Covid-19: o que deu errado na 'exemplar' Alemanha, que vê nova ondabet brasilmortes e cancela Natal:bet brasil

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Legenda da foto, Lockdown "light" não foi suficiente para conter segunda onda na Alemanha

Até agora, 21,975 pessoas já morreram no paísbet brasil83 milhõesbet brasilpessoas.

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Legenda da foto, ”Eu sinto muito, do fundo do meu coração. Mas se o preço que nós pagamos é a mortebet brasil590 pessoas por dia, então é inaceitável. Temos que endurecer as medidas”, afirmou a chanceler Angela Merkel

Ao apelo contundente e bastante preocupadobet brasilMerkel na semana passada, seguiu-se o anúnciobet brasilum lockdown mais severo no país. O anúncio foi feito neste domingo (13/12). O confinamento começará na quarta (16/12) e vai se estender até dia 10bet brasiljaneiro.

Agora, sob o confinamento nacional anunciado por Merkel, lojas não essenciais vão fechar, assim como escolas. O trabalho remoto está sendo estimulado. Eventosbet brasilAno Novo estão proibidos.

São medidas duras para conter um aumento descontroladobet brasilcasos.

Então, o que deu errado na Alemanha?

bet brasil Fériasbet brasilverão e lockdown bet brasil ' bet brasil light bet brasil '

Os confinamentos rígidos nos países europeus durante março e abril deram um alívio temporário. Com o distanciamento físico imposto pelos confinamentos, as cadeiasbet brasilinfecção foram quebradas, e o númerobet brasilcasos caiu. Com isso, países reabriram suas economias, e muitos europeus foram curtir fériasbet brasilverão.

Essas férias contribuíram diretamente para o aumentobet brasilinfecções, diz Hajo Zeeb, professorbet brasilepidemiologia da Universidadebet brasilBremen, na Alemanha. "Era possível ver claramente a relação entre o retornobet brasilalemãesbet brasildeterminados países e o aumento das infecções nas regiões da Alemanha para as quais haviam voltado", afirma. Além disso, o vírus ainda estava circulando na Alemanha, com uma disseminação acentuada ainda mais por causa da abertura dos serviços. A combinação levou a um aumentobet brasilcasos — e à segunda onda.

E então, como resposta, a Alemanha decidiu adotarbet brasilnovembro um lockdown "light", não tão severo quanto aquelebet brasilmarço e abril. Enquanto isso, vizinhos europeus como a França e a Bélgica, tambémbet brasilsituação crítica, adotavam confinamentos mais rígidos.

Restaurantes, bares e centrosbet brasillazer fecharam na Alemanha, e algumas regiões do país impuseram seu próprio confinamento. Escolas, lojas e igrejas permaneceram abertas, e restaurantes podiam vender comida para levar.

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Legenda da foto, Númerobet brasilinfecções é tão grande que impede rastreamentobet brasilcontatos

No país, o debate sobre abertura ou fechamento dos serviços também giroubet brasiltorno da economia, com proprietáriosbet brasilrestaurantes dizendo que teriam que fechar seus negócios se houvesse um segundo lockdown, por exemplo, embora a Alemanha tenha investidobet brasilajuda financeira para a população.

Quando anunciou esse lockdown "light", no fimbet brasiloutubro, Merkel já dizia que a situação era grave, e que o sistemabet brasilrastreamentobet brasilcontatos não conseguia descobrir a origem das infecçõesbet brasil75% dos casos.

"É sempre mais fácil dizerbet brasilretrospecto. O lockdown 'light' não foi o suficiente, claro. Mas naquela época ninguém conseguia identificar quais eram os lugares onde as infecções estavam se espalhando", diz Zeeb. Restaurantes, que podem ser um focobet brasilinfecção, foram fechados, por exemplo.

Para o professor, o grande erro foi não ter mudado a estratégia ao fim do períodobet brasilquatro semanas desse lockdown "light", ou seja, no iníciobet brasildezembro. Mesmo com os casos aumentando, a Alemanha apenas estendeu o lockdown parcial. "Deveríamos ter entradobet brasilum confinamento mais rígido quando percebemos que o mais light não tinha sido suficiente", afirma.

Foi só nesta semana, jábet brasilmeadosbet brasildezembro, que um confinamento mais rígido foi anunciado.

Rastreamentobet brasilcontatos

O grande trunfo da Alemanha durante a primeira ondabet brasilinfecções foi um elogiado programabet brasilrastreamentobet brasilcontatos.

