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Iraque: a guerra que espalhou violência e crises pelo mundo:vasco e nautico palpite
vasco e nautico palpite Para muitos, foi uma guerra sem motivo. Em marçovasco e nautico palpite2003, forças dos Estados Unidos e do Reino Unido iniciaram a Guerra do Iraque com um principal objetivo declarado: tomar e destruir as armasvasco e nautico palpitedestruiçãovasco e nautico palpitemassa do regimevasco e nautico palpiteSaddam Hussein.
Após bombardear o Iraque, iniciando o que o governo americano batizouvasco e nautico palpiteOperação Liberdade Iraquiana, os dois países ocuparam o território iraquiano. Não encontraram, entretanto, as tais armasvasco e nautico palpitedestruiçãovasco e nautico palpitemassa. Os governos americano e britânico tiveramvasco e nautico palpiteaceitar que Saddam Hussein dissera a verdade quando alegou não possuir os armamentos. O principal motivo da guerra não existia.
É possível afirmar que a Guerra do Iraque foi a mais importante do século 21. Envolveu duas grande potências mundiais contra um influente país árabe localizado no coração do Oriente Médio. Outras grandes potências e manifestantes no mundo todo tentaram impedi-la, sem sucesso. O conflito durou oito anos, entre a invasãovasco e nautico palpite2003 e a saída das últimas tropasvasco e nautico palpitecombate dos Estados Unidos,vasco e nautico palpite2011. A guerra facilitou o fortalecimento ou surgimentovasco e nautico palpitegrupos armados, considerados como terroristas por países ocidentais, e gerou grande ressentimento contra o Ocidentevasco e nautico palpiteboa parte das populações árabe e muçulmana.
Causas da guerra
Para entender as origens do conflito, é preciso voltar à décadavasco e nautico palpite1980. Entre 1980 e 1988, os vizinhos Irã e Iraque disputaram uma guerra que deixou cercavasco e nautico palpite2 milhõesvasco e nautico palpitemortos, segundo algumas estimativas. Na Guerra Irã-Iraque, o governo iraquiano, comandado pelo presidente Saddam Hussein, recebeu o apoiovasco e nautico palpitepotências ocidentais, interessadasvasco e nautico palpiteenfraquecer o regime iraniano. O motivo:vasco e nautico palpite1979, a revolução que derrubou o xá Mohammad Reza Pahlavi, do Irã, levou à implantaçãovasco e nautico palpiteuma república islâmica xiita no país.
No mesmo ano, Saddam Hussein assumiu a Presidência do Iraque - função que exerceria por maisvasco e nautico palpiteduas décadas como um ditador, usando uma repressão violenta para suprimir qualquer tipovasco e nautico palpitedissidência interna. Ao invadir o território do vizinho e iniciar o conflito, Saddam representou os interesses tanto do Ocidente como dos regimes árabes sunitas, que temiam o fortalecimento do xiita Irã apósvasco e nautico palpiterevolução.
Terminada a guerra, que não teve vencedor, o presidente do Iraque desentendeu-se com outras lideranças árabes devido ao alto preço que o conflito tinha custado ao seu país - tantovasco e nautico palpitevidas humanas como na economia. Isso gerou disputas, envolvendo o preço do petróleo, que levaram Saddam Hussein a invadir o pequeno Kuwait,vasco e nautico palpite1990.
Com a invasão do Kuwait, Saddam, que anos antes recebera apoio do Ocidente, tornou-se inimigo tantovasco e nautico palpiteseus vizinhos árabes como da comunidade internacional. Em 1991, na Guerra do Golfo, as forçasvasco e nautico palpiteSaddam foram expulsas do Kuwait por uma coalizão liderada pelos Estados Unidos, governado na época pelo republicano George Bush.
O líder do Iraque, porém, continuou no podervasco e nautico palpiteBagdá. Como Saddam Hussein havia desenvolvido armas químicas no passado - e usado os gases sarin e mostarda contra cidadãos iraquianos xiitas e curdos -, durante a décadavasco e nautico palpite1990 a comunidade internacional pressionou o regime iraquiano para que permitisse a verificaçãovasco e nautico palpiteseu arsenal.
Após anosvasco e nautico palpitepressão política via resoluções do Conselhovasco e nautico palpiteSegurança da ONU, sanções econômicas e até mesmo um violento bombardeio americanovasco e nautico palpite1998, ficou a dúvida se seu regime ainda tinha ou não armasvasco e nautico palpitedestruiçãovasco e nautico palpitemassa. Muitos acreditavam que sim e temiam que Saddam pudesse utilizá-las. Outros argumentavam que suas armas químicas haviam sido destruídas ou simplesmente envelhecido. Seu poderio militar, segundo essas avaliações, tinha se enfraquecido enormemente após anosvasco e nautico palpitesanções econômicas que empobreceram o país.
