Como a energia elétrica se tornou o novo campobetclic rodadas gratisbatalha entre EUA e Rússia:betclic rodadas gratis

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Legenda da foto, Redes elétricas e outras estruturas vitais estão na mira das tensões entre a Rússia e os Estados Unidos

Pouco depois, os especialistas descobriram a causa: as centraisbetclic rodadas gratisenergia haviam sofrido um ataque cibernético, aparentemente coordenado por hackers russos, algo que o Kremlin nega.

O episódio entrou para a história como o primeiro hackeamento bem-sucedido contra uma rede elétrica no mundo.

Mas não foi o único.

Os ataques continuaram contra as usinas elétricas ucranianas e logo se espalharam para o outro lado do mundo.

Em 2017, ao menos uma dúziabetclic rodadas gratiscompanhias elétricas, incluindo a usina nuclear Wolf Creek,betclic rodadas gratisKansas, nos Estados Unidos, sofreram ataques cibernéticos que, segundo o FBI, também foram coordenados por "ciberativistas" a partirbetclic rodadas gratisterritório russo.

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Legenda da foto, As redesbetclic rodadas gratisenergia americanas têm sido alvos frequentesbetclic rodadas gratisataques, supostamente realizados a partirbetclic rodadas gratissolo russo

Nos últimos dias, no entanto, chegaram pela primeira vez indíciosbetclic rodadas gratispotenciais invasões do outro lado.

Uma reportagem publicada no sábado no The New York Times afirma que Washington também tem tentado penetrar na rede elétrica russa e inseriu nela alguns vírus para ativá-losbetclic rodadas gratiscasobetclic rodadas gratisconflito ou interferência do Kremlinbetclic rodadas gratisassuntos internos dos EUA.

Nenhum dos atores envolvidos confirmou a informação.

O presidente Donald Trump disse se tratarbetclic rodadas gratis"fake news" e questionou as implicações que a reportagem poderia ter para a segurança nacional dos EUA.

O Kremlin se limitou a afirmar quebetclic rodadas gratisrede está segura, mas admitiu que há uma "possibilidade hipotética"betclic rodadas gratis"guerra cibernética" entre as duas nações.

No entanto, a reportagem jogou luz novamente sobre uma "nova guerra fria" entre Rússia e os Estados Unidos que tem tido as redes elétricas como protagonistas.

As cruciais redesbetclic rodadas gratisenergia

Michael Ahern, diretorbetclic rodadas gratissistemasbetclic rodadas gratisenergia do Instituto Politécnicobetclic rodadas gratisWorcester, nos Estados Unidos, disse à BBC News Mundo, o serviçobetclic rodadas gratisespanhol da BBC, que, nos últimos anos, a segurança das redes elétricas se tornou uma preocupação para muitas nações, não apenas pela "possibilidadebetclic rodadas gratisataques terroristas, mas também por partebetclic rodadas gratisgovernos inimigos".

E, como ele explica, à medida que as redes elétricas se tornam cada vez mais dependentesbetclic rodadas gratiscomputadores e da trocabetclic rodadas gratisdados online, elas também se tornam mais vulneráveis ​​a ameaças cibernéticas.

"É por isso que é provável que todas as nações estejam trabalhando para melhorar suas capacidades cibernéticas. Tem havido alguns registrosbetclic rodadas gratisataques que causaram cortesbetclic rodadas gratisenergia na Ucrânia, e na América do Norte a Comissão Federalbetclic rodadas gratisRegulaçãobetclic rodadas gratisEnergia exige aos operadoresbetclic rodadas gratisrede que cumpram um planobetclic rodadas gratisproteçãobetclic rodadas gratisinfraestrutura essencial", diz ele.

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Legenda da foto, As redes elétricas são vulneráveis a ataques cibernéticos

No entanto, segundo o especialista, as tentativasbetclic rodadas gratisalgumas naçõesbetclic rodadas gratispenetrar na rede elétricabetclic rodadas gratisoutros países não são novas,betclic rodadas gratisteoria.

"Os países sempre buscaram influir uns sobre os outros e têm usado as tecnologias eletrônicas como vantagem (por exemplo, o radar, a interceptaçãobetclic rodadas gratissinais, a decifraçãobetclic rodadas gratiscódigos)", diz ele, apontando, no entanto, que um novo elemento muda as peças do jogo.

