Corrida nuclear? Tensãoapk f12.betIsrael? 4 perguntas sem resposta após Trump implodir acordo com Irã:apk f12.bet

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Legenda da foto, Em pronunciamento na Casa Branca, Trump disse que acordo capitaneado por Obama era 'podre'

O pacto também limitava o númeroapk f12.betcentrífugas para enriquecer o material por 10 anos, alémapk f12.betestabelecer que a Agência Internacionalapk f12.betEnergia Atômica (AIEA) monitorariaapk f12.bettempo real as atividadesapk f12.betplantasapk f12.betbeneficiamento até então mantidasapk f12.betsegredo pelo governo iraniano.

Em troca da desaceleração das atividades nucleares, os países signatários retiraram uma sérieapk f12.betsanções econômicas aplicadas anteriormente contra o regime iraniano.

Para Trump e seus aliados, no entanto, o tratado era insuficiente porque não garantia inspeçõesapk f12.betinstalações militares do país e oferecia janelas temporais que poderiam permitir uma retomada da corrida nuclear iraniana.

Mas o que acontece agora? O presidente americano prometeu que, logo após o pronunciamentoapk f12.betrede nacional, feito da Casa Branca,apk f12.betWashington, assinaria um memorando para reativar "as mais duras sanções" contra o governo iraniano.

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Legenda da foto, Em trocaapk f12.betalívio nas sanções impostas por EUA e potências europeias, Irã se comprometeu a limitar suas atividades nucleares

O Irã fechará o acesso estrangeiro a plantas nucleares?

Nos últimos três anos, seguindo uma das principais regras do acordo nuclear, funcionários da AIEA fiscalizaram importantes laboratóriosapk f12.betpesquisa nuclear iranianos.

Antes mantidas secretamente, as usinasapk f12.betenriquecimentoapk f12.beturânio do país eram monitoradasapk f12.bettempo real por uma sérieapk f12.betcâmeras e sensores controlados remotamente. A agência também coletava amostras semanaisapk f12.betpoeiraapk f12.bettodo o país para avaliar a presençaapk f12.betpartículas proibidas pelo acordo.

A permanência da fiscalização internacional sobre o Irã fica agoraapk f12.betsuspenso - já que não se sabe quais serão as consequênciasapk f12.betmédio prazo da decisão unilateralapk f12.betTrump.

Imediatamente após o anúncio, o presidente francês Emmanuel Macron afirmou que "a França, a Alemanha e o Reino Unido lamentam a decisãoapk f12.betTrumpapk f12.betsair do acordo", e ressaltou que "o regime internacional contra a proliferaçãoapk f12.betarmas nucleares estáapk f12.betjogo".

Em comunicado conjunto, a primeira-ministra britânica, Theresa May, a chanceler alemã Angela Merkel e o francês ressaltaram o "compromisso contínuo" por um acordo com o governo iraniano.

"Encorajamos o Irã a mostrar moderação emapk f12.betresposta à decisão dos EUA; o Irã deve continuar a cumprir suas próprias obrigações sob o acordo, cooperando plenamente eapk f12.betmaneira oportuna."

Já o presidente iraniano, Hassan Rouhani, quase simultaneamente, afirmou que o anúncio mostra que "ao contrário do Irã, os Estados Unidos são um país que não cumpre seus compromissos" e prometeu que pode ordenar a retomada do enriquecimentoapk f12.beturânio "em ritmo industrial".

A manutenção do acordo nos moldes anteriores, agora sem a assinatura americana, é improvável, segundo analistas. Fica também a dúvida: o Irã continuará permitindo inspeções internacionais ou retomará suas pesquisas nucleares como retaliação?

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Legenda da foto, Hassan Rouhani já afirmou que o programa nuclear do Irã poderia ser reiniciado 'dentroapk f12.bethoras'

Principal aliado dos EUA, Israel será alvoapk f12.betretaliação iraniana?

Minutos antes do anúncioapk f12.betTrump, o governoapk f12.betIsrael instituiu "estadoapk f12.betalerta máximoapk f12.betataque" e mandou oficiais na região das Colinasapk f12.betGolan prepararem e manterem abertos os abrigos antiaéreos.

Como justificativa para as medidasapk f12.betsegurança, militares israelenses afirmaram ter identificado "atividades irregularesapk f12.betforças iranianas na Síria".

Ao lado da Rússia, o Irã é um dos principais apoiadores do atual regime sírio, comandado por Bashar Al-Assad, considerado por Trump um dos maiores inimigos dos Estados Unidos.

Depoisapk f12.betir à televisão, há uma semana, para afirmar que tem documentos que provariam que o Irã teria mentido e continuado seus esforços para a produçãoapk f12.betum arsenal nuclear, o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, voltou à TV nesta terça-feira para elogiar Trump.

"Há meses, o Irã vem enviando armas letais para suas forças na Síria com o objetivoapk f12.betatacar Israel", disse Netanyahu. "Nós responderemos com força a qualquer ataqueapk f12.betnosso território."