Depois dos atentadosvasco e nautico palpite11vasco e nautico palpitesetembrovasco e nautico palpite2001, o governo americano passou a argumentar que as possíveis armas iraquianas poderiam não apenas ser usadas pelo Iraque, mas também cair nas mãosvasco e nautico palpitegrupos armados internacionais, como a Al-Qaeda. Saddam Hussein negava ainda manter armas químicas ou mesmo um programa nuclear - como foi argumentado por alguns na época -, e analistas apontavam para o fatovasco e nautico palpiteque o regime secular iraquiano era inimigovasco e nautico palpitemilitantes islamistas como Osama bin Laden.
Isso não impediu que grande parte da população americana acreditassevasco e nautico palpitealguma ligação entre o líder iraquiano e o 11vasco e nautico palpiteSetembro. Segundo pesquisa do Instituto Gallup,vasco e nautico palpiteagostovasco e nautico palpite2002, 53% dos americanos acreditavam que Saddam estava "pessoalmente envolvido" nos ataquesvasco e nautico palpiteNova York, Washington e Pensilvânia. A parcela dos que não acreditavam nessa tese eravasco e nautico palpite34%. Outra pesquisa, feita pelo jornal The Washington Postvasco e nautico palpitesetembrovasco e nautico palpite2003, apontava que 69% dos americanos consideravam "pelo menos provável" a possibilidadevasco e nautico palpiteSaddam Hussein ter desempenhado "algum papel" nos atentadosvasco e nautico palpite2001.
Nos últimos mesesvasco e nautico palpite2002, o então presidente americano, George W. Bush - filho do presidente Bush que expulsou as forçasvasco e nautico palpiteSaddam do Kuwait -, e o primeiro-ministro britânico, o trabalhista Tony Blair, formaram uma aliança por uma política agressiva contra Saddam Hussein. Bush e Blair defendiam que, caso o líder iraquiano não provasse ter destruído todo seu arsenal, uma ofensiva militar para derrubá-lo seria necessária. Para Washington e Londres, o Iraque passou a integrar os objetivos do que ambos os governos chamavamvasco e nautico palpite"guerra ao terrorismo".
Em 22vasco e nautico palpitenovembro, o Conselhovasco e nautico palpiteSegurança das Nações Unidas adotou a resolução 1441, que elevava a pressão sobre Saddam Hussein. A medida dizia que o Iraque não havia "fornecido uma revelação precisa, total, final e completa"vasco e nautico palpitetodos os seus "programas para desenvolver armasvasco e nautico palpitedestruiçãovasco e nautico palpitemassa e mísseis balísticos"vasco e nautico palpitegrande alcance. Afirmava ainda que o Iraque continuavavasco e nautico palpite"violação material"vasco e nautico palpitesuas responsabilidades, exigia que Bagdá desse acesso total aos inspetores da ONU e falavavasco e nautico palpite"graves consequências" caso o país continuasse violando suas obrigações. Estados Unidos e Reino Unido tentaram compor uma coalizão internacional ampla, como a que participava, desde 2001, da guerra no Afeganistão contra o Taliban. Essa aliança seria feitavasco e nautico palpitetornovasco e nautico palpiteuma nova resolução do Conselhovasco e nautico palpiteSegurança que autorizaria uma ofensiva militar contra o Iraque.
Havia um problema: no iníciovasco e nautico palpite2003, o chefe da agência da ONU responsável por inspecionar o Iraque, o sueco Hans Blix, dizia que o Iraque estava colaborando com o trabalhovasco e nautico palpiteseus inspetores. Desde a aprovação da resolução 1441,vasco e nautico palpiteequipe trabalhavavasco e nautico palpiteterritório iraquiano buscando indíciosvasco e nautico palpitearmasvasco e nautico palpitedestruiçãovasco e nautico palpitemassa, mas não encontrara nenhum. Blix afirmava precisarvasco e nautico palpitemais tempo para uma avaliação definitiva, enquanto os Estados Unidos e o Reino Unido já se preparavam para uma invasão do Iraque, com tropas posicionadas na região. Em 14vasco e nautico palpitefevereiro, manifestações pacíficas levaram milhõesvasco e nautico palpitepessoas às ruas,vasco e nautico palpitediversos países e continentes,vasco e nautico palpiteprotesto contra a possibilidadevasco e nautico palpiteum novo conflito militar.
