A cidadebetway flash casino3 mil pessoas tomada por um ‘tsunami’betway flash casino20 milhõesbetway flash casinopílulasbetway flash casinoopioides nos EUA:betway flash casino

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Esta pequena farmáciabetway flash casinoWilliamson entregou maisbetway flash casino10 milhõesbetway flash casinopílulasbetway flash casinoopioide entre 2006 e 2016

Crédito, West Virginia Tourism Board

Legenda da foto, Pequena cidade mineira na Virgínia Ocidental virou símbolo da crisebetway flash casinosaúde pública causada por opioides nos EUA

Milhõesbetway flash casinoreceitas médicas

O influxobetway flash casinopílulas a Williamson resultabetway flash casinouma médiabetway flash casinomaisbetway flash casino6,5 mil unidadesbetway flash casinomedicamento por morador da cidade.

Opioides são uma classebetway flash casinodrogas naturalmente encontradas na papoula, a mesma usada para produzir heroína. São prescritos para tratar diferentes grausbetway flash casinodor, porque agembetway flash casinomodo mais rápido, forte e duradouro do que analgésicos comuns.

Mas essas são as mesmas características que tornam os opioides não apenas potencialmente viciantes, mas também relativamente fáceisbetway flash casinocausar overdose. A despeito disso, foram amplamente receitados a pacientes ao redor dos EUA nas últimas duas décadas. No anobetway flash casinoauge, 2012, o númerobetway flash casinoreceitas passoubetway flash casino225 milhões, ou 81,3 para cada 100 americanos.

Williamson é uma das centenasbetway flash casinocidades, condados ou Estados americanos que abriram processos judiciais contra a indústria farmacêutica.

E o OxyContin, da Purdue, se tornou o opioide receitado ligado ao maior númerobetway flash casinousos excessivos, segundo a agência governamental Centro Nacional para Informação Biotecnológica.

"Pilliamson"

"Williamson ganhou o apelidobetway flash casino'Pilliamson' (trocadilho com pill, que significa pílulabetway flash casinoinglês) por causa dessa inacreditável quantidadebetway flash casinopílulas", diz à BBC Eric Eyre, jornalista baseado na Virgínia Ocidental.

Eyre venceu o prêmio jornalístico Pulitzerbetway flash casino2017betway flash casinoreportagem investigativa ao produzir uma sériebetway flash casinonotícias sobre o excessobetway flash casinoreceitas médicasbetway flash casinoanalgésicos na Virgínia Ocidental, um dos Estados mais pobresbetway flash casinotodos os EUA.

Dados da CDC, a principal agênciabetway flash casinosaúde americana, apontam que a Virgínia Ocidental tem a maior taxabetway flash casinomortes por overdose no país: foram 57,3 mortes por 100 mil habitantesbetway flash casino2017, mais do dobro da média nacional (21,7).

O condadobetway flash casinoMingo, onde fica Williamson, tem a quarta maior taxa nacionalbetway flash casinomortes por excessobetway flash casinomedicamentos.

"Uma fuga"

"Altas taxasbetway flash casinomortes por drogas estão concentradas oubetway flash casinocomunidades abaladas e voltadas à mineração, ou as que dependembetway flash casinoempregos no setorbetway flash casinoserviços", diz Shannon Monnat, professora-assistente na Universidade Syracuse, que estudou o impacto da crisebetway flash casinoopioides na área rural americana.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Comunidades rurais, como as do empobrecido Estado da Vírginia Ocidental, são algumas das mais afetadas pela epidemia

"Para muita gente, as instituiçõesbetway flash casinotrabalho e família se desmembraram ao longo dos últimos 30 anos, e isso deixou algumas pessoas com pouco sentido na vida. As drogas são um jeitobetway flash casinoescapar da dor emocional ou a realidadebetway flash casinouma faltabetway flash casinoconexão ou propósito na vida."

