Qual é o tamanho da dívida do Brasil e vizinhos com a China, e o que isso significa:casino com giros gratis

Seus principais braçoscasino com giros gratisinvestimento são o China Development Bank e o Export-Import Bank of China, através dos quais o gigante asiático se converteucasino com giros gratisum importante banqueiro na América Latina.

Somados, os cinco países latino-americanos que mais contraíram dívidas com entidades públicas da China devem ao país asiático maiscasino com giros gratisUS$ 133 bilhões.

Para colocar a cifracasino com giros gratisperspectiva: isso é mais do que o PIB (Produto Interno Bruto) do Equador.

Pouco mais da metade desse total (US$ 67,2 bilhões) foi emprestado à Venezuela, que é hoje o país mais endividado com a China no continente.

Muito desse dinheiro foi pararcasino com giros gratisempresas mistas, formadas por companhias chinesas com a estatal petrolífera venezuelana PDVSA, como formacasino com giros gratiscanalizar a participação estrangeira na exploraçãocasino com giros gratispetróleo da Venezuela.

"(A China) empresta dinheiro porque o tem. Em julhocasino com giros gratis2016, o país contava com as maiores reservascasino com giros gratisdivisas do mundo: US$ 3,21 trilhões", afirmoucasino com giros gratisartigo o jornalista Daniel Méndez, que investigou a fundo o tema e publicou suas conclusões no livrocasino com giros gratisespanhol 136: El Plancasino com giros gratisChina en América Latina.

"Emcasino com giros gratismaioria, esse dinheiro vemcasino com giros gratissuculentos superávits comerciais (lucro da diferença entre o quanto o país exportou e o quanto importou) que o gigante asiático acumulou nos últimos anos, especialmente com os EUA", acrescenta.

Mas o que a China espera obter com seus investimentos na América Latina, Brasil incluído?

Especialistas concordam que os empréstimos oficiais sempre têm por trás um elemento estratégico.

Pequim, porcasino com giros gratisvez, defende que esses acordos beneficiam todas as partes, enquanto governos da região têm buscado aproximação com a segunda maior economia do mundo —casino com giros gratisreunião recente com o presidente chinês Xi Jinping, o brasileiro Jair Bolsonaro afirmou que a China, que já é o maior parceiro comercial do Brasil, é "cada vez mais parte do futuro do Brasil".

Objetivos distintos

Na América Latina, especialistas explicam que os objetivos geopolíticoscasino com giros gratisPequim passam por garantir o abastecimentocasino com giros gratisrecursos e matérias-primas, alémcasino com giros gratisabrir novos mercados para suas próprias mercadorias.

Um exemplo disso são os investimentos no setorcasino com giros gratisinfraestrutura voltada a melhorar o comércio no oceano Pacífico, o que baratearia o transporte para empresas chinesas.

Mas há também numerosos contratos firmados para a exportação conjuntacasino com giros gratispetróleo e minérioscasino com giros gratistodo o continente.

"Certamente esse fluxocasino com giros gratisdinheiro (para a América Latina) é parte da estratégiacasino com giros gratisinternacionalização da China ecasino com giros gratisexpandircasino com giros gratispegada no comércio global, nas finanças ou mesmo militarmente", explica à BBC News Mundo Christoph Trebesch, analista do centrocasino com giros gratisestudos Kiel Institute for the World Economy, sediado na Alemanha.

Matérias-primas

A Venezuela personifica uma das formascasino com giros gratisempréstimos mais típicas das feitas com a China: os ligados a recursos naturais.

No casocasino com giros gratisCaracas, por exemplo, a China permite devolver uma parte do crédito diretamente por meio da vendacasino com giros gratispetróleo, pelos preços determinados pelo mercado.

"São os chamados loans-for-oil ou empréstimos por petróleo. Para a China, eles servem para assegurar o abastecimentocasino com giros gratisrecursos naturais e garantircasino com giros gratisalguma forma o pagamento no casocasino com giros gratisuma crise econômica (do país devedor)", diz Méndez à BBC News Mundo.

Essa mesma fórmula tem sido usadacasino com giros gratismuitos outros acordos internacionais.