No mês seguinte, o secretáriovasco e nautico palpiteEstado americano, Colin Powell, fez uma dramática apresentação no Conselhovasco e nautico palpiteSegurança mostrando imagens e relatando informações que, segundo ele, provavam que Saddam Hussein tinha armas químicas e biológicas. No entanto, a ideiavasco e nautico palpiteuma segunda resolução do conselho, aprovando a ação militar, foi abandonada quando França e Rússia posicionaram-se contra a guerra. No dia 19vasco e nautico palpitemarçovasco e nautico palpite2003, o presidente Bush anunciou,vasco e nautico palpitemensagem pela televisão, que forças dos EUA haviam iniciado o bombardeio contra o Iraque. Devido ao poderio e à velocidade do ataque, os americanos chamaram a ofensivavasco e nautico palpite"shock and awe" -vasco e nautico palpiteportuguês, "choque e espanto". Cercavasco e nautico palpite150 mil soldados americanos foram enviados ao Iraque no primeiro mês.
vasco e nautico palpite Invasão e ocupação
A partir do início do ataque, que incluiu um intenso bombardeiovasco e nautico palpitealvosvasco e nautico palpiteBagdá, forças americanas rapidamente entraram no sul do Iraque, cruzando a fronteira com o Kuwait, e seguiramvasco e nautico palpitedireção à capital. Os britânicos usaram a mesma rotavasco e nautico palpiteentrada, mas permaneceram no sul do país, onde assumiriam o controle da cidade portuáriavasco e nautico palpiteBasra, a mais importante do sul do Iraque. Sem a participaçãovasco e nautico palpiteuma coalizão ampla, a invasão contou também com pequenos contingentes da Austrália e da Polônia. Outros países que apoiaram politicamente a guerra, como Espanha, Itália e Ucrânia, enviariam tropas ao país depoisvasco e nautico palpiteiniciada a ocupação.
Menosvasco e nautico palpiteum mês depois do início da guerra, os americanos tomaram Bagdá, declarando ter controle da capitalvasco e nautico palpite14vasco e nautico palpiteabril. Outras cidades importantes, como Tikrit, Falluja e Ramadi, na região central, e Kirkut, no Curdistão (norte), foram tomadas pelas forçasvasco e nautico palpiteocupação. Saddam Hussein, no entanto, não foi encontrado. Em 1ºvasco e nautico palpitemaiovasco e nautico palpite2003, a bordo do porta-aviões USS Abraham Lincoln, o presidente George W. Bush fez um discursovasco e nautico palpiteque declarou que, "na batalha do Iraque, os Estados Unidos e nossos aliados prevaleceram". Atrás dele, uma faixa dizia "Missão Cumprida". Até então, a guerra já impusera um enorme custo humano ao Iraque. Levantamento do instituto americano Project on Defence Alternatives (Projeto sobre Alternativasvasco e nautico palpiteDefesa), divulgadovasco e nautico palpiteoutubrovasco e nautico palpite2003, estimou que entre 10.800 e 15.100 iraquianos foram mortos nas semanasvasco e nautico palpiteque durou a invasão do país. Destes, entre 3.200 e 4.300 eram civis.
Com a queda do regime, começou a ocupação. Em 12vasco e nautico palpitemaio, aterrissavavasco e nautico palpiteBagdá o novo "administrador do Iraque", o americano Paul Bremer. No dia da chegadavasco e nautico palpiteBremer ao país, a BBC News noticiou: "Vários bairrosvasco e nautico palpiteBagdá ainda estão sem eletricidade e água corrente, lixo se acumula nas ruas, e muitos comerciantes têm medovasco e nautico palpitereabrir seus negócios por causavasco e nautico palpitesaqueadores". A administração do país era conduzida a partirvasco e nautico palpiteuma área, no centro da capital, extremamente protegida e isolada do resto da cidade. Era conhecida como "Zona Verde".
