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Autoridades tentam desvendar mistério da 'bolafogo' que passou pelo Acre e caiu no Peru:
Segundo as autoridades, não se trataum meteorito. E não foi apenas um, mas quatro objetos que caíramPuno.
Três objetos tinham forma esférica e o quarto parecia uma peça metálica irregular,acordo com Gustavo Henríquez, secretário-geral da Comissão NacionalPesquisa e Desenvolvimento Aeroespacial do Peru (Conida, na siglaespanhol).
Henríquez disse que o trajeto do objeto incandescente que passou por Pucallpa também foi observado no Acre, no Brasil.
Tanquescombustível?
Para o secretário-geral da Conida, o "mais provável" é que se tratetanquescombustívelsatélites. Uma comissão da agência aeroespacial foi enviada a Puno para investigar o caso.
Autoridades americanas, porvez, confirmaram à BBC Mundo que "um corpo do foguete russo SL-23 retornou à atmosfera27janeiro2018 e passou sobre América do Sul (próximo do Peru) às 23h32 GMT (18h32 hora local) aproximadamente".
A projeção foi feita pela agência americana que faz parte do Centro ConjuntoOperações Espaciais (JSpOC, na siglainglês), que monitora mais23 mil objetos na órbita da Terra.
A informação divulgada pelo governo dos EUA também está disponível no site da Aerospace, empresa que faz pesquisas científicas independentes desde 1960.
O corpo do foguete que voltou à Terra fazia parteuma missão espacial para o lançamento do chamado AngoSat 1, o primeiro satélitecomunicaçõesAngola.
Em 26dezembro do ano passado, a empresa russa RSC Energia, fabricante do satélite, lançou a missão a partir do CosmódromoBaikonur, no Cazaquistão. No entanto, nem a empresa nem a Roscosmos, a estatal aeroespacial russa, publicaram informação sobre os objetos encontrados no Peru.
Gustavo Henríquez afirma que o fatonão ter sido notificada do possível regresso desse foguete preocupa a agência espacial peruana.
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"Segundo convenções da ONU, esses avisos devem ser feitos para que as nações fiquemalerta e para que o país responsável possa ressarcir eventuais danos", observa.
Foi por isso, diz Henríquez, que foi aberta investigação junto à chancelaria peruana para tentar identificar as causas do incidente.
Perigoso?
Segundo o secretário-geral da Conida, as áreas onde os objetos aterrissaram foram isoladas porque, "se forem tanquescombustívelsatélite, podem ser muito perigosos".
"Normalmente eles carregam hidrazina, um propelente tóxico que, quandocontato com o combustível, coloca vidasrisco", disse ele.
No entanto, as imagens divulgadas pela imprensa peruana mostram que moradores locais chegaram a mover um dos objetos para revelar o buraco30 centímetros que ele deixou no solo.
Henríquez argumentou que, se for um tanque, as altas temperaturas da decida pela atmosfera podem ter feito o combustível evaporar. Ele diz que não se recorda quando objetoslixo espacial caíram no território peruano.
"Se isso aconteceu, foi há muito tempo", diz.
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