Em 2017, uma reportagem da emissora NBC entrevistou o serviçobetway flash casinoatendimento emergencialbetway flash casinoWilliamson, que à época disse atender uma médiabetway flash casino50 casosbetway flash casinooverdose por mês.

"É correto dizer que todo mundobetway flash casinoWilliamson deve conhecer alguém afetado pelo abusobetway flash casinodrogas", diz à BBC Roger May, fotógrafo nascido na cidade.

"(O abuso) começou com os trabalhadores da mineração, que precisam do remédio para controlar suas dores, mas rapidamente começamos a ouvir históriasbetway flash casinopessoas da família também usando medicamentos (opioides), inclusive adolescentes, que roubavam as pílulas para levar a festas. Então, alguns anos depois, víamos as pessoas postando no Facebook que alguma pessoa havia tido overdose ou morrido."

Crédito, Williamson City Council

Legenda da foto, A localizaçãobetway flash casinoWilliamson ajudou a torná-la uma destinação para pessoasbetway flash casinooutros Estados que buscavam comprar opioides

Ponta do iceberg

Os números que Eric Eyre reveloubetway flash casinosuas reportagens para o jornal Charleston Gazette-Mail mostraram que a crisebetway flash casinoWilliamson era apenas a ponta do iceberg.

Documentos obtidos por ele na Agência Nacional Antidrogas (DEA, na siglabetway flash casinoinglês) mostram que distribuidores farmacêuticos mandaram 780 milhõesbetway flash casinopílulasbetway flash casinooxicodona e hidrocodona, os analgésicos opioides mais comuns, para farmácias da Virgínia Ocidental entre 2007 e 2012.

"Há o casobetway flash casinoKermit, cidadebetway flash casino400 moradores na Virgínia Ocidental, que também recebeu milhõesbetway flash casinopílulas. Mas Williamson se tornou mais simbólica por causa do volume (de medicamentos) e do fatobetway flash casinoque as pessoas viajavam centenasbetway flash casinoquilômetros para comprar remédio lá", agrega Eyre.

Williamson fica perto da fronteira da Virgínia Ocidental com os Estadosbetway flash casinoKentucky e Tennessee.

Essa localização geográfica, somada a uma regulação à época frouxa do influxobetway flash casinoremédios, fez com que a cidade virasse um destino perfeito para a abertura das chamadas "clínicasbetway flash casinotratamento da dor' - e para uma ondabetway flash casinoreceitas médicasbetway flash casinoopioide.

As pessoas começavam a fazer fila às 6h da manhã na porta das farmácias, para pegar remédios.

Uma única médica, Katherine Hoover, abriu consultóriobetway flash casinoWilliamsonbetway flash casino2002 e, até 2010 - quando a polícia realizou uma intervenção embetway flash casinoclínica - ela já havia prescrito opioide 333 mil vezes.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Estátuabetway flash casinomineiro na Virgínia Ocidental; declínio econômico da mineração e dores crônicas causadas por anosbetway flash casinotrabalho braçal contribuíram para excessos no usobetway flash casinoanalgésicos fortes

'Planobetway flash casinonegócios'

Frankie Tack, especialistabetway flash casinovíciobetway flash casinodrogas da Universidadebetway flash casinoVirgínia Ocidental, é partebetway flash casinoum grupobetway flash casinoacadêmicos que acredita que comunidades rurais se transformarambetway flash casinoboas oportunidadesbetway flash casinoexpansãobetway flash casinonegócios para gigantes farmacêuticas.

"Não acho que as empresas tenham acidentalmente despejado todas essas pílulasbetway flash casinocidades como Williamson. Era partebetway flash casinoum modelobetway flash casinonegócios,betway flash casinoalvejar comunidades que estariam sob maior risco", diz Tack à BBC.

"Na Virgínia Ocidental, há tantas cidades com gente envolvidabetway flash casinotrabalho manual (que provoca dores no corpo) e com menor acesso a serviços médicos. Algumas sequer tem hospitais."

