Crise na Venezuela: o papel dos militares no momento crítico do país:slot calendar

"Os soldados do país não aceitam um presidente imposto por interesses duvidosos, nem um autoproclamado e fora da lei", disse López no Twitter.

Laços entre militares e governo se ampliaram no governo Maduro

Cercaslot calendarum terço do gabinete do presidente Maduro é ou foi do Exército.

Embora a Constituição venezuelana exija que as Forças Armadas permaneçam apolíticas, o ministro da Defesa é famoso por incluirslot calendarseus comunicados a expressão: "Chávez vive, a pátria continua. Independência e pátria socialista".

Padrino López era coronel do Exército durante o fracassado golpeslot calendar2002, quando permaneceu fiel ao governoslot calendarHugo Chávez (1954-2013).

Depois disso, tornou-se chefeslot calendarDefesa e, mais tarde, comandante das Forças Armadas venezuelanas - até ser nomeado ministro por Maduroslot calendar2014, cargo que ocupa até hoje - um progressoslot calendarcarreira que não é diferente doslot calendaroutros membros do alto escalão militar - os mesmos oficiais cuja lealdade pode determinar quem liderará o país.

Presença militar na vida cotidiana vem crescendo

Mas qual seria o incentivo para os militares mudaremslot calendarlado?

A Constituiçãoslot calendar1999, promulgada por Chávez, deu poder aos militares e assegurou que desempenhem um papel político no país - um papel que hoje se estende além do tradicional domínio das áreasslot calendardefesa e segurança.

Em um país marcado por hiperinflação e escassezslot calendarprodutos, oficiais do Exército foram encarregadosslot calendardistribuir petróleo, arroz, café e outros alimentos básicos, bem como papel higiênico, absorventes e fraldas.

Cidadãos presos após protestos ou saquesslot calendaralimentos são frequentemente julgados por tribunais militares, uma medida que foi condenada por ONGsslot calendardefesaslot calendardireitos civis.

"Os militares nunca estiveram tão presentes no dia a dia da sociedade", diz Hernan Castillo, especialistaslot calendarsegurança e professorslot calendarCiência Política na Universidade Simón Bolívar,slot calendarCaracas.

Maduro intensificou ainda mais a relação entre militares e políticos. "As Forças Armadas estão mais envolvidas do que nunca no desenvolvimento nacional e na vida cotidiana", diz o ex-militar Clíver Alcalá.

Alcalá era partidárioslot calendarChávez, mas hoje é critico ao governoslot calendarMaduro. Ele diz ser inaceitável que militares sejam responsáveis por boa parte da administração e das finanças do país.

"Maduro criou uma dependência excessiva das Forças Armadas e do chefe do Exército. Ele perdeu o apoioslot calendarpolíticos e da sociedade civil e decidiu recorrer às Forças Armadas para permanecer no poder", diz Alcalá.

Descontentadoslot calendaralta nos escalões inferiores

Mas se a liderança militar ainda está próxima ao presidente Maduro, a história é diferente nas patentes mais baixas.

A maioria destes militares teveslot calendarenfrentar a penúria econômica da Venezuela, assim como todos os cidadãos comuns no país. Ao contrário dos altos oficiais, os escalões inferiores sofreram com faltaslot calendarcombustível, escassezslot calendaralimentos e hiperinflação - e há um crescente descontentamento.

Nos protestos desta semana, soldados foram vistos apoiando manifestantes, não os reprimindo, e, nos últimos meses, maisslot calendarcem membros das Forças Armadas foram presos, acusados ​​de traição, rebelião, pilhagem ou deserção.

No ano passado, três oficiais do Exército acusados ​​de tramar um golpeslot calendarEstado fugiram para a Colômbiaslot calendarbuscaslot calendarrefúgio.

Até agora, as Forças Armadas venezuelanas estão ao ladoslot calendarMaduro - estima-se que 16,9 mil soldados tenham sido promovidos por "lealdade", mas, segundo Alcalá, há uma crescente "incerteza dentro das Forças Armadas".

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