Segundo registros do centrocasino com giros gratisestudos Diálogo Interamericano, con sedecasino com giros gratisWashington, o China Development Bank destinou,casino com giros gratissetembrocasino com giros gratis2018, cercacasino com giros gratisUS$ 5 bilhões para investimentos no setor petrolífero venezuelano.

Atrás da Venezuela, o Brasil é o segundo maior devedor à China, com empréstimoscasino com giros gratisUS$ 28,9 bilhões, seguido pelo Equador (US$ 18,4 bi), a Argentina (US$ 16,9 bi) e a Bolívia (US$ 2,5 bi).

No caso dos três últimos países, os créditos costumam estar ligados a exportações chinesas ou à construçãocasino com giros gratisobrascasino com giros gratisinfraestrutura por empresas chinesas.

"A China te empresta o dinheiro,casino com giros gratistrocacasino com giros gratisque você compre materiaiscasino com giros gratisempresas chinesas (maquinário, satélites, trens, equipescasino com giros gratistelecom) ou que determinadas obrascasino com giros gratisinfraestrutura sejam feitas por empresas chinesas (estradas, túneis, linhascasino com giros gratistrem, centrais nucleares)", aponta Méndez.

Embora a Venezuela seja a maior devedora, o Diálogo Interamericano diz que um outro país latino-americano tem se destacado atualmente emcasino com giros gratisrelação com a China.

"Levandocasino com giros gratisconta exclusivamente o númerocasino com giros gratisprojetos individuais que estão sendo desenvolvidos na região, a Bolívia se destaca como o destino principal para os investidores chineses", diz o centrocasino com giros gratisestudos. "Desde 2013, as empresas chinesas entraramcasino com giros gratismaiscasino com giros gratis20 projetoscasino com giros gratisestradas e pontes na Bolívia." Há, por exemplo, acordos comerciais para explorar o lítio, usado na bateriascasino com giros gratiscarros e celulares.

Implicações

Os grandes fluxoscasino com giros gratiscapital chineses à América Latina têm implicações importantes para a sustentabilidade da dívida nos países receptores, explicam os analistas do Kiel Institute.

Em um informe, eles apontam que "os fluxoscasino com giros gratisempréstimos chineses entre 2008 e 2015 têm similaridades ao ciclocasino com giros gratisempréstimos da décadacasino com giros gratis1970, que não terminou bem, uma vez que os preços das matérias-primas, a renda por exportações e o crescimento econômico despencaramcasino com giros gratismuitos dos países que haviam se endividado".

Mas as preocupações não se limitam à sustentabilidade das contas dos países — abarcam também temas sociais, ambientais ecasino com giros gratisgoverno.

"Os investimentos chineses na região não estão isentoscasino com giros gratisriscos", explica a consultoria Marsh, citando a construçãocasino com giros gratisuma hidrelétricacasino com giros gratisSanta Cruz, na Argentina, que começoucasino com giros gratisavaliaçãocasino com giros gratisimpacto ambiental e acabou retida pela Suprema Corte do país.

Balanço

Em contrapartida, há vozes que defendem que o crédito chinês ajudou a tirar do papel muitos projetos e que o saldo geral é positivo.

"É fato que algumas (empresas chinesas) cometeram erros, (...) mas estão aprendendo e suas operações estão melhorando. Não é justo ignorar o lado positivocasino com giros gratistudo isso", afirmou Shoujun Cui, diretor do centrocasino com giros gratisestudos latino-americanos da Universidade Renmin, na China,casino com giros gratisreportagem do South China Morning Post.

Uma das vantagens da China como investidor, disseram Cui e outros especialistas ao jornal, é que Pequim "não interfere na política interna nem tenta controlar a economia local".

"A China, ao não impor receitas políticascasino com giros gratisseus acordos comerciais e financeiros, oferece a seus sócios latino-americanos um espaço político para avançarcasino com giros gratissuas próprias receitas econômicas e políticas", concorda Alexander Main, diretor do Centrocasino com giros gratisInvestigações Econômicas e Políticascasino com giros gratisWashington. Segundo essa avaliação, a colaboração chinesa seria menos "agressiva" que a dos EUA.