Ele conta que entrevistou pacientes que ingeriam opioides "sem saber o que eram, muito menos que era viciante".

"Se você analisa essa epidemia, vê que as vítimas eram inicialmente pessoasbetway flash casinomeia-idade, gente com mais probabilidadebetway flash casinonecessitar medicamentos para dor."

Mas fabricantes e distribuidoresbetway flash casinomedicamento têm sistematicamente negado essas acusações.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Uma única médica chegou a receitar 330 mil pílulasbetway flash casinoopioidesbetway flash casinoWilliamson entre 2002 e 2010

Dor crônica

Mas para entender como a epidemia chegou no ponto atual é preciso voltar duas décadas no tempo.

Em meados da décadebetway flash casino90, cercabetway flash casino100 milhõesbetway flash casinoamericanos eram, segundo estimativas, afetados por dor crônica, o que levou autoridadesbetway flash casinosaúde a pedir por menor regulação no usobetway flash casinoanalgésicos mais poderosos.

O argumento principalbetway flash casinofavor disso erabetway flash casinoque pacientes com dor crônica -betway flash casinoidosos a operários que carregavam nas costas anosbetway flash casinotrabalho braçal - teriam uma qualidadebetway flash casinovida melhor se tivessem acesso a medicamentos mais fortes.

A discussão evoluiu a pontobetway flash casinoo nível da dor ser declarado um "quinto sinal vital" dos pacientes - o que significa quebetway flash casinomedição e gerenciamento passou a ser visto como tão importante quanto o monitoramento da temperatura, pressão arterial, taxa respiratória e batimentos cardíacos.

Logo, receitas médicas com opioides passaram a ser distribuídas por todo o país - e farmacêuticas iniciaram uma corrida porbetway flash casinoparcelabetway flash casinomercado.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Estima-se que o OxyContin tenha gerado US$ 35 bilhõesbetway flash casinovendas para a Purdue Pharma

Multas

Uma dessas empresas é a Purdue Pharma. Em 1996, a companhia começou a vender seu carro-chefe, o OxyContin. Em 2001, já havia gerado US$ 1 bilhão com vendas do opioide.

Rapidamente, porém, começaram a surgir relatosbetway flash casinomortes ligadas ao excessobetway flash casinoopioides, puxando uma alta na taxa geralbetway flash casinomortes por overdose nos EUA -betway flash casino16.849betway flash casino1999 para 36 milbetway flash casino2007.

No mesmo ano, a Purdue foi multadabetway flash casinomaisbetway flash casinoUS$ 600 milhões, depoisbetway flash casinoadmitir culpa por enganar o público a respeito do riscobetway flash casinovício presente no OxyContin. Foi uma das multas mais altas já aplicadas a uma empresa farmacêutica na história dos EUA.

A empresabetway flash casinoinformaçõesbetway flash casinosaúde IQVIA estima que o OxyContin tenha gerado à Purdue US$ 35 bilhõesbetway flash casinovendas. Pesquisas apontam que o medicamento tenha respondido por 82% das vendas da empresabetway flash casino2017.

No início deste mês, a Purdue anunciou que estava avaliando pedir falência, para conter os processos legais contra si e negociar acordos fora dos tribunais.

O acordobetway flash casinoOklahoma seria o primeirobetway flash casinoque a companhia responderia perante um júri popular a respeito da responsabilidade das empresas farmacêuticas na crisebetway flash casinoopioides americana. O caso foi decididobetway flash casinoacordo extrajudicial, mas a farmacêutica é rébetway flash casinocentenasbetway flash casinooutros processos.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Protestobetway flash casinoparentesbetway flash casinovítimasbetway flash casinooverdose nos EUA; mortes desse tipo continuam crescendo no país

As mortes por overdose continuam crescendo - foram maisbetway flash casino70 mil casosbetway flash casino2017. Autoridades têm contido as receitas médicas, mas ainda assim elas são altas - 58,7 receitas a cada 100 americanos.

