Como desmascarei um golpista que seduz mulheres pela internet:oint onabet

Hoje, maisoint onabetum quarto dos novos relacionamentos começam por meiooint onabetsites ou aplicativosoint onabetrelacionamentos, então, não faltam vítimasoint onabetpotencial.

A maioria delas tem vergonhaoint onabetprocurar a polícia, mas, ainda assim, ao menos dez crimesoint onabetcatfish são denunciados no Reino Unido diariamente. As pessoas afetadas por isso têmoint onabetmédia um prejuízooint onabet15 mil libras (R$ 72,16 mil).

A vítima recorrenteoint onabetgolpes

Roy Twiggs mostra as trocasoint onabetemail com uma pessoa que se passava por uma mulher americana chamada Donna.

Roy pensava que eles estavam apaixonados e que iriam se casar. Ela começou, então, a pedir dinheiro para ajudá-la com um projetooint onabetconstrução na Malásia.

"Parecia ser para algo plausível. Fui mandando 3 mil libras, 4 mil libras. Quando somei tudo, tinha pago para ela a maior parte das 100 mil libras que ela dizia que precisava."

Aos 67 anos, ele deveria estar aproveitando uma aposentadoria confortável. Mas está pagando dívidas todo mês usando o que ganhaoint onabetpensão. "Estou falido. Você se sente derrotado, devastado, acabado."

No calendário na casaoint onabetRoy, há uma anotação preocupante: "$500", ao ladooint onabetum nome, Sherry.

Ela é nova namorada americanaoint onabetRoy. Eles se conheceram pela internet. Pelas mensagens que Sherry mandou, fica claro que a linguagem e os métodos usados são os mesmos do outro golpe.

Isso não é incomum: as pessoas por trásoint onabetum catfish são implacáveis. Se você já foi uma vítima, é provável que se torne um alvo novamente.

Fisgando um golpista pela internet

Quis desmascarar um golpista ao criar um perfil falsooint onabetum siteoint onabetrelacionamentos. Quase dois terços das vítimas conhecidas são mulheres, então, eu me tornei Kathryn Hunter, uma divorciada com uma vida confortáveloint onabetbusca do amor.

Não demorou para fisgarem a isca. Quatro homens me abordaram e todos diziam ser soldados americanos. Foi um sinaloint onabetalerta imediato.

Se apresentar como um militar é um disfarce comum, porque serve como uma desculpa para não se encontrar pessoalmente com a vítima, alémoint onabetser aparentemente um motivo legítimo para pedir que dinheiro seja enviado ao exterior.

Um dos soldados, que dizia se chamar Paul Richard, investiu pesado. No segundo dia, ele disse a Kathryn que estava apaixonado. No terceiro, falou que queria se casar com ela.

Ele logo levou a conversa para fora do site e me bombardeou com mensagensoint onabettexto. As mensagens chegavam mesmo tarde da noite, e havia mais esperando por mim ao acordaroint onabetmanhã.

Depoisoint onabetuma semana, Paul Richard diz que quer falar comigo pelo telefone. Uma colega minha se passou por Kathryn na ligação. O númerooint onabettelefone usado por ele tem um código da Nigéria.

Depoisoint onabetum breve silêncio, um homem com um forte sotaque africano começou a falar. Ela não soava nada como o soldado americano que estava na foto usada por ele. Mas Paul se justificou dizendo que estava resfriado.

A forma mais fáciloint onabetprovar que se trataoint onabetum catfish é achar o dono das fotos usadas no golpe. Uma busca na internet me mostrariaoint onabetonde elas vieram.

As três primeiras mandadas por ele não dãooint onabetnada, porque os metadados - as informações que as acompanham, como o momento e localoint onabetque as fotografias foram feitas, por exemplo - foram removidos.

Mas a quarta, uma selfieoint onabetPaul usando um uniforme militar, me levou ao perfiloint onabetJuan Avalos no Instagram. Ele é um fuzileiro naval e dono daquela e das outras fotos enviadas por Paul. Ele tinhaoint onabetumoint onabetpágina um alerta sobre catfish, porque muitos golpistas vinham usando aquelas imagens.

"Esses caras falam qualquer coisa e mentem para as pessoas", diz Juan. "Já vi muitas destas mensagens, mas, mesmo quando eu digo que não sou quem pensam que sou, as pessoas não acreditam, porque estão profundamente apaixonadas."