A frustração dos iraquianos provocou ressentimento contra a ocupação americana, especialmentevasco e nautico palpitecidades sunitas, como Tikrit e Fallujah, historicamente próximasvasco e nautico palpiteSaddam Hussein. Episódiosvasco e nautico palpiteviolência das forçasvasco e nautico palpiteocupação contra a população civil - como a mortevasco e nautico palpitepelo menos 13 iraquianos durante um protesto diantevasco e nautico palpiteuma escolavasco e nautico palpiteFalluja,vasco e nautico palpiteabril - fizeram muitos moradores se voltarem contra as tropas estrangeiras. Em maio, Bremer anunciou uma decisão que agravou a já delicada situaçãovasco e nautico palpitesegurança. O administrador demitiu todos os soldados e funcionários públicos que fossem membros do Partido Ba'ath, o grupo políticovasco e nautico palpiteSaddam que antes dominava todos os aspectos da vida no Iraque. A medida deixou dezenasvasco e nautico palpitemilharesvasco e nautico palpitepessoas sem emprego ou função - um enorme contingente, do qual uma parte viria a engrossar a futura reação armada contra as forças americanas.
vasco e nautico palpite Insurgência e guerra civil
Ao longovasco e nautico palpite2003, aumentou a insatisfação entre os iraquianos, que era cada vez mais demonstradavasco e nautico palpiteforma violenta, com um número crescentevasco e nautico palpiteataques contra soldados americanosvasco e nautico palpitepatrulha pelo país. O uso dos chamados IED - siglavasco e nautico palpiteinglês para "equipamento explosivo improvisado" - contra forças estrangeiras tornou-se comum. Ao mesmo tempo, eram denunciados abusos das forçasvasco e nautico palpiteocupação. Em junhovasco e nautico palpite2003, um relatório da Anistia Internacional chamou a atenção para a situaçãovasco e nautico palpite"maisvasco e nautico palpite2 mil iraquianos" detidos pelo país e as condições na prisãovasco e nautico palpiteAbu Ghraib, próximo a Bagdá. "O notório presídiovasco e nautico palpiteAbu Ghraib, centrovasco e nautico palpitetortura e execuçõesvasco e nautico palpitemassa sob Saddam Hussein, é novamente uma prisão isolada do mundo exterior", afirmava o documento. A deterioração da situação levou a dois fenômenos que marcaram o período a partirvasco e nautico palpite2004: uma violenta insurgência contra a ocupação estrangeira e um estadovasco e nautico palpiteviolência sectária entre as comunidades muçulmanas xiita - cercavasco e nautico palpitemetade da população - e sunita - cercavasco e nautico palpite40% e que dominava o país no regimevasco e nautico palpiteSaddam Hussein.
Em marçovasco e nautico palpite2004, um novo episódio reforçou a posiçãovasco e nautico palpiteFalluja, parte do chamado Triângulo Sunita, como o centro da resistência à ocupação. Um comboiovasco e nautico palpiteveículos foi atacado por insurgentes, que mataram quatro agentesvasco e nautico palpitesegurança americanos privados, da empresa Blackwater. Seus corpos foram queimados e pendurados numa ponte sobre o rio Eufrates. Em resposta, tropas americanas lançaram um ataque pesado contra a cidade ao longovasco e nautico palpitetodo o mêsvasco e nautico palpiteabril, mas o controle americano sobre Falluja só seria retomado numa nova sangrenta campanha contra a cidade, no fimvasco e nautico palpite2004. Tambémvasco e nautico palpiteabril, fotos mostrando situaçõesvasco e nautico palpitetortura e humilhaçãovasco e nautico palpiteprisioneiros iraquianos, muitos deles nus, na prisãovasco e nautico palpiteAbu Ghraib chegaram à imprensa - por intermédio da redevasco e nautico palpiteTV CBS e da revista The New Yorker. "Uma desumanização como essa é inaceitávelvasco e nautico palpitequalquer cultura, mas especialmente no Mundo Árabe", escreveu o autor da reportagem da New Yorker, Seymour M. Hersh.
Em 28vasco e nautico palpitejunhovasco e nautico palpite2004, os Estados Unidos devolveram o controle político e administrativo do país aos iraquianos, encerrando 1 ano e 3 mesesvasco e nautico palpitegoverno americano no país. Paul Bremer deixou o cargovasco e nautico palpiteadministrador do Iraque, que passou a ser governado pelo primeiro-ministro interino Iyad Allawi, um representante da comunidade xiita. A parte sunita da população, que perdeu a posição dominante desfrutada durante o regimevasco e nautico palpiteSaddam Hussein, sentiu-se discriminada pela nova ordem. Tal sentimento e a crescente percepçãovasco e nautico palpiteque o novo governo iraquiano era altamente corrupto facilitaram a eclosão do períodovasco e nautico palpiteguerra civil entre sunitas e xiitas. O riscovasco e nautico palpiteuma guerra civil entre as comunidades ficara clarovasco e nautico palpitemarçovasco e nautico palpite2004, quando cercavasco e nautico palpite150 xiitas foram mortosvasco e nautico palpiteexplosões suicidas durante o festival religiosovasco e nautico palpiteAshura,vasco e nautico palpiteKerbala e Bagdá. Semelhantes atentados suicidas passaram a ser realizados com frequência pela organização sunita Al-Qaeda no Iraque, comandada pelo jordaniano Abu Musab al-Zarqawi.
