Como a desvalorização da moeda chinesa na guerra comercial com os EUA pode afetar o Brasil:bf12 bet

Crédito, Getty Images

É possível prever, no entanto, que o climabf12 betincerteza deve prejudicar o crescimento econômico mundial no futuro e afetar países como o Brasil, segundo analistas ouvidos pela BBC News Brasil.

Ao mesmo tempo, a guerra entre os dois gigantes tem criado algumas oportunidades para o agronegócio brasileiro.

Interferência política

Chama atenção nessa guerra entre Estados Unidos e China a interferência política, segundo Wilber Colmerauer, sócio-fundador da consultoria financeira EM Funding,bf12 betLondres.

"O Trump gostabf12 betjogar para a torcida. Ele faz coisas intempestivas, mas depois volta atrás também. Não tem a menor vergonhabf12 betvoltar atrás. Ele está negociando isso tudo como quem negocia a comprabf12 betuma casa. Ofereço tanto, depois abaixo, depois ofereço menos e fica nessa lenga-lenga", diz.

O efeito no médio prazo, segundo o analista, será uma desaceleração da economia mundial. "A consequência mais importante é ter diminuiçãobf12 betcrescimento nos Estados Unidos, na Ásia e na Europa. E aí vai afetar o mundo inteiro."

"Acho que tudo isso se resume a muita pressão política na área econômica, com fins eleitorais, o que não é uma boa combinação", afirma Colmerauer.

A aproximação das eleições presidenciais americanas pode agravar o cenário. "Eu tenho absoluta certezabf12 betque Trump vai fazer barulho, mas os mercados não gostambf12 betincerteza."

Efeitos para o Brasil

Colmerauer diz que, nesse cenário, o Brasil é comparável a "um pequeno barco" no oceano.

"Se o oceano está mais revolto, o barco pode ter problemas para navegar. Se tiver tudo calmo e tranquilo, fica mais fácil", diz.

O Brasil pode ficarbf12 betuma situação difícil, segundo ele, se realmente houver uma desaceleração mundial, já que isso vai atrapalhar a recuperação da economia brasileira e pode ter um efeitobf12 betdesvalorizar o real.

"Com uma situação fiscal delicada, qualquer coisa vai afugentar investidores e vai mexer no câmbio, que é a primeira variável que reage a situaçõesbf12 betmaior risco."

Ele destaca, no entanto, que pode haver um lado bom. "Se tiver essa turbulência mesmo, isso pode paradoxalmente até fazer com que as coisas no Brasil andem mais rápido. Eu espero que isso sensibilize o Congresso, o pessoal vai ver que precisa andar com agenda doméstica mais rápido."

Para Fernando Bergallo, diretorbf12 betCâmbio da FB Capital, a briga entre Estados Unidos e China tomou toda a atenção do mercado no Brasil.

"O mercado estábf12 betcostas para o cenário doméstico, o que evidencia o peso do cenário externo. Muitas vezes se sobrepõe a questões domésticas", disse.

Os países emergentes, como o Brasil, podem sofrer "dano colateral", na avaliação dele."O investidor tira dinheirobf12 betonde é mais conveniente tirar, e é mais conveniente tirar dinheiro dos emergentes."

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Legenda da foto, Guerra entre China e EUA deixa Brasil como 'pequeno barco no oceano', sujeito às águas mais revoltas

Soja brasileira na China

A guerra comercial entre os Estados Unidos e a China tem impactadobf12 betforma direta o agronegócio brasileiro, já que as restrições impostas mutuamente pelos dois países abriram espaço para a vendabf12 betgrãos do Brasil para os chineses.

A expectativa é que os produtores brasileiros continuem expandindo a produçãobf12 betsoja e milho, segundo Tarso Veloso, diretor da consultoria ARC Mercosul, especializada no mercado agrícola.

"Os Estados Unidos estão com estoque recordebf12 betsoja, que não foi vendido para os chineses. Com o maior compradorbf12 betsoja do planeta evitando seu produto, o baque é muito grande", afirmou o analista, que vivebf12 betChicago.

Devido principalmente à demanda chinesa, o Brasil exportoubf12 bet2018 um volume recordebf12 betquase 84 milhõesbf12 bettoneladasbf12 betsojabf12 betgrão. Para este ano, segundo Veloso, a projeção é que o volume exportadobf12 betsoja fique pouco abaixobf12 bet70 milhõesbf12 bettoneladas.

Embora a China continue comprando grãos do Brasil, um outro fator - que não está ligado à guerra comercial - está reduzindo a demanda dos chineses por soja.

A febre suína africana, um vírus altamente contagioso, está dizimando criaçõesbf12 betporco na China, país que é responsável por mais da metade da quantidade globalbf12 betporcos e também o maior consumidorbf12 betcarne suína do mundo. A China está lutando para conter a doença, que se espalhou para todas as partes do país desde agosto do ano passado.

Para o Brasil, Veloso explica que o abatimentobf12 betporcos chineses tem maisbf12 betum efeito: a demanda por suínos brasileiros aumenta, mas cai a comprabf12 betsoja - já que boa parte do produto tem como destino virar farelo para alimentar os porcos.

"O país vai expandir a produçãobf12 betsuínos para exportar para a China e isso deve elevar o consumo internobf12 betsoja, o que vai acabar compensando a queda nas compras dos chineses", disse Veloso.

Em relação ao câmbio, o analista diz que os produtores brasileiros - que preferem um real desvalorizado para que o produto fique mais barato lá fora - estão se protegendo, com operações no mercado futuro, para um cenáriobf12 betvalorização do real. Eles acreditam que a moeda brasileira vai se fortalecer, caso a agendabf12 betreformas, começando pela Previdência, avance no Congresso.

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