Os possíveis impactos da crise com o Irã na lutaola bet apostasTrump pela reeleição nos EUA:ola bet apostas

Crédito, Getty Images

Presidindoola bet apostastemposola bet apostasguerra?

Tradicionalmente, um presidente dos EUA às turras com uma grande criseola bet apostaspolítica externa se beneficia, pelo menos a curto prazo,ola bet apostasuma injeçãoola bet apostasapoio público.

O apelo por "uniãoola bet apostastorno da bandeira" deu impulso à popularidadeola bet apostasGeorge H.W. Bush durante a Guerra do Golfoola bet apostas1991. Seu filho, George W. Bush, viuola bet apostasaprovação subir a níveis recordes nos dias após os ataquesola bet apostas11ola bet apostassetembroola bet apostas2001 e o subsequente bombardeio do Afeganistão.

Mas esses foram engajamentos militaresola bet apostaspeso. Quando as apostas são mais baixas, os benefícios políticos tangíveis — pelo menosola bet apostastermos do que pode ser medidoola bet apostaspesquisa — são mais difíceisola bet apostasdiscernir.

Os índicesola bet apostasaprovaçãoola bet apostasBarack Obama não mudaram durante a guerra aérea na Líbia,ola bet apostas2011. Quando Donald Trump disparou mísseis contra uma base aérea síriaola bet apostasresposta ao usoola bet apostasarmas químicas por aquele país, houve ligeiro aumentoola bet apostassua popularidade, mas isso foi pouco mais que um lampejo estatístico para alguém cuja aprovação tem sido relativamente estável duranteola bet apostasgestão.

A primeira pesquisa após a morteola bet apostasSoleimani sugere que o público está nitidamente dividido quanto ao tratamento da situação por Trump — assim como esteve dividido sobre tudo o que este presidente fez. Uma parte aprova a ação, outra, semelhante numericamente, expressa a preocupaçãoola bet apostasque o presidente não "tenha planejado suas ações com cuidado suficiente".

No fim, exceto no casoola bet apostasuma impressionante vitória militar ouola bet apostasuma luta sangrenta prolongada, o resultado sobre a avaliação que os americanos fazemola bet apostasTrump deverá ser simplesmente mais do mesmo.

Apoio republicano

Trump pode acabar se beneficiando desse episódio, no entanto, da mesma maneira como sempre se beneficiaola bet apostassuas ações mais polêmicas ou incendiárias — mobilizandoola bet apostasbaseola bet apostasapoio.

Em pesquisaola bet apostasopinião do site Huffington Post, 83% dos republicanos disseram que aprovaram o ataque aéreo. Muitos deles aproveitaram e usar a morteola bet apostasSoleimani como a mais nova formaola bet apostasprovocar oponentes políticos.

Nas mídias sociais, uma resposta Trumpiana comum dirigida àqueles que expressam preocupações sobre as consequências da morteola bet apostasSoleimani é "sinto muito por essaola bet apostasperda". O Babylon Bee, um site conservadorola bet apostasparódias, brincou dizendo que democratas querem hastear bandeiras americanas a meio mastro para lamentar a morteola bet apostasSoleimani.

A crise no Oriente Médio também ajuda o presidente desviando a atenção do país para longeola bet apostasseu impeachment e do iminente julgamento no Senado. Isso parecia estar na mente do presidenteola bet apostasvários tuítes na segundaola bet apostasmanhã.

"O fatoola bet apostasestarem gastando tempo com esse embuste político neste momentoola bet apostasnossa história, quando estou tão ocupado, é triste!" ele escreveu.

Democratas pacíficos

Crédito, AFP

Legenda da foto, Muitos americanos foram às ruasola bet apostasWashington portestar contra a política americana para o Irã

Do lado do Partido Democrata, o ataque a Soleimani poderia revigorar o apagado movimento antiguerra dentro do partido, que praticamente sumiu desde o auge da Guerra do Iraque.

Bernie Sanders, um dos líderes democratas, rapidamente demonstrou suas credenciaisola bet apostascandidato (à Presidência) da paz.

"Eu estava certo sobre o Vietnã. Eu estava certo sobre o Iraque. Farei tudo que estiver ao meu alcance para impedir uma guerra com o Irã", escreveu eleola bet apostasum tuíte que incluía um vídeo sobre seus esforços antiguerra. "Não pedirei desculpas a ninguém."

