Nós atualizamos nossa Políticapt pokerPrivacidade e Cookies
Nós fizemos importantes modificações nos termospt pokernossa Políticapt pokerPrivacidade e Cookies e gostaríamos que soubesse o que elas significam para você e para os dados pessoais que você nos forneceu.
O ativista que criou uma identidade falsa para se infiltrarpt pokergrupos racistas nos EUA e Europa:pt poker
pt poker Patrik Hermansson chegou cedo ao Emancipation Parkpt pokerCharlottesville,pt pokerVirginia, nos Estados Unidos, naquele 12pt pokeragostopt poker2017. Ali, ele se juntou a um grupopt pokerativistaspt pokerextrema direita chamado Alt-right, que protestavam contra a retirada da estátuapt pokerRobert E. Lee, um líder dos confederados durante a guerra civil americana.
Ele se viu no meio da multidão quando a polícia considerou a manifestação ilegal e começou a dispersá-la - foi testemunhapt pokeralgumas brigas e chegou a ser atacado com gáspt pokerpimenta por um manifestante antifascista.
Depois, se afastou dali e achou que iria descansar. Foi aí que veio outro protesto, estept pokerpessoas que eram contra a manifestação dos supremacistas brancos. Patrik parou para ver - e foi quando um carro saiu desgovernadopt pokerdireção à multidão.
"Ele foi pasando pelas pessoas, ficou a uma distânciapt pokercinco ou 10 metrospt pokermim", lembra.
Uma mulher, Heather Heyer, morreu atropelada e 35 pessoas ficaram feridas. O motorista responde a vários crimes, incluindo homicídio.
Esse atopt pokerviolênciapt pokerCharlottesville colocou a emergente subcultura dos Alt-right sob os holofotes - eles são um conjuntopt pokernacionalistas, tradicionalistas, obcecados pela raça, comprometidos e simpatizantespt pokerDonald Trump. Costumam se unir pela internet.
É um subgrupopt pokerextrema direita que muitas vezes se autoproclama "vanguarda política". Os críticos, porém, afirmam que eles são apenas "fascistas que aprenderam a usar as redes sociais".
Dentro e fora da rede
Àquela altura, Patrik Hermansson já conhecia suficientemente o grupo para refletir sobre o que aconteceupt pokerCharlottesville e seu impacto.
Ele estava infiltradopt pokergrupospt pokerextrema direita da Europa e dos Estados Unidos há um ano.
"Na verdade, é um processo simples", diz Hermansson, referindo-se à missão que estava cumprindo para grupo anti-racismo Hope not Hate.
"Você começa criando uma identidade nova, baseada no que você acredita que eles irão gostar e no que eles têm interessept pokeratrair para a organização", explicou.
"Depois, você se aproximapt pokeroutro cara interessado na extrema direita pela internet e pronto".
A Hope not Hate publicou há pouco tempo um estudo que concluía que grupos tradicionaispt pokerultradireita já não eram mais tão numerosos como antes. Mas eles foram aos poucos substituídos por grupos criados na internet.
Então não haveria estratégia melhor para Patrik se aproximar desses grupos que não pelas redes sociais. Ele se fingiupt pokerestudantept pokerintercâmbiopt pokerLondres e foipt pokerfrente com o plano.
"Queria um perfil acadêmico, porque sabia que eles tinham interessept pokerter estudantes por perto", contou.
A origem sueca também ajudou.
Entre os grupos que ele frequentou, havia muitos neonazistas, admiradorespt pokerfascistas dos anos 1930 e 1940 que idolatravam os suecos, a quem consideram "uma versão não corrompida da raça ariana".
"Eles achavam que o povo escanidnavo era opt pokerraça mais pura", afirma. "Claro que isso é um mito, mas eles me diziam: vocês são da raça original", relatou o jovem.
Depois dos primeiros contatos pela internet, ele foi conhecê-los pessoalmente. O primeiro encontro aconteceupt pokeruma pequena concentração a favor do Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia), no outonopt poker2016. Pouca gente estava lá - e poucos eram radicais.
"Não foi um ato muito extremo", recorda.
