Eleições nos EUA: Trump tenta última manobra, mas Biden deve ser confirmado hoje presidente no Congresso:bet365 com online

Crédito, Morry Gash/REUTERS

Legenda da foto, Trump e Bidenbet365 com onlinedebate no mêsbet365 com onlineoutubro; dois meses após eleição presidencial, republicando tenta último lance para impedir posse do democrata

O que Trump fará?

A estratégia do republicano se desenrolabet365 com onlinedois atos: a pressão por um lado sobre os parlamentares e, por outro, sobre o vice-presidente Mike Pence.

Embora a contagem dos votos pelo Congresso seja historicamente um rito protocolar, a lei americana permite que um deputado e um senador,bet365 com onlineconjunto, apresentem um desafio aos votos do Colégio Eleitoralbet365 com onlineum ou mais Estados e forcem tanto a Câmara quanto o Senado a confirmar a legitimidade dos votos.

Na semana passada, o senador republicano pelo Missouri Josh Hawley afirmou que levaria adiante a empreitada ao ladobet365 com onlineseu colegabet365 com onlinepartido, o deputado Mo Brooks, que anunciara a intençãobet365 com onlinequestionar o resultado há maisbet365 com onlineum mês.

A notícia agitou os republicanos. Em um gesto incomum, Trump abandonoubet365 com onlinecasabet365 com onlineveraneiobet365 com onlineMar-a-Lago, na Flórida, ainda no dia 31bet365 com onlinedezembro, e voltou para Washington D.C. para tentar costurar a estratégia com o máximobet365 com onlineparlamentares. O republicano aposta na ideia como um último recurso, depoisbet365 com onlineperder maisbet365 com online50 ações judiciais nas quais contestava a eleiçãobet365 com onlinetribunaisbet365 com onlineoito Estados e na Suprema Corte.

Crédito, REUTERS/Jim Bourg

Legenda da foto, Em 31bet365 com onlinedezembro, Trump voltou para Washington D.C. para tentar costurarbet365 com onlineestratégia com o máximobet365 com onlineparlamentares

Nos últimos dias, ao menos outros 12 senadores indicaram que se somariam à objeção, inclusive o senador pelo Texas Ted Cruz, que assim como Hawley tenta firmar seu nome como pré-candidato republicano à Presidênciabet365 com online2024.

Cruz e os demais afirmaram tomar essas medidas diantebet365 com online"alegações sem precedentesbet365 com onlinefraude nos votos", sem no entanto apresentar provas dessa fraude. Ainda não está claro qual será o alvobet365 com onlinequestionamento dos republicanos, mas Trump tem tentado subverter os resultadosbet365 com onlineseis Estados principais nos quais perdeu: Pensilvânia, Arizona, Nevada, Wisconsin, Michigan e Geórgia.

"Não somos ingênuos. Esperamos que a maioria, senão todos os democratas, e talvez vários republicanos, votembet365 com onlineoutra forma. Mas o apoio à integridade eleitoral não deve ser uma questão partidária", justificaram-se os senadores liderados por Cruzbet365 com onlineum comunicado conjunto.

Entre os que não apoiam explicitamente a medidabet365 com onlineCruz e Trump está o senador Mitch McConnell, líder dos republicanos no Senado e segunda figura mais poderosa do partido. McConnell demonstrou, nos bastidores, insatisfação com o movimento, reconheceu a vitóriabet365 com onlineBiden após os votos no Colégio Eleitoralbet365 com onlinedezembro e tentou, sem sucesso, dissuadir os membrosbet365 com onlinesua bancadabet365 com onlinelançar objeções.

Para ele, a estratégiabet365 com onlineTrump encurrala os republicanos entre demonstrar lealdade ao popular presidente derrotado - que recebeu maisbet365 com online74 milhõesbet365 com onlinevotosbet365 com onlinenovembro - ou proteger as bases centenárias da democracia americana. Como resultado, isso racharia o partido e o enfraqueceria para as eleições legislativasbet365 com online2022 e a presidencialbet365 com online2024.