vasco e nautico palpite Primeiras eleições
Em 30vasco e nautico palpitejaneirovasco e nautico palpite2005, os iraquianos foram às urnas na primeira eleição geral desde a derrubadavasco e nautico palpiteSaddam Hussein. O pleito, que elegeu os 275 membros da Assembleia Nacional provisória, foi considerado histórico por iniciar o processo democrático no Iraque, mas também reforçou a divisão entre xiitas e sunitas. Sem confiança no novo regime, grande parte da população sunita boicotou a eleição - ou não votou por questõesvasco e nautico palpitesegurança. O resultado consolidou o poder nas mãos dos xiitas, com a vitória da Aliança Iraquiana Unida, grupo apoiado pelo principal clérigo xiita do país, o aiatolá Ali Sistani. Um novo premiê, Ibrahim Al-Jaafari, foi escolhido, e uma nova Constituição foi escrita.
Em abril, Jalal Talabani foi escolhido pela Assembleia presidente do Iraque, o primeiro curdo a ocupar o posto. Depois da aprovação da Cartavasco e nautico palpiteum plebiscito nacional,vasco e nautico palpiteoutubrovasco e nautico palpite2005, uma segunda eleição foi realizadavasco e nautico palpitedezembro, para a formação do definitivo Conselhovasco e nautico palpiteRepresentantes do Iraque. Os resultados foram semelhantes aosvasco e nautico palpitejaneiro, mas dessa vez a comunidade sunita não boicotou o pleito. Nas negociações para a formação do governo, porém, o nomevasco e nautico palpiteJaafari foi rejeitado por parte da coalizão, e o vicevasco e nautico palpiteseu partido, o xiita Nouri al-Maliki tornou-se o novo premiê iraquiano.
O processo eleitoral ocorreuvasco e nautico palpitemeio a um agravamento do conflito envolvendo grupos sunitas, milícias xiitas, tropasvasco e nautico palpiteocupação americanas e britânicas e forças do novo governo. Em marçovasco e nautico palpite2006, a entidade Iraq Body Count (IBC) divulgou um balançovasco e nautico palpitecivis mortos, desde a invasão até o fimvasco e nautico palpite2005, que mostrava um aumento significativo da violência. Segundo o IBC,vasco e nautico palpite1ºvasco e nautico palpitemaiovasco e nautico palpite2003 a 19vasco e nautico palpitemarçovasco e nautico palpite2004, 6.331 civis iraquianos haviam morrido. Entre 20vasco e nautico palpitemarçovasco e nautico palpite2004 e 19vasco e nautico palpitemarçovasco e nautico palpite2005, esse número chegou a 11.312. Já entre 20vasco e nautico palpitemarçovasco e nautico palpite2005 e 19vasco e nautico palpitemarçovasco e nautico palpite2006, 12.617 civis foram mortos no Iraque. Apesar da deterioração da segurança, porém, uma nova estrutura política do Iraque estava formada. O país conseguira realizar duas eleições gerais e aprovarvasco e nautico palpitenova Constituiçãovasco e nautico palpiteum plebiscito nacional. O Iraque tinha um novo sistema político, baseadovasco e nautico palpiteconsultas populares.
vasco e nautico palpite Impacto fora do Iraque
Enquanto a violência se espalhavavasco e nautico palpiteterritório iraquiano, a guerra tinha impacto político e na segurançavasco e nautico palpitevárias partes do mundo. Um ano depois da invasão do Iraque,vasco e nautico palpite11vasco e nautico palpitemarçovasco e nautico palpite2004, uma sérievasco e nautico palpiteexplosões atingiu quatro trensvasco e nautico palpitepassageirosvasco e nautico palpiteMadri, capital da Espanha. Os ataques, que mataram 191 pessoas e deixaram quase 2 mil feridos, ocorreram três dias antes das eleições para o Parlamento. O então primeiro-ministro espanhol, o conservador José María Aznar, disse inicialmente à imprensa local que o grupo armado basco ETA era responsável pelos ataques. Especialistas, entretanto, diziam que as características das explosões - bombas acionadasvasco e nautico palpiteforma coordenada, sem aviso prévio - não apontavam para o ETA, mas sim para a Al-Qaeda ou algum outro grupo islamista.