"Agora é possível hackear os sistemasbetclic rodadas gratiscontrole a partirbetclic rodadas gratisqualquer lugar do mundo e é muito difícil rastrear (os autores)", diz ele.

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Legenda da foto, São vislumbradas possibilidadesbetclic rodadas gratisataques a essas redes inclusive à distância

Especialistas apontam, no entanto, que este tipobetclic rodadas gratisinterferência nas redes elétricas também deve ser visto com cautela.

É que ambos os países contam com dois dos maiores sistemas energéticos do mundo: os Estados Unidos têm o segundo maior (apenas superado pela China), enquanto a Rússia ocupa a quarta posição (atrás da Índia).

Isso significa que a complexidade dos sistemas elétricos, a quantidadebetclic rodadas gratisinstalaçõesbetclic rodadas gratisgeração e a infraestrutura que envolve a produçãobetclic rodadas gratiseletricidade tornam muito difícil um ataque ter um impactobetclic rodadas gratisgrande escala.

A rede elétrica dos EUA, por exemplo, é altamente complexa: ela é composta por cercabetclic rodadas gratis3.300 empresasbetclic rodadas gratisserviços públicos que trabalhambetclic rodadas gratisconjunto para fornecer energia a seus usuários por meiobetclic rodadas gratisredesbetclic rodadas gratismaisbetclic rodadas gratis320 mil quilômetrosbetclic rodadas gratislinhasbetclic rodadas gratistransmissãobetclic rodadas gratisalta voltagem.

A Rússia, porbetclic rodadas gratisvez, tem 20 empresas independentesbetclic rodadas gratisproduçãobetclic rodadas gratisenergia, cercabetclic rodadas gratis440 instalaçõesbetclic rodadas gratisgeração, 496.000 subestações e cercabetclic rodadas gratis2,3 milhõesbetclic rodadas gratisquilômetrosbetclic rodadas gratislinhas elétricas.

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Legenda da foto, A Rússia tem a quarta maior rede elétrica do mundo

Ahern acredita que os ataques na Ucrânia atrapalharam a vidabetclic rodadas gratismilharesbetclic rodadas gratispessoas, mas que, se ocorressem na Rússia ou nos Estados Unidos, as consequências poderiam ir além.

"Para os Estados Unidos, a Rússia e outras nações, tais ataques poderiam desencadear contra-ataques e provocar uma escaladabetclic rodadas gratishostilidades", diz ele.

Vários especialistas concordam que as instalações elétricas não são os únicos alvos possíveis: os potenciais danos a estaçõesbetclic rodadas gratisbombeamentobetclic rodadas gratiságua e outros serviços essenciais podem ter efeitos mais devastadores do que as armas nas guerras convencionais.

Hostilidades crescentes

As tentativas da Rússiabetclic rodadas gratispenetrar na rede elétrica dos EUA não ganharam a mesma notoriedadebetclic rodadas gratisoutro ataque que,betclic rodadas gratisacordo com várias fontesbetclic rodadas gratisinteligênciabetclic rodadas gratisWashington, marcou os resultados das eleiçõesbetclic rodadas gratis2016.

Naquele ano, segundo vários relatos, hackers russos penetraram no sistema eleitoral dos EUA e lideraram campanhas nas redes sociais para ajudar na vitóriabetclic rodadas gratisDonald Trump.

Algum tempo depois, novas denúncias sobre supostas interferências russasbetclic rodadas gratissituações eleitorais foram relatadasbetclic rodadas gratisoutros países.

Masbetclic rodadas gratis2018, o FBI e o Departamentobetclic rodadas gratisSegurança Interna (DHS, da siglabetclic rodadas gratisinglês) também reportaram uma sériebetclic rodadas gratisataques a computadoresbetclic rodadas gratisinstalações americanas.

Ambas as agênciasbetclic rodadas gratisinteligência publicaram relatórios que levaram o governo a emitir um alerta sobre "ações do governo russo" dirigidas a entidades federais e empresas nos setores elétrico,betclic rodadas gratisenergia nuclear, instalações comerciais,betclic rodadas gratiságua, aviação e manufatura do país.

O DHS e o FBI a chamarambetclic rodadas gratis"campanhabetclic rodadas gratisinvasãobetclic rodadas gratisvárias etapas" que consistiabetclic rodadas gratisse inserirbetclic rodadas gratisredesbetclic rodadas gratispequenas instalações comerciais, colocar vírus, realizar o reconhecimento da rede e coletar informações relacionadas aos sistemasbetclic rodadas gratiscontrole industrial dos EUA.

