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Argentina declara moratóriaavai fortaleza palpitedívida e pede renegociação com FMI:avai fortaleza palpite
"Nosso objetivo é a estabilidade cambial e econômica da Argentina, dando as ferramentas necessárias para o próximo governo", disse Lacunza ao falar sobre a iniciativa, ressaltando que o próximo governo pode seravai fortaleza palpiteMacri, que busca a reeleição, ou da atual oposição.
Lacunza assumiu o Ministério da Fazenda argentino dias atrás após a renúncia do antecessor, Nicolas Dujovne. Pouco depois da fala dele, a pasta divulgou uma nota oficial sobre o tema.
"Depoisavai fortaleza palpiteter cumprido estritamente todas as metas fiscais e monetárias do acordo com o Fundo, e para dar continuidade ao acordoavai fortaleza palpitevigor, propusemos a este organismo internacional iniciar o diálogo, que deverá ser concluído no próximo mandato, para mudar o perfil os vencimentos da dívida com o FMI", diz o texto.
Em Washington, segundo a imprensa argentina, o FMI informou que "continuará ao lado da Argentina" e que o país "tomou um passo importante para preservar a liquidez e as reservas (do Banco Central argentino)", mas que "analisará" o impacto da propostaavai fortaleza palpiteBuenos Aires.
Para o economista argentino Orlando Ferreres, da consultoria econômica Ferreres e Associados, o pedidoavai fortaleza palpitemaior prazo para o pagamento da dívida ao FMI "não será resolvidoavai fortaleza palpiteum dia para o outro". Segundo ele, o pedido argentino "pode não ser algo fácilavai fortaleza palpiteser atendido", já que dependerá da decisão dos países que lideram o Fundo e "colocam o dinheiro neste empréstimo" para a Argentina.
Além do pedido ao FMI, Lacunza informou que os prazosavai fortaleza palpitepagamentosavai fortaleza palpitetítulos do país comprados pelo setor privado serão modificados. Para Ferreres, nesse caso o governo está declarando moratória, que significa atraso ou revisão dos prazosavai fortaleza palpitepagamentos previstos.
O ministro justificou as iniciativas, dizendo que elas foram tomadas após a volatilidade registrada nos últimos dois dias no mercado financeiro argentino, com nova alta do dólar. Os argentinos costumam poupar na moeda americana, e variações no dólar têm grande impacto sobre a inflação no país. Nesta quarta-feira, o dólar fechou na casa dos 60 pesos.
O economista Matías Rajnerman trabalha na empresaavai fortaleza palpiteconsultoria econômica Ecolatina, fundada pelo ex-ministro Lavagna. Para ele, a renegociação com o setor privado representa "uma rupturaavai fortaleza palpitecontrato", já que a Argentina não pagará aos investidores no prazo prometido.
"A Argentina está dizendo (aos que compraram títulos do país): 'vou pagar, mas no prazo que posso pagar'", afirma o economista.
Ele também observou que, neste caso, como no do FMI, não se trataavai fortaleza palpite"calote" ou "redução da dívida", ouavai fortaleza palpite"moratória": "A Argentina está dizendo 'devo e pagarei, mas num prazo maior'".
'Default técnico'
Para o economista Diego Martínez Burzaco, ao mudar os prazosavai fortaleza palpitepagamentos dos títulos do setor privado, a Argentina "estáavai fortaleza palpiteum virtual default técnico" e não se sabe como o mercado financeiro reagirá. Para o economista Martín Vauthier, a Argentina "vive principalmente um problema político, que está contaminando o (sistema) financeiro".
A decisão do governo Macri foi tomada após dois diasavai fortaleza palpiteforte incerteza no mercado financeiro e na política local. No fimavai fortaleza palpitesemana, Macri recebeu o apoioavai fortaleza palpitesimpatizantes num atoavai fortaleza palpitefrente à Casa Rosada, a sede da Presidência argentina. Esta foi a primeira manifestação registrada após Macri ser derrotado pelo candidato opositor Alberto Fernández eavai fortaleza palpitecandidata a vice-presidente, a ex-mandatária argentina Cristina Kirchner.
Os dois abriram maisavai fortaleza palpite15 pontosavai fortaleza palpitevantagem sobre a chapaavai fortaleza palpiteMacri nas primárias partidárias argentinas, realizadasavai fortaleza palpite11avai fortaleza palpiteagosto. O desempenho da chapa opositora deixou a impressão, segundo analistas,avai fortaleza palpiteque o país viveu um primeiro turno eleitoral antecipado.
Agora, a dois meses do primeiro turno, no dia 27avai fortaleza palpiteoutubro, cada falaavai fortaleza palpiteAlberto Fernández tem forte influência no mercado financeiro e no tabuleiro político local. Nesta semana ele emitiu comunicado criticando fortemente o acordo assinado por Macri com o FMI.
Fernández responsabilizou Macri e o organismo pela "catástrofe social" vivida pela Argentina. Fernández disse ainda que o empréstimo não serviu para melhorar a economia do país e que, ao contrário, só piorou o quadro recessivo.
Sua fala provocou críticas do governo e alimentou especulaçõesavai fortaleza palpiteque ele, se eleito, poderia decidir não cumprir com os pagamentos da dívida. O candidato a viceavai fortaleza palpiteMacri, senador Miguel Ángel Pichetto, disse que Fernández e Cristina "querem incendiar o país" antes da posse do novo presidente. O eleito pelos argentinos neste ano assumirá o poderavai fortaleza palpite10avai fortaleza palpitedezembro.
Nesta quarta-feira, após os anúnciosavai fortaleza palpiteLacunza, analistas políticos e econômicos diziam que a reação dos mercados dependerá tambémavai fortaleza palpite"como Fernández reagirá aos anúncios do governo Macri".
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