Espanhóis tomaram as ruasvasco e nautico palpiteprotesto contra os atentados e exigindo do governo transparência nas investigações. Muitos diziam que as autoridades não estavam dizendo a verdade sobre o ocorrido. Um dia antes das eleições, as primeiras prisões indicavam a responsabilidadevasco e nautico palpitemilitantes islâmicos, sem relação alguma com o grupo basco. No domingo, 14vasco e nautico palpitemarço, os espanhóis foram às urnas, e a expectativa eravasco e nautico palpiteque os atentados influenciassem o resultado. Durante a manhã, o Ministério da Justiça disse ter descoberto um vídeo que dizia que a Al-Qaeda havia organizado as explosões, como vingança pela participação da Espanha na ocupação do Iraque. Alguns integrantes do governo, porém, ainda diziam que o ETA poderia estar envolvido. Quando vieram os resultados do pleito, Aznar e seu partido foram derrotados, e a oposição socialista assumiu o governo. Em 2007, 21 dos 28 presos foram condenados pelos atentados, a maioria deles marroquinos com conexões islamistas.
A guerra do Iraque também teve grande impacto político no Reino Unido. Parceirovasco e nautico palpiteGeorge W. Bush na invasão e ocupação do Iraque, o premiê Tony Blair foi acusado por muitosvasco e nautico palpiteter mentido sobre as verdadeiras razões para a guerra. Em julhovasco e nautico palpite2003, uma polêmica reportagemvasco e nautico palpiterádio da BBC sugeria que um relatóriovasco e nautico palpiteinteligência sobre as supostas armasvasco e nautico palpitedestruiçãovasco e nautico palpitemassa iraquianas havia sido produzido sob influência política do governo, que negava a acusação. Após ser exposto pela imprensa como a fonte da reportagem, o cientista David Kelly, especialistavasco e nautico palpiteguerra biológica a serviço do ministériovasco e nautico palpiteDefesa britânico, se suicidou. Apesar da quedavasco e nautico palpitepopularidade que o episódio e a guerra lhe causaram,vasco e nautico palpitemaiovasco e nautico palpite2005 Tony Blair foi reeleito para um terceiro mandato como primeiro-ministro.
A Guerra do Iraque, entretanto, continuaria a assombrar os britânicos. Em julhovasco e nautico palpite2005, quatro britânicos muçulmanos provocaram quatro explosões suicidas na capital, Londres - três delasvasco e nautico palpitetrens do metrô e umavasco e nautico palpiteum ônibus. Além dos quatro suicidas, 52 pessoas foram mortas, e cercavasco e nautico palpite800 ficaram feridas. Duas semanas depois, houve uma tentativa frustradavasco e nautico palpitenovos ataques,vasco e nautico palpiteque bombas colocadas no metrô não explodiram. Com o paísvasco e nautico palpiteestadovasco e nautico palpitealerta máximo, o brasileiro Jean Charlesvasco e nautico palpiteMenezes foi confundido com um suspeito pela polícia londrina e morto a tiros por policiais dentrovasco e nautico palpiteum vagão do metrô. A rede Al-Qaeda indicou ter ligação com os ataques, e um dos suicidas gravara um vídeo dizendo que eles eram vingança contra bombardeiosvasco e nautico palpitepaíses muçulmanos. Mas o premiê Tony Blair negava que a invasão do Iraque tivesse levado aos atentados. Em junhovasco e nautico palpite2007, após dez anos como primeiro-ministro, Blair renunciou ao cargo, entregue a seu colegavasco e nautico palpitepartido e ministro da Economia, Gordon Brown. Na avaliaçãovasco e nautico palpitemuitos, se não fosse pela perdavasco e nautico palpitepopularidade causada pela Guerra do Iraque, Blair poderia ter ficado ainda mais tempo no poder.
As reverberações políticas também chegaram aos Estados Unidos. Em 2006, anovasco e nautico palpiteque o númerovasco e nautico palpitesoldados americanos mortos no Iraque atingiu 3 mil, cresceu a insatisfação da população americana com o conflito. A morte do líder da Al-Qaeda no Iraque, Abu Musab al-Zarqawi, num ataque aéreo americanovasco e nautico palpitejunho, foi uma rara boa notícia. Apesar da bem-sucedida operação, logo depois uma pesquisa da rede CNN mostrava que a maioria dos americanos continuava pessimista. A CNN informou,vasco e nautico palpite13vasco e nautico palpitejunhovasco e nautico palpite2006, que 54% acreditavam que a guerra ia "muito mal" ou "moderadamente mal", contra 43% que acreditavam que seguia "muito bem" ou "moderadamente bem". A pesquisa mostrava ainda que, para 55% dos americanos, a invasão do Iraque fora um erro - 40% diziam ter sido acertada.