Tulsi Gabbard, outra candidata que se opôs vigorosamente ao que vê como "guerras por mudançaola bet apostasregime" travadas por ambos partidos, disse que a morteola bet apostasSoleimani foi um "atoola bet apostasguerra" que violou a Constituição dos EUA.

Essas declarações contrastaram com asola bet apostasoutros candidatos democratas, que condenaram o papelola bet apostasSoleimaniola bet apostasataques contra forças americanas na região mas também criticaram o assassinato do general iraniano.

"Há sérias dúvidas sobre como essa decisão foi tomada e se estamos preparados para as consequências", disse Pete Buttigieg. Elizabeth Warren chamou Soleimaniola bet apostas"assassino". Amy Klobuchar expressou preocupação com a segurança das tropas dos EUA na região.

Enquanto isso, o ex-prefeitoola bet apostasNova York Michael Bloomberg mirou Sanders, dizendo que era "ultrajante" o senadorola bet apostasVermont chamar a morteola bet apostas"assassinato" (termo usada por vários candidatos democratas).

"Este é um cara que tinha uma quantidade enormeola bet apostassangue americano nas mãos", disse Bloomberg. "Ninguém que eu conheço pensaria que fizemos algo errado ao conseguir matar o general."

Vira e mexe o partido mostrava divisões entre progressistas e moderados quando o assunto era políticasola bet apostassaúde. Se a crise do Irã esquentar, o uso da força militar poderá se tornar um assunto igualmente divisivo.

O desafioola bet apostasJoe Biden

A pesquisa do Huffpost sobre a morteola bet apostasSoleimani trouxe algumas notícias particularmente boas para o candidato Joe Biden, com 62% dos eleitores democratas dizendo que "confiam" nele quando o assunto é Irã. Esse número está bem à frenteola bet apostasSanders e Warren, que são considerados confiáveis nesse quesito por 47% dos ouvidos.

Essa resposta não é surpreendente, dada a experiênciaola bet apostasBidenola bet apostaspolítica externa, incluindo oito anos como vice-presidente e um longo mandato como presidente do comitêola bet apostasrelações exteriores do Senado.

Esse histórico não é inteiramente uma bênção, no entanto, uma vez que o foco no Oriente Médio voltou a atenção das pessoas para o fatoola bet apostasque Biden foi a favor da Guerra do Iraqueola bet apostas2003 — eola bet apostasdefesa disso é, às vezes, confusa.

Em resposta à perguntaola bet apostasum eleitorola bet apostasIowa (em um debate) no sábado, Biden disse que, embora tenha votado pela autorização da Guerra do Iraque, ele se opôs à forma como o presidente Bush lidou com ela "desde o início".

No entanto, Biden havia dado declarações favoráveis à guerra antes e depoisola bet apostasela começar, e só expressou arrependimento sobre seu voto a partirola bet apostas2005.

Quanto mais Biden tentar retorcer argumentos para seu apoio à Guerra do Iraque, mais os meiosola bet apostascomunicação apontarão que eles são enganosos ou exagerados, o que dará atenção nacional à história. Além disso, é mais um ponto fraco para ser explorado por Biden.

Competição por atenção

Se já era difícil para os democratas segurar a atenção das pessoas para o julgamentoola bet apostasimpeachmentola bet apostasmeio ao resto do noticiário, agora ainda haverá a questão do Irã nessa competição.

Isso é uma má notícia para candidatos democratas como Cory Booker, Deval Patrick, Tom Steyer e os poucos outros que ainda estão na corrida, mas definhando nas pesquisas e abaixo da marcaola bet apostascorte para se qualificar para os próximos debates.

Isso também pode significar problemas para Amy Klobuchar, cujo recente aumento na arrecadaçãoola bet apostasfundos e nas pesquisasola bet apostasIowa pode perder importância se os eleitores se preocuparem com os eventos no exterior. Numa campanha presidencial, é bom ser o candidato que ganha pontos no final da corrida, mas com a crise do Irã no horizonte, pode acabar sendo tarde demais.

Legenda da foto, Alguns dos candidatos do Partido Democrata para 2020

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