Outros republicanos entusiastasbet365 com onlineTrump até recentemente já se recusaram publicamente a embarcar na empreitada com ele no Congresso agora. Um dos mais notórios, o senador pelo Arkansas Tom Cotton afirmou que se alinhar à tentativabet365 com onlinemudar o resultado das urnas via Parlamento "basicamente encerraria as eleições (populares) presidenciais e colocaria esse poder nas mãosbet365 com onlinequalquer partido que controle o Congresso".

O papelbet365 com onlineMike Pence

E se o primeiro ato é arregimentar apoiadores entre os parlamentares, o segundo focobet365 com onlineaçãobet365 com onlineTrump nos últimos dias estábet365 com onlineseu vice-presidente, o republicano Mike Pence.

Pela Constituição, cabe ao vice-presidente da República conduzir a sessão conjunta entre Senado e Câmara. Logo, é Pence quem deverá ler os votos do Colégio Eleitoral,bet365 com onlineordem alfabética por Estado, e ao final, contabilizadas as cédulas, declarar o nome do vencedor. Trata-sebet365 com onlineum papel cerimonial, mas sem protagonismo decisório,bet365 com onlineacordo com a lei.

O que aconteceubet365 com online2017 mostra bem isso. Depois da vitóriabet365 com onlineTrump sobre Hillary Clinton, alguns deputados democratas tentaram levantar objeção ao republicano, mas não contaram com o apoiobet365 com onlinesenadores do partido. O presidente da sessão, Joe Biden, então vicebet365 com onlineBarack Obama, não permitiu que a tribuna se convertessebet365 com onlinepalanquebet365 com onlinedemocratas ressentidos pela derrota. Deu sucessivas marteladas na mesa para evitar discursos e repetia "está acabado". Encerrou a sessãobet365 com onlineapenas 35 minutos.

Agora, quando Joe Biden deve ser confirmado presidente, Trump espera que Pence se comportebet365 com onlinemodo muito diferente do que o próprio Biden há quatro anos.

Crédito, EPA/J. Scott Applewhite

Legenda da foto, Sob forte pressão, Pence tem passado por sucessivas reuniões com Trump e seus advogados na Casa Branca

Nesta terça-feira, embet365 com onlinecontabet365 com onlineTwitter, o presidente postou: "O vice-presidente tem o poderbet365 com onlinerejeitar deputados escolhidosbet365 com onlineforma fraudulenta",bet365 com onlineuma referência aos votos do Colégio Eleitoral.

Não está clarobet365 com onlineque modo Trump e seus aliados esperam que Pence se recuse a seguir o protocolo e formalizar a vitóriabet365 com onlineBiden. A lei, no entanto, não garante poder unilateral a Pencebet365 com onlinederrubar o resultado eleitoral cravado no Colégio Eleitoral.

Pence está sob intensa pressão. Nos últimos dias, ele tem passado por sucessivas reuniões com o presidente e seus advogados na Casa Branca. Na última segunda, dia 4/1,bet365 com onlinecomício na Geórgia, Trump foi explícito sobrebet365 com onlinetentativabet365 com onlinepersuadir o vice.

"Espero que Pence faça o que é preciso por nós. É claro que se ele não fizer, não gosto dele tanto assim", afirmou o presidente a seus apoiadores, logo depoisbet365 com onlinefazer elogios ao vice. Em eventos públicos que tem feito, Pence tem sido sucessivamente pressionado por eleitores a "encerrar a roubalheira", como eles dizem, ecoando falsas alegaçõesbet365 com onlineTrump.

Em nota divulgada na noite desta terça (5/1), Trump afirmou que a eleição presidencial foi ilegal e que Pence tem "diversas opções previstas na Constituição" para agirbet365 com onlinerelação ao resultado das urnas. "Ele pode 'decertificar' os resultados ou enviá-losbet365 com onlinevolta para os Estados para modificá-los e certificá-los. Ele também pode 'decertificar' os resultados ilegais e corruptos e enviá-los para a Câmara dos Representantes para um voto por bancada estadual (modelobet365 com onlinevotaçãobet365 com onlineque Trump teria maioria)."