O Kremlin negou qualquer participação nesse esquema.

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Legenda da foto, A rede elétrica dos Estados Unidos se estende por maisbetclic rodadas gratis320 mil quilômetrosbetclic rodadas gratislinhasbetclic rodadas gratistransmissãobetclic rodadas gratisalta voltagem

Mas um dia após a publicação do relatório, o secretáriobetclic rodadas gratisEnergia dos EUA, Rick Perry, assegurou ao Congresso que os ataques cibernéticos contra as redesbetclic rodadas gratisenergia aconteciam "literalmente centenasbetclic rodadas gratismilharesbetclic rodadas gratisvezes por dia" e anunciou a criaçãobetclic rodadas gratisum Escritóriobetclic rodadas gratisSegurança Cibernética e Respostabetclic rodadas gratisEmergência para tentar controlá-los.

Pouco depois, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou novas sanções contra várias pessoas e organizações russas, algumas das quais foram acusadasbetclic rodadas gratissupostos ataques informáticos.

A Dragos, empresabetclic rodadas gratissegurança cibernética especializadabetclic rodadas gratisproteger a rede elétrica dos Estados Unidos, disse à imprensa americana no ano passado que Moscou está "no caminho certo" para penetrar nas instalaçõesbetclic rodadas gratisenergia dos EUA, ainda que precise aperfeiçoar ainda mais suas técnicas

A revanche

Até o último fimbetclic rodadas gratissemana, as tentativas americanasbetclic rodadas gratispenetrar nas redesbetclic rodadas gratisenergia russas não eram conhecidas publicamente.

Mas Jonathan Marcus, analistabetclic rodadas gratissegurança da BBC, acredita que os relatos sobre ataques dos EUA à infraestrutura russa não deveriam nos surpreender, dada a "investida eletrônica" que Moscou tem protagonizado.

"Durante muito tempo no Ocidente, o foco no ciberespaço tem sido a defesa: como fortalecer os sistemas contra invasões e como tornar os sistemas essenciais mais resistentes. Mas é claro que o melhor meiobetclic rodadas gratisdefesa é a ofensiva: a necessidade, ao menos,betclic rodadas gratiscolocarbetclic rodadas gratisrisco os sistemasbetclic rodadas gratisum inimigo", explica ele à BBC News Mundo.

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Legenda da foto, O general Paul M. Nakasone é o chefe do Comando Cibernético dos Estados Unidos

Sabe-se que, desde 2009, os Estados Unidos contam com um Comando Cibernético, uma unidadebetclic rodadas gratiselitebetclic rodadas gratisTI das Forças Armadas que, sob a égide da Leibetclic rodadas gratisAutorizaçãobetclic rodadas gratisDefesa Nacionalbetclic rodadas gratis2018, tem permitido realizar "atividades militares clandestinas"betclic rodadas gratisredes.

A Rússia, porbetclic rodadas gratisvez, anunciou este ano seus planosbetclic rodadas gratisse isolar da internet global e criarbetclic rodadas gratisprópria rede, o que na opinião dos especialistas não só garantiria um maior controle sobre os seus cidadãos, como também tornaria mais difícil para agentes externos terem acesso a redes usadas pelas instalações russas.

O projeto, chamadobetclic rodadas gratisPrograma Nacionalbetclic rodadas gratisEconomia Digital, requer que os provedoresbetclic rodadas gratisserviçosbetclic rodadas gratisinternet do país se certifiquembetclic rodadas gratiscontinuar operandobetclic rodadas gratiscasobetclic rodadas gratispotências estrangeiras tentarem isolá-los oubetclic rodadas gratisserem vítimasbetclic rodadas gratisataques.

Na opiniãobetclic rodadas gratisMarcus, as posições dos dois países diante da possibilidadebetclic rodadas gratisum conflito digital mostram que, mais uma vez, "a tecnologia está muito à frente da teoria".

"Que medidas devem ser tomadas para estabelecer algum tipobetclic rodadas gratislimite nos ataques cibernéticos? Ou, mais exatamente,betclic rodadas gratisque ponto um ataque cibernético é considerado como um atobetclic rodadas gratisguerra?", questiona o analista.

"Dado que essas armas podem ser usadas tanto por criminosos e atores não estatais, quanto por países, estamos diantebetclic rodadas gratisum ambiente complexo e muito difícil", conclui.

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