identidade."

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