A guerra do Iraque, afinal, continuou sem seu principal motivo declarado. As supostas armasvasco e nautico palpitedestruiçãovasco e nautico palpitemassavasco e nautico palpiteSaddam Hussein nunca foram encontradas porque não existiam. Em agostovasco e nautico palpite2006,vasco e nautico palpiteentrevista coletiva, o presidente Bush falou publicamente sobre Saddam não ter nem os armamentos nem relação alguma com o 11vasco e nautico palpiteSetembro. Bush, porém, tentou justificar a guerravasco e nautico palpiteoutros termos. "A principal razão pela qual nós entramos no Iraque foi que, na época, nós pensávamos que ele tivesse armasvasco e nautico palpitedestruiçãovasco e nautico palpitemassa. Acontece que ele não tinha - mas ele tinha a capacidadevasco e nautico palpitefabricar armasvasco e nautico palpitedestruiçãovasco e nautico palpitemassa. Mas eu também falei do sofrimento humano no Iraque e da necessidadevasco e nautico palpiteavançar a pauta da liberdade." Quando um repórter lhe perguntou, "Mas o que o Iraque tinha a ver com o ataque ao World Trade Center?", Bush respondeu: "Nada. (...) Ninguém jamais sugeriu, neste governo, que Saddam Hussein encomendou o ataque".
O clima negativo nos Estados Unidos, incluindo protestosvasco e nautico palpiteruavasco e nautico palpitecidades americanas, repercutiu nas urnas. Nas eleiçõesvasco e nautico palpitenovembrovasco e nautico palpite2006,vasco e nautico palpiteque parte do Congresso americano foi renovada, o Partido Republicano,vasco e nautico palpiteGeorge W. Bush, perdeu o controle das duas Casas. Tanto a Câmara dos Representantes como o Senado passaram a ter maioria do Partido Democrata,vasco e nautico palpiteoposição, uma derrotavasco e nautico palpitegrandes consequências para o presidente. Bush substituiu seu secretáriovasco e nautico palpiteDefesa, Donald Rumsfeld, um dos personagens mais associados à invasão do Iraque - e que já vinha sendo criticado, até por militares, pela situação dramática naquele país árabe. A quedavasco e nautico palpiteRumsfeld significava que Bush aceitara a necessidadevasco e nautico palpitemudarvasco e nautico palpiteestratégia. Sem armasvasco e nautico palpitedestruiçãovasco e nautico palpitemassa nem segurança ou paz, os Estados Unidos precisavam encontrar uma maneiravasco e nautico palpitesair do Iraque.
vasco e nautico palpite Mortevasco e nautico palpiteSaddam, escalada e retirada
Saddam Hussein foi detido pelas forçasvasco e nautico palpiteocupaçãovasco e nautico palpitedezembrovasco e nautico palpite2003, num esconderijo subterrâneo próximo a Tikrit,vasco e nautico palpiteregião natal. Ele foi entregue às autoridades locais para ser julgado por inúmeros crimes que cometeu contra a população iraquiana enquanto estava no poder, processo iniciado no segundo semestrevasco e nautico palpite2004. No julgamento, cujas sessões eram transmitidas ao vivo pela televisão à população, o ex-ditador do país questionou o processo. Ao ladovasco e nautico palpiteoutros integrantes do regime, disse que seu julgamento era ilegítimo e que os juízes iraquianos estavam sendo manipulados pelas forçasvasco e nautico palpiteocupação. Após ser declarado culpado, ele foi condenado à morte. Em 30vasco e nautico palpitedezembrovasco e nautico palpite2006, Saddam foi executado por enforcamento, numa cena gravadavasco e nautico palpitevídeo e exibida no mundo todo. Sua morte, no entanto, assim comovasco e nautico palpitecaptura três anos antes, não resultouvasco e nautico palpiteavanços na situaçãovasco e nautico palpitesegurança.
No iníciovasco e nautico palpite2007, o conflito sectário no Iraque vivia seus piores momentos, com uma sérievasco e nautico palpiteatentados a bomba - muitos suicidas, vários usando carros-bomba -, geralmente matando dezenasvasco e nautico palpitecivis, especialmentevasco e nautico palpiteBagdá. Mercados da comunidade xiita foram alvosvasco e nautico palpiteataques, organizados pelo grupo Al-Qaeda no Iraque. Milícias xiitas, porvasco e nautico palpitevez, realizavam sequestros e assassinatosvasco e nautico palpitemembros da população sunita.