Na semanas seguintes, minha colega continuou a conversar com Paul Richard pelo telefone enquanto eu escutava tudo. Paul falava entusiasmadamente sobre uma futura vida a dois e sobre seus planosoint onabetse mudar para o Reino Unido para ficar com Kathryn quandooint onabetcarreira militar acabasse.

As conversas se tornaram mais longas e frequentes, pontuadas por beijos, flertes e um pedido constante para que eu enviasse fotos.

Só havia uma coisa no caminhooint onabetnossa felicidade: o filhooint onabetPaul estava doente e precisavaoint onabetatendimento médico urgentemente. Ele pediu US$ 800 (R$ 3 mil) para pagar pelo tratamento do pequeno Rick.

Paul disse que o valor deveria ser entregueoint onabetdinheiro à babá do menino nos Estados Unidos, uma mulher chamada Marcy Krovak. Mas, ao contráriooint onabetPaul, Marcy é uma pessoa real.

Em buscaoint onabetuma mula

Um golpista deste tipo precisaoint onabetuma pessoa real para coletar o dinheiro para eles já que algum tipooint onabetidentificação verdadeira precisa ser apresentada neste tipooint onabettransferência.

Algumas destas mulas também são vítimas inocentes que são levadas a mandar o dinheiro para quem está por trás do catfish. Outras fazem parte do esquema.

Não sabia se Marcy estava ciente do golpe ou não. Fui a Slippery Rock, na Pensilvânia, onde ela mora. Mandamos um pequeno montante para ela por um serviçooint onabettransferênciaoint onabetdinheiro para ver se ela apareceria para pegar.

Passei os três dias seguintes dentrooint onabetuma van com vidros pretos do ladooint onabetfora do postooint onabetcoleta. Em vários momentos, avistei mulheres que pareciam que entrariam na loja, mas foram alarmes falsos.

Justamente quando pensava que aquilo não funcionaria, recebi uma notificaçãooint onabetque o dinheiro havia sido retirado usando um documentooint onabetMarcy - mas isso ocorreu a maisoint onabet640kmoint onabetdistância,oint onabetNova York.

Quando perguntei a Marcy o que havia ocorrido, ela disse também ser uma vítimaoint onabetum catfish. "Alguém usou minhas informações para fazer isso. Não fui eu. Por favor, ache esta pessoa", disse ela.

A identidade do 'catfish' é finalmente revelada

Parece que havia chegado a outro beco sem saída, mas o golpista cometeu um erro.

Paul Richard não apagou um nome - Dan Coolman -oint onabetumaoint onabetsuas fotos no WhastApp. Busquei por todos os Dan Coolmans na Nigéria e encontrei um que tinha uma barbeariaoint onabetIbadan. Ele usava o mesmo número pelo qual o catfish me ligava.

Dan Coolman é mais um nome falso. O número estava registrado como sendooint onabetDaniel Joseph Okechkwu. Uma contaoint onabetTwitter com este nome e a mesma foto finalmente revelou a identidade do golpista.

Fui a Ibadan, mas, quando cheguei, ele havia sumido. As portas da barberia estavam trancadas, e as pessoas ali disseram que estava assim há semanas.

Havia uma foto do meu catfish ao ladooint onabetum cliente na lateral do prédio, mas ninguém parecia saber aonde Daniel Joseph Okechkwu tinha ido.

Depoisoint onabettrês mesesoint onabetconversas, liguei para o golpista para contar quem eu era.

Supreendentemente, ele não desligou logooint onabetcara. Ele manteve a históriaoint onabetque era um soldado americando chamado Paul Richard e negou estar por trásoint onabetum golpe. Depois, desligou.

Parecia um fim decepcionante para aquela busca, mas ele voltou a ligar naquela mesma noite.

Desta vez, Daniel Joseph Okechkwu confessou. Disse que era o primeiro golpe romântico que aplicava e que tinha sido forçado a fazê-lo, porqueoint onabetbarbearia havia fechado.

Ele parecia estar sendo sincero e pediu desculpas pela forma como me tratou. Disse que queria pararoint onabetser um catfish, mas precisaria que eu desse algum dinheiro a ele para isso.

É uma jogada clássica. Mesmo quando descoberto, o catfish não desisteoint onabetaplicar um golpe.

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