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A derrocada econômica da Argentinabet 153 gráficos:bet 15
Os resultados apontam para o retorno ao poder do kirchnerismo, a força que governou por 12 anos, entre 2003 e 2015, com uma forte intervenção estatal na economia e retórica antimercado.
Alejo Czerwonko, da equipebet 15Mercados Emergentes do banco suíço UBS, diz que a possível chegadabet 15Fernández ao poder - com Cristina Kirchner como vice-presidente - causa preocupação entre investidores.
"[Alberto] Fernández ebet 15equipe indicaram que pararãobet 15pagar juros sobre os títulos conhecidos como Leliq (dívidabet 15curto prazo) emitidos pelo Banco Central, renegociarão o acordo com o FMI [Fundo Monetário Internacional] e manifestarambet 15intençãobet 15reintroduzir algum tipobet 15controlebet 15capitais."
Para o analista, esses avisos estão "longebet 15serem construtivos" e destacam a possibilidadebet 15que uma mudançabet 15governo impliquebet 15descumprimentobet 15obrigações financeiras.
Mas a crise argentina vembet 15longa data. O grande calcanharbet 15Aquiles do governo Macri tem sido a economia. Embora ele tenha prometido reduzir a inflação e levar a pobreza a "zero", ambas aumentaram durante seu governo.
A situação mais grave ocorreubet 152018, quando o peso argentino perdeu mais da metadebet 15seu valorbet 15relação ao dólar. A inflação disparou, e o governo tevebet 15pedir um empréstimo significativo ao FMI.
A Argentina está atualmentebet 15recessão e registrou uma inflaçãobet 1522% durante o primeiro semestre do ano.
Aqui estão três dados que mostram a delicada situação pela qual a economia do país está passando.
1. Deterioração das reservasbet 15dólar
As reservasbet 15dólar têm uma importância crucial para uma economia como a da Argentina. São uma ferramenta vitalbet 15política monetária para evitar a desvalorizaçãobet 15sua moeda e o indicador mais confiável da solvência do país - indicam se o Estado pode ou não administrar os pagamentos com que se comprometeu.
A posição da Argentina, que sofre com a faltabet 15moeda estrangeira, foi agravada pela recente fugabet 15capitais do país.
Isso estrangulou ainda mais suas finançasbet 15um momentobet 15que o ambiente econômico permanece altamente volátil.
As reservas internacionaisbet 15dólares no Banco Central estavam, no fim da semana passada,bet 15US$ 54,09 bilhões, segundo comunicado oficial. Isso significa US$ 12,21 bilhões a menosbet 15comparação com 9bet 15agosto, dois dias antes das eleições primárias.
Na tentativabet 15conter a depreciação do peso argentino, o Banco Central está usando uma médiabet 15cercabet 15US$ 300 milhões por dia, segundo a mídia local. Masbet 15intervenção no mercadobet 15câmbio não conseguiu deter a desvalorização.
E, se o Banco Central não conseguir fazer isso, "é provável que uma nova depreciação da moeda aumente a inflação e force a aplicaçãobet 15políticas fiscais e monetárias mais rigorosas", explica a equipebet 15análise econômica do fundobet 15investimentos AXA.
"Além disso, diminuirá o crescimento econômico e elevará automaticamente a relação dívida/PIB a níveis insustentáveis."
2. Depreciação do peso argentino e 'dólar azul'
Macri sabe que a depreciação afeta o bolso dos cidadãos e que, se não recuperar o controle da situação, alémbet 15ver suas chancesbet 15reeleição ainda mais complicadas, o país ficará a um passobet 15pedir a falência e do temido calote.
A moeda argentina já perdeu maisbet 1533,5%bet 15seu valor neste ano, e, para comprar um dólar, agora são necessários aproximadamente 60 pesos. Com isso, as empresas com dívidasbet 15dólar têm mais dificuldade para fechar as contas.
Os argentinos sabem bem o que isso significa:bet 15alguns países, existe uma memória muito viva sobre a ligação direta entre desvalorização cambial e inflação - e entre inflação e pobreza.
A economia argentina se contraiu 5,8% no primeiro trimestrebet 152019, depoisbet 15ter caído 2,5% no ano passado. Em 2018, 3 milhõesbet 15pessoas entraram na pobreza.
Em uma tentativa desesperadabet 15evitar o esgotamento das reservasbet 15dólares do Banco Central, a equipebet 15Macri impôs uma das medidas mais criticadasbet 15sua antecessora, Cristina Kirchner: o controle do câmbio.
Empresas terãobet 15solicitar permissão do Banco Central para vender pesos, adquirir moeda estrangeira e fazer transferências para o exterior. Os cidadãos podem continuar comprando dólares até um máximobet 15US$ 10 mil por mês.
Com isso, Macri quer reduzir a necessidadebet 15intervenção do Banco Central no mercadobet 15uma tentativabet 15conter a sangria das reservas internacionais.
Durante o governobet 15Cristina Kirchner (2007-2015), os argentinos também foram obrigados a pedir autorização para comprar dólares e fazer transferências para o exterior, pagando uma taxa adicional pela compra por meiobet 15cartões no exterior.
Isso levou ao surgimentobet 15um mercado informalbet 15moedas e o que ficou conhecido como "dólar azul" ou dólar paralelo.
3. O empréstimo do FMI
A aplicação dos controles cambiais criou dúvidasbet 15que o FMI confeririabet 15setembro uma nova extensão do resgate solicitado pelo governo Macribet 152018. O valor do empréstimo planejado para este mês ébet 15US$ 5,4 bilhões.
A Argentina também procura adiar o pagamento da dívida ao FMI para enfrentar a crise. Uma delegação do órgão visitou a Argentina na semana passada e se reuniu com autoridades do governo Macri e do Banco Central, além do candidato presidencial Alberto Fernández ebet 15possível equipe econômica.
O FMI divulgou no domingo uma declaração apoiando as medidas tomadas e disse que "está analisando seus detalhes", disse um porta-vozbet 15um comunicado.
Ele acrescentou que o FMI continuarábet 15"contato próximo" com as autoridades e que o órgão continuará apoiando a Argentina durante "esses tempos difíceis".
Alejandro Hardziej, analista do banco suíço Julius Baer, acredita que o auxílio não corre perigo, porque o governo Macri seguiu as diretrizes definidas pelo FMI para receber ajuda financeira.
Para obter esse empréstimo, a Argentina prometeu reduzir os gastos públicos e, assim, o déficit fiscal, que para o FMI e muitos investidores é a fonte das instabilidades do país.
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