Ao mesmo tempo, viciadosbetway flash casinoopioides têm recorrido a medicamentos falsificados ou a drogas ilícitas, como a heroína.

Investigação no Congresso

Overdoses são hoje a maior causabetway flash casinomortes entre adultos abaixobetway flash casino55 anos e matam tanto quanto armasbetway flash casinofogo e acidentesbetway flash casinotrânsito somados.

"Já houve epidemiasbetway flash casinodrogas antes nos EUA, mas elas tendiam a ser concentradasbetway flash casino'bolsões'. Esta é diferente: muitas pessoas se viciam, mesmo quando usam o opioide corretamente", diz Frankie Tack.

O "tsunami"betway flash casinopílulasbetway flash casinoWilliamson foi um dos destaquesbetway flash casinouma investigação do Congresso - tornada públicabetway flash casinodezembro passado - a respeito da crisebetway flash casinoopioides na Virgínia Ocidental.

A investigação teceu duras críticas não apenas às empresas farmacêuticas, mas também à agência antidrogas DEA.

"Nossa apuração revelou falhas sistêmicas tanto por distribuidores quanto pela DEA, que contribuíram - e fracassarambetway flash casinoconter - a crisebetway flash casinoopioides no Estado", dissebetway flash casinocomunicado o líder do Comitêbetway flash casinoEnergia e Comércio da Casa, Greg Walden.

Especialistas preveem que a montanhabetway flash casinoprocessos legais contra farmacêuticas resultembetway flash casinovultuosos acordos extrajudiciais, tais quais os que envolveram a indústria tabagista americana no fim dos anos 1990 - um dos acordos superou o valorbetway flash casinoUS$ 200 bilhões.

"Cidades, condados e Estados abriram processos legais buscando reparações contra os gastos públicos relacionados à epidemiabetway flash casinoopioides", explica Nora Engstrom, professorabetway flash casinoDireito da Universidade Stanford. "Alguns economistas estimaram que,betway flash casino2015, o custo econômico dessa crise foibetway flash casinoUS$ 504 bilhões, ou 2,8% do PIB americano."

No âmbito local, esses custos são sentidos mais fortemente. No condadobetway flash casinoMingo, onde fica Williamson, um levantamento estimou que a crisebetway flash casinoopioides custou quase US$ 7 mil para cada habitante - cuja renda per capita é pouco superior a US$ 20 mil.

"Os opioides devastaram comunidades inteiras na Virgínia Ocidental ebetway flash casinooutras partes dos EUA", diz Roger May. "A sensação ébetway flash casinoque tiraram vantagembetway flash casinoalgumas pessoas."

betway flash casino Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube betway flash casino ? Inscreva-se no nosso canal!

Pule YouTube post, 1
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbetway flash casinoautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabetway flash casinousobetway flash casinocookies e os termosbetway flash casinoprivacidade do Google YouTube antesbetway flash casinoconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebetway flash casino"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdobetway flash casinoterceiros pode conter publicidade

Finalbetway flash casinoYouTube post, 1

Pule YouTube post, 2
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbetway flash casinoautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabetway flash casinousobetway flash casinocookies e os termosbetway flash casinoprivacidade do Google YouTube antesbetway flash casinoconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebetway flash casino"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdobetway flash casinoterceiros pode conter publicidade

Finalbetway flash casinoYouTube post, 2

Pule YouTube post, 3
Aceita conteúdo do Google YouTube?

Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimosbetway flash casinoautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticabetway flash casinousobetway flash casinocookies e os termosbetway flash casinoprivacidade do Google YouTube antesbetway flash casinoconcordar. Para acessar o conteúdo cliquebetway flash casino"aceitar e continuar".

Alerta: Conteúdobetway flash casinoterceiros pode conter publicidade

Finalbetway flash casinoYouTube post, 3