Segundo a imprensa israelense, esta é a primeira vez nos sete anos da guerra civil síria que Israel manda preparar abrigos antiaéreosapk f12.betseu território como resposta a possíveis ameaças.

Para o lobista iraniano Trita Parsi, presidente do think tank National Iranian American Council,apk f12.betWashington, a decisãoapk f12.betTrump "pode dar início a uma guerra regional mais ampla e uma corrida por armas nucleares".

Os EUA, no entanto, não estariam a salvo, na avaliação do iraniano.

"Trump colocou os Estados Unidosapk f12.betum caminho rumo à guerra com o Irã", afirmou,apk f12.betnota. "Esta é uma criseapk f12.betescolhas. Trump abandonou um acordoapk f12.betcontroleapk f12.betarmas que evitou uma bomba nuclear iraniana e transformou issoapk f12.betuma crise que pode levar a uma guerra."

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Legenda da foto, O presidente francês, Emmanuel Macron, disse a Trump que iria trabalhar por alterações no acordo nuclear

Instabilidade política mudará governo no Irã?

O principal prejudicado pelo anúncioapk f12.betTrump parece ser o atual presidente do Irã, Hassan Rouhani, que assumiu o poderapk f12.bet2013.

Enquanto o país passa por uma das mais profundas crises econômicasapk f12.betsua história e pela principal crise política desde a revolução islâmica que transformou a sociedade,apk f12.bet1979, o atual presidente, um político moderado que prometera abrir o país a uma economia globalizada, passa a ser visto por muitos iranianos como "fraco" e "manipulável", por ter assinado o acordo com os americanos.

De outro lado, os chamados "linha dura", políticos que pregam um isolamento do ocidente e governaram o país até a chegadaapk f12.betRouhani, ganham força com o anúncio, já que são fortes críticos do acordo com os americanos.

"Trump violou o acordo internacionalapk f12.betseu antecessor, Obama, seguindo as intrigas do primeiro-ministro israelense e do príncipe herdeiro saudita Bin Salman", disse Ali Khorram, ex-embaixador iraniano na China e assessor da equipeapk f12.betnegociação nuclear. "Agora, ele jogou o Irã nas mãos dos linha dura".

Segundo o jornal americano The New York Times, a insatisfação da população tanto com o governo atual quanto com os linha dura poderia escalar para um eventual golpe militar, que reorganizaria novamente a sociedade iraniana.

O analista Arash Karami, do think tank especializadoapk f12.betoriente médio Al-Monitor, acredita que tanto o moderado Rouhani quanto os mais radicais "têm como objetivo a manutenção da República Islâmica no país, mas constroem este caminhoapk f12.betdireções completamente opostas".

"A tentativaapk f12.betmaior integração com a Europa não é altruísmoapk f12.betRouhani - ele a vê como necessária para melhorar a economia iranian, quebrar monopólios e entidades corruptas que aparentemente preferem atuar sob sanções internacionais", avalia.

"Isso não significa que todos os que integram a linha dura queiram sanções, mas eles vêm uma economia mais controlada e com maior dependência do Estado como melhor."

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Legenda da foto, Inspetores da Agência Internacionalapk f12.betEnergia Atômica dizem que o Irã está cumprindo seus compromissos

Qual será o efeito do anúncio sobre as negociaçõesapk f12.betpaz com a Coreia do Norte?

Enquanto Trump ia à televisão anunciar a ruptura do acordo com o Irã, o secretárioapk f12.betEstado americano, Mike Pompeo, cruzava o planetaapk f12.betuma aeronave oficial para um encontro com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

O encontro visa a preparar o terreno para uma esperada reunião entre os presidentes dos dois países.

Segundo John Bolton, conselheiroapk f12.betsegurança nacional da Casa Branca, a decisãoapk f12.betTrump mostra à Coreia do Norte que os EUA não estarão dispostos a aceitar "acordos inadequados", sem dar detalhes sobre o termo.

Vozes como a do ex-presidente Barack Obama, no entanto, sugerem que o gesto pode dificultar as negociações.

"No momentoapk f12.betque estamos todos torcendo para que a diplomacia com a Coreia do Norte tenha sucesso, abandonar o acordo colocaapk f12.betrisco um acerto que garante - com o Irã - o mesmo resultado que estamos buscando com a Coreia do Norte", afirmou Obama.

Porapk f12.betvez, Trump também citou os norte-coreanos durante o anúncioapk f12.betsaída do pacto com Teerã.

"Quando faço promessas, eu cumpro. Neste momento, o secretário (Mike) Pompeo está a caminho da Coreia do Norte, para preparar a reunião que tereiapk f12.betbreve com Kim Jong-un", afirmou Trump.

"Hoje, mandamos uma mensagem clara: os Estados Unidos não fazem mais ameaças vazias."