Em Washington, Robert Gates assumiu o lugarvasco e nautico palpiteRumsfeld como secretáriovasco e nautico palpiteDefesa. O resultado das eleiçõesvasco e nautico palpitenovembrovasco e nautico palpite2006 significava que os americanos pediam o fim da guerra no Iraque, mas o governo concluiu que precisava, primeiro, reduzir os níveisvasco e nautico palpiteviolência. O caminho escolhido pelo governo Bush foi o enviovasco e nautico palpite30 mil soldados adicionais, a maioria para Bagdá e região, o que ganhou o nomevasco e nautico palpite"surge" -vasco e nautico palpiteportuguês, "escalada". Com o reforço, o tamanho do efetivo americano voltou aos níveis da invasãovasco e nautico palpite2003, cercavasco e nautico palpite150 mil soldados - e 2007 foi um dos mais sangrentos períodos da guerra. Segundo o Brookings Institute, foi o ano com o maior númerovasco e nautico palpitesoldados americanos mortos durante a ocupação: 904. Ovasco e nautico palpitebritânicos mortos atingiu 47, próximo dos 53vasco e nautico palpite2003. O númerovasco e nautico palpitecivis iraquianos que perderam a vida, 26.112, só ficou abaixo dos 29.526vasco e nautico palpite2006. Até o númerovasco e nautico palpitejornalistas mortos no Iraque foi o mais altovasco e nautico palpite2007, um totalvasco e nautico palpite32, igualando o recorde do ano anterior.
Em 2008 a violência começou a diminuir significativamente, com menos da metadevasco e nautico palpitesoldados americanos e civis iraquianos mortos. Tambémvasco e nautico palpite2008, nos Estados Unidos, os eleitores foram novamente às urnas, dessa vez para escolher o sucessorvasco e nautico palpiteGeorge W. Bush. Desgastado pelos anosvasco e nautico palpiteguerra no Iraque, o Partido Republicano foi tirado do poder. O senador democrata Barack Obama foi eleito e tornou-se o primeiro negro a ocupar a Casa Branca. Crítico da Guerra do Iraque, Obama prometera que, caso vencesse a disputa, colocaria um fim no conflito. Sua primeira medida foi a manutençãovasco e nautico palpiteRobert Gates no cargo. Com a continuidade da mesma equipe no Departamentovasco e nautico palpiteDefesa, os Estados Unidos, juntamente com o governo iraquiano, conseguiram deixar o país menos instável.
As mortes, tantovasco e nautico palpitecivis comovasco e nautico palpitecombatentes, caíram significativamente, especialmente a partirvasco e nautico palpite2009. Em abril daquele ano, os últimos soldados britânicos saíram do Iraque. Em 2010, os Estados Unidos encerraramvasco e nautico palpiteparticipaçãovasco e nautico palpiteoperaçõesvasco e nautico palpitecombate, deixando apenas cercavasco e nautico palpite50 mil soldados no país. No dia 18vasco e nautico palpitedezembrovasco e nautico palpite2011, veio o esperado momento. Quase nove anos depois da invasão liderada pelos Estados Unidos, a agência Reuters noticiava: "Últimas tropas dos EUA deixam o Iraque, terminando a guerra". Apenas cercavasco e nautico palpite150 soldados americanos ficaram no país,vasco e nautico palpitefunçõesvasco e nautico palpitetreinamento das forças locais. Com um saldovasco e nautico palpite120 mil civis iraquianos, 4.431 americanos, 179 britânicos mortos e um país parcialmente destruído, chegava ao fim o conflito cujo maior motivo não existia - e que a Reuters chamouvasco e nautico palpite"a guerra mais impopular desde o Vietnã". O totalvasco e nautico palpitevidas perdidas foi estimadovasco e nautico palpitepelo menos 200 mil, e o custo para os cofres americanosvasco e nautico palpitepelo menos US$ 800 bilhões.
Para o Iraque, porém, o processovasco e nautico palpitepacificação - tantovasco e nautico palpitesuas cidades como da política - seria lento evasco e nautico palpiteresultado incerto. As lideranças xiitas haviam consolidado seu poder, mas parte dessa autoridade precisava ser compartilhada com curdos e sunitas, segundo a Constituição - convivência raramente tranquila. Militantes sunitas islamistas continuavamvasco e nautico palpiteoperação e, anos depois, voltariam a ameaçar o país sob a bandeira preta do autodenominado Estado Islâmico. A Guerra do Iraque havia acabado, mas o Iraque continuariavasco e nautico palpiteguerra.
Este artigo é parte da série "21 Histórias que Marcaram o Século 21", da BBC News Brasil.
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