Em seus pronunciamentos públicos, Pence tem sido evasivo sobre o que fará nesta quarta-feira. Essa semana, na Geórgia,bet365 com onlineresposta a eleitores, ele afirmou: "Eu sei que todos nós temos nossas dúvidas sobre a última eleição. Quero assegurar a vocês que compartilho das preocupaçõesbet365 com onlinemilhõesbet365 com onlineamericanos sobre irregularidades na votação. Eu prometo que, na quarta-feira que vem, teremos nosso dia no Congresso", afirmou.

Trump tem alguma chancebet365 com onlinereverter a eleição?

Todos as desavenças entre senadores republicanos e a tensãobet365 com onlinerelação a Pence, no entanto, têm praticamente chance nulabet365 com onlineproduzir algum resultado prático.

Mesmo se todos os republicanos votassem a favor da objeção, para deslegitimar a vitóriabet365 com onlineBiden, o democrata ainda assim seria reconhecido como o vencedor. Isso porque esse tipobet365 com onlinemanobra precisariabet365 com onlinemaioria tanto na Câmara quanto no Senado para ser aprovada. Enquanto os republicanos têm maioria no Senado, os democratas controlam a Câmara e não apoiarão uma medida para barrar o presidente eleitobet365 com onlineseu partido. E mesmo entre os republicanos, não há posição unânime sobre a objeção.

Ainda assim, a manobra não é inócua. O resultado pode ser um enfraquecimento da confiança dos cidadãos nas instituições nos EUA. As estimativas indicam que cercabet365 com online180 parlamentares republicanos podem apoiar a tesebet365 com onlineilegitimidadebet365 com onlineBiden e ecoar o sentimento existentebet365 com onlinecercabet365 com online1⁄3 dos eleitores americanosbet365 com onlineque a eleição não foi justa, conforme levantou uma pesquisa publicadabet365 com onlinemeadosbet365 com onlinedezembro pelo Intituto YouGov e pela rede CBS News.

O cientista político Ian Bremmer, diretor da consultoria Eurasia Group, afirma que essa retroalimentação pode ser o pior dos efeitos da manobra política no Congresso. "(Há) Impacto zero no resultado da eleição. Mas ajuda a garantir que os apoiadoresbet365 com onlineTrump continuem a acreditar que a eleição foi roubada. Um péssimo resultado para o país", escreveu Bremmer no Twitter.

Ele nota ainda que nenhum dos senadores reeleitos nas mesmas cédulasbet365 com onlinevoto que alegam agora ter sido manipuladas questionou os votos que conduziram eles próprios ao Congresso.

Coube a um deputado republicano apontar publicamente essa contradiçãobet365 com onlineseus correligionários. No último domingo, o deputado republicano Chip Roy, do Texas, se opôs à possebet365 com online67 deputados eleitos nos seis Estadosbet365 com onlineque Trump contesta o resultado. Ele, que já se posicionou publicamente contra a objeção a Biden pelos colegas, justificou seu ato simbólico dizendo que "seria confundir a razão humana básica se os resultados presidenciais enfrentassem objeções enquanto os resultados do mesmo processo para o Congresso escapassem sem o escrutínio público".

Entre parte dos republicanos, têm se espalhado a percepçãobet365 com onlineque as açõesbet365 com onlineTrump podem atentar contra o sistema democrático e até mesmo contra as premissas do partido. O senador Jerry Moran, do Kansas, afirmou que recusaria a objeção: "(Por ser) um republicano conservador devo seguir estritamente a Constituição dos EUA".

Mas o primeiro senador republicano a denunciar publicamente os riscos da empreitada, Ben Sasse,bet365 com onlineNebraska, acusou os colegasbet365 com onlinetentarem obter ganho pessoal ao surfar na popularidade do presidente derrotado e lançar mãobet365 com onlineuma medida populista que, segundo ele, trará "danosbet365 com onlinelongo prazo" ao país. "Adultos não apontam uma arma carregada para o coraçãobet365 com onlineum governo legítimo", criticou Sasse.

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