Mas entre os participantes havia perfis muito radicais, como o organizadorpt pokerum grupo que Patrik estava pesquisando: o London Forum.
Esta organização recebe pessoas que negam a existência do holocausto e que são favoráveis a uma "teoria da conspiração".
"O London Forum é formado por muitas pessoas que se preocupam apenas com seu país e com seu futuro demográfico. Pessoas que querem mostrar que não concordam com a agenda da sociedade multirracial e multicultural imposta, agenda que ameaça destruir nossa identidadept pokeruma maneira irreversível", disse um porta-voz do grupo,pt pokerum comunicado.
Não há indíciospt pokerque esse grupo tenha se envolvidopt pokernenhum ato terrorista.
Para se aproximar ainda mais, Patrik virou o professorpt pokersueco do seu contato no London Forum e os primeiros encontros com ele o levaram a ter uma ideia melhor do que era esse grupopt pokerextrema direita.
Supremacistas
"Algumas pessoas pensam que o mais difícil nesse processo é o medo. Mas você raramente se assuta", disse o ativista. "O estresse é o que você tem que aguentar diariamente. Você passa a ter duas vidas que não podem se cruzarpt pokermaneira alguma".
Segundo Patrik, as pessoas dos grupospt pokerultradireita com as quais interagiu têm muitas posições diferentes, desde aqueles que falam abertamente sobre genocídio e glorificaçãopt pokerHitler, até as versões mais "tranquilas".
"Aqueles que veem a violência como necessária, mas que não necessariamente acreditam que ela seria algo bom", explica.
Patrik foi convidado a frequentar reuniões nos Estados Unidos, onde acabou participandopt pokerum churrasco com os ultradireitistas - até virou palestrantept pokerum evento.
"Estive nessa situação complexapt pokerter que me dirigir a uma centenapt pokersupremacistas brancospt pokeruma forma que eu me sentisse confortável", contou.
"Faleipt pokertermos bem genéricos sobre como a esquerda oprime a direita e sobre como está se infiltrando nela. Fui muito irônico. Simplesmente usei essa ideiapt pokerque ospt pokerextrema direita são as vítimas", afirmou.
'Nunca senti tanto nojo'
Logo, chegou a Charlottesville. "Nunca senti tanto nojo na minha vida", disse Patrik.
"Durante um ano, eu tinha ouvido essas ideias e esses discursos violentos, esses chamados para a ação e, muita gente, incluindo eu mesmo, não dava importância. A gente dizia: essas pessoas falampt pokermaneira violenta e têm ideias agressivas, mas não vão partir para a ação".
"Mas depois você se dá contapt pokerque são tantos e que, mesmo que a maioria não parta para a ação, sempre haverá um ou outro mais doido que pode fazer o que fizerampt pokerCharlottesville", disse.
Em um relatório recente, o Centro Legal para a Pobreza do Sul (SPLC), atribuiu maispt poker40 assassinatos e maispt pokeruma centenapt pokerferidos a pessoas ligadas ao Alt-right.
A maioria desses episódios violentos aconteceupt poker2017.
Patrik encerroupt pokerexperiência no grupo pouco maispt pokerum mês depois dos protestospt pokerCharlottesville. Um relato do que ele viveu nesse período foi publicado no jornal New York Times. Como erapt pokerse esperar, suas revelações geraram uma reação violenta por parte daqueles que haviam confiado nele.
"Já que participeipt pokervários grupos e contatei várias pessoas, muitas delas começaram a desconfiar umas das outras. E com razão", afirma.
"Eles me enviaram ameaças, porque sabiam que eu tinha chegado ao núcleo deles. Cheguei a falarpt pokerfóruns desses grupos e a aprovar novos membros", contou.
Hoje, Patrik ainda trabalha como pesquisador para Hope not Hate e garante que é "reconfortante" olharpt pokerlonge os extremistas que um dia estudoupt pokertão perto. "Aprendi muito. Estou mais motivado para seguir os trabalhos, e aquela temporada infiltrado é muito útil para o que eu faço hoje."
Principais notícias
Leia mais
Mais lidas
Conteúdo não disponível