Coronavírus e máfia, dois males que afligem a região mais pobre da Itália:unibet

"Estamos com escassezunibetpessoal e um número limitadounibetprofissionais. Estamos fazendo turnos adicionais."

Um dos pacientes está consciente, usando capaceteunibetventilação.

Ele faz um breve aceno com a mão: um pequeno gesto para levantar o ânimo dos médicos exaustos.

"Estamos lutando para não entrarunibetcolapso", diz Iole Fantozzi, diretora do hospital.

"Essa onda era previsível porque nos sentimos mais livres durante o verão, quando o númerounibetcasos estava muito baixo e as pessoas entravam e saíam da Calábria."

A Itália foi o primeiro país do Ocidente a ser esmagado pela pandemiaunibetcovid-19, e por algum tempo foi seu epicentro global.

Com o oitavo maior númerounibetcasos no mundo, a Itália tornou-se o segundo país da Europa a ultrapassar 50 mil mortes pela doença. O primeiro foi o Reino Unido.

Em julho, quando as infecções diárias caíram para pouco maisunibet100, criou-se uma falsa sensaçãounibetsegurança entre a população e governantes. Foi quando a Itália abriu suas portas para turistas, e as restrições à circulação foram amenizadas.

Agora, o país parece estar pagando o preço dessa estratégia: luta contra uma segunda ondaunibetinfecções, e mais uma vez seu númerounibetmortes está entre os mais altos da Europa.

Mas, ao contráriounibetmarço, quando a pandemia estava centrada na rica região norte da Lombardia, agora, a segunda onda também está atingindo o empobrecido sul do país.

A Calábria é a região mais pobre da Itália e uma das mais pobres da Europa Ocidental.

E, emboraunibettaxaunibetinfecção e númerosunibetinternações na UTI sejam menores do que no norte, o frágil sistemaunibetsaúde da região está entrandounibetcolapso, razão pela qual o área foi colocada na categoriaunibetmaior risco.

Por que o sul da Itália está sofrendo

O sistemaunibetsaúde da Calábria foi castigado por décadasunibetmá gestão política e saques praticados pela máfia, a 'Ndrangheta, que se infiltrou no setor.

Ganguesunibetcriminosos confiscaram recursos e acumularam dívidas enormes, levando ao fechamentounibet18 dos hospitais públicos da região, alémunibetenormes cortes no númerounibetleitos eunibetfuncionários.

Recentemente, um importante político local foi preso, acusadounibetlavagemunibetdinheiro por meiounibetfarmácias controladas pela 'Ndranghetaunibettroca do apoio da máfia.

A corrupção exacerbou uma sérieunibetfracassos políticos.

Dois comissáriosunibetsaúde da região também foram demitidosunibetmeses recentes. Um deles declarou que máscarasunibetproteção eram inúteis e que a única formaunibetcontrair o coronavírus era beijando uma pessoa infectada por 15 minutos.

Duas pessoas convidadas pelo governo para assumir o cargo rejeitaram a posição.

"A Calábria ficou sem hospitais adequados para atender até mesmo aos requisitos mínimos do coronavírus, então todo o sistema entrouunibetcolapso", disse Santo Gioffrè, um ginecologista que, como chefeunibetuma autoridadeunibetsaúde local, expôs fraudes no sistema há cinco anos. Ele diz, porém, que foi silenciado pelas autoridades.

A emergência da covid-19 está paralisando a economia da Calábria, pois a classificaçãounibet"zona vermelha" fechou negócios pela segunda vez neste ano.

Máfia e cobiça, uma pandemia dupla

No restaurante "L'A Gourmet"unibetFilippo Cogliandro, as cadeiras estão empilhadasunibetmesas vazias sob lustresunibetvidro, e a cozinha está silenciosa.

"Um restaurante é como uma orquestra", ele diz, descrevendo os sons dos cozinheiros trabalhando e o barulho dos pratos.

"E é muito difícil vê-lo mudo", acrescenta, com lágrimas nos olhos.

Para o chef premiado, a situação é semelhante àunibet12 anos atrás, quando ele se recusou a pagar dinheirounibetuma extorsão da 'Ndrangheta — e ameaças da máfia afastaram seus clientes.

Mas então ele conseguiu reconstruir seu caminho. E espera fazer issounibetnovo, depois da pandemia.

"Tanto 'Ndrangheta quanto a covid-19 são pandemias", diz ele, enquanto o sol da tarde brilha pelas janelas do elegante palácio centenário que abriga seu restaurante.

"Vamos destruir o vírus com uma vacina, mas a luta contra a máfia vai demorar mais", acrescenta.

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