Isso significa ter um sistema que identifique as pessoas que entrarambet brasilcontato com aquelas que receberam um teste positivo para coronavírus. Desta forma, elas também devem se isolar, com o objetivobet brasilnão contaminar outras pessoas e assim romper cadeiasbet brasilinfecção.

A Alemanha aproveitou a infraestrutura existentebet brasilseus 375 escritóriosbet brasilsaúde pública locais para construir um sistemabet brasilrastreamento robusto. Funcionários públicos foram remanejados para trabalhar com isso, e o país também recrutou estudantesbet brasilmedicina e bombeiros para trabalhar por e-mail e telefone. O país tinha como meta ter ao menos 5 rastreadores para cada 20 mil habitantes. Um aplicativobet brasilrastreamentobet brasilcontatos para celular foi lançadobet brasiljunho.

O investimento nessa iniciativa aliada à testagembet brasilmassa colocou a Alemanhabet brasiluma boa posição para enfrentar a crise e impedir novos gruposbet brasilinfecção.

Mas na segunda onda as coisas saíram do controle.

Desta vez, autoridadesbet brasilsaúde foram incapazesbet brasillocalizar as pessoas possivelmente infectadas, simplesmente por causa do grande númerobet brasilcasos no país. Segundo o Instituto Robert Koch, a última média semanalbet brasilcasos foibet brasil176 por 100 mil habitantes. O número impossibilita o rastreamentobet brasilcontatos, já que o sistema só funciona quando há,bet brasilmédia, 50 casos por 100 mil habitantesbet brasilum períodobet brasilsete dias, segundo o governo alemão.

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Legenda da foto, Primeiros casos na Alemanha vierambet brasiljovens que haviam passado as fériasbet brasilestaçõesbet brasilesqui

"O governo não consegue mais entregar por causa do número muito grandebet brasilcontágios", diz Zeeb. Segundo ele, além disso, a disseminação saiu tantobet brasilcontrole que as infecções estão acontecendobet brasilforma espalhada na população, e nãobet brasilbolhas identificáveis. Ele diz que hoje está sendo possível identificar a origembet brasilapenas 20% das infecções, enquanto a origembet brasil80% delas permanece desconhecida.

"As pessoas não sabem se foi naquela visita para o centro da cidade, ou quando encontraram uma pessoa, ou entãobet brasiluma estaçãobet brasilmetrô. Está muito mais difícil identificar a origem das infecções agora", diz Zeeb. Não há mais, diz ele, registrosbet brasileventos únicosbet brasilcontaminação, como festas etc. "Está generalizado."

"As únicas bolhasbet brasilcontaminação que temos desta vez, infelizmente, são nos asilos."

Jovens infectados

A faixa etária também desempenhou um papel importante na percepçãobet brasilcomo a Alemanha foi bem no início da pandemia. Naquela época, diz Zeeb, a reação eficaz do país à pandemia também teve ajuda do perfil dos contaminados.

"No começo, foi a população mais jovem que foi contaminada. Muitos voltarambet brasilfériasbet brasilestaçõesbet brasilesqui na Itália e na Áustria, e depois foram a reuniões e festasbet brasilCarnaval", diz ele. A Itália foi o país da Europa que inicialmente mais sofreu com a pandemia. "Isso levou a um número relativamente baixobet brasilmortesbet brasilrelação ao resto do mundo", e permitiu que o país tivesse mais tempo para preparar seu sistemabet brasilsaúde.

Desta vez, depois das fériasbet brasilverão, diz o professor, a distribuição etária começoubet brasilmaneira semelhante, mas isso já mudou. "Está chegando à população mais velha e, com isso, vêm mais mortes."

E a ofertabet brasilleitosbet brasilUTI para essa grande porçãobet brasilpessoas infectadas pelo vírus no país também pode estar na corda bamba, segundo alertou a Deutsche Wellebet brasilreportagem desta semana.

No início da pandemia na Europa, a quantidadebet brasilleitos na Alemanha deu ao país um respirobet brasilcomparação com outros países onde hospitais estavam chegando abet brasilcapacidade máxima.

"Fizemos muito trabalho preparatório, investimos recursos na construçãobet brasilUTIs. Alguns hospitais estão realmente estressados até o limite, mas no geral, o sistema está se segurando", afirma Zeeb. "O problema maior que temos ébet brasilfaltabet brasilpessoal para trabalhar nessas UTIs."

A situação é complexa, diz o professor, com vários fatores que explicam a situação da Alemanha agora. "Mas nós infelizmente caminhamos para uma direção ruim."

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