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'Desinteresse sem precedentes' define a relação dos EUA com a América Latina no primeiro anomines realsbetTrump:mines realsbet
"Já se comentoumines realsbetoutras administrações que Washington não se importa com a América Latina, e isso é um fato, mas agora é dramaticamente pior", avalia Michael Shifter, presidente do Diálogo Interamericano, um centromines realsbetanálise sobre a América Latina, baseadomines realsbetWashington.
"O desinteresse pela região como região não tem precedente", afirmou Shifter.
E as consequências disso já se vislumbram: uma deterioração da imagem dos Estados Unidos na América Latina e a crescente influência da China na região.
"Não existe um projeto"
O principal gestomines realsbetaproximaçãomines realsbetTrump com a América Latina no seu primeiro anomines realsbetgoverno foi provavelmente um jantar que ofereceu aos presidentesmines realsbetBrasil, Colômbia e Panamá e à vice-presidente da Argentina,mines realsbetsetembro, na semana da Assembleia-Geral das Nações Unidas,mines realsbetNova York.
Mas nem mesmo esse breve encontro decorreu sem contratempos. Durante a conversa com os outros governantes, Trump expressou seu "assombro" com a rejeição, pelos países da América do Sul,mines realsbetuma "alternativa militar" na Venezuela, e chegou a perguntar se eles estavam certos dessa decisão. O presidente dos EUA também teria surpreendido os convidados presentes commines realsbetdesinformação sobre temas regionais.
Da Casa Branca, Trump incrementou sanções econômicas contra altos funcionários da Venezuela e impôs sanções financeiras ao governomines realsbetNicolas Maduro, que classifica como uma "ditadura".
Mas Trump evitou, até o momento, o que seria um golpe bem mais duro para Maduro - aplicar um embargo petroleiro à Venezuela, como já foi sugerido pelo presidente argentino, Mauricio Macri, e o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro.
Defensores dos direitos humanos, como José Miguel Vivanco, da ONG Human Rights Watch, têm criticado Trump por silenciar diantemines realsbetabusos cometidos por outros governos emines realsbetirregularidades denunciadas na recente reeleição do presidentemines realsbetHonduras, Juan Orlando Hernández, um aliadomines realsbetWashington.
O presidente interrompeu ainda as conversas entre Estados Unidos e Cuba iniciadas por seu antecessor Barack Obama após meio séculomines realsbethostilidades entre os dois países.
Especialistas encaram todas essas medidas como respostas pontuais da Casa Branca à máximamines realsbetTrumpmines realsbetcolocar "os Estados Unidos sempremines realsbetprimeiro lugar", não como partemines realsbetuma política internacional clara e estratégica.
"O governo norte-americano não é visto como um sócio confiável pela América Latina", diz Oliver Stuenkel, professormines realsbetrelações Internacionais da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
"Os Estados Unidos não têm um projeto para a América Latina. Um diplomata brasileiro me disse que não sabem nem com quem falar."
Presença da China
A América é a região do mundo onde mais decaiu a imagemmines realsbetliderança dos Estados Unidos, conforme levantamento divulgado na semana passada pela Gallup, empresa americanamines realsbetpesquisasmines realsbetopinião. O percentualmines realsbetaprovação do continentemines realsbetrelação ao governo dos EUA passoumines realsbet49% no último anomines realsbetObama para 24% na gestãomines realsbetTrump.
A autoridade com cargo mais alto na hierarquia do governo norte-americano a visitar a América Latina no ano passado foi o vice-presidente, Mike Pence, mas Trump ainda não pisoumines realsbetqualquer país latinoamericano desde que assumiu a Casa Branca e poderá dar outro sinalmines realsbetindiferença se faltar à Cúpula das Américas, marcada para abril, no Peru.
O secretáriomines realsbetEstado dos EUA, Rex Tillerson, chamou a atenção pormines realsbetausência na Assembleia-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA),mines realsbetjunhomines realsbet2017,mines realsbetCancun, no México. O tema do encontro foi a crise na Venezuela.
Por outro lado, a China tem demonstrado crescente interesse pela América Latina, com três visitas do presidente Xi Jinping à região desde 2013 e reuniões como a realizada na segunda, no Chile, entre o chanceler chinês e ministrosmines realsbetrelações exteriores latino-americanos.
A China é o primeiro parceiro comercial do Brasil e segundo parceiro comercial da maioria das nações da América Latina. O peso relativo das importaçõesmines realsbetprodutos da região cresceu a partir do ano 2000, enquanto o dos Estados Unidos se reduziu. Investimentos e empréstimos chineses são vitais para países como a Venezuela.
Para alguns especialistas, a tendênciamines realsbetaumento da influência da China na região se acelerou com o governo Trump.
Luis Rubio, presidente do Conselho Mexicanomines realsbetAssuntos Internacionais, destaca que o distanciamento dos EUA também gera incentivos para que seja explorada uma aproximação comercial entre Brasil e México, o que antes era considerado "inconcebível".
"Todo mundo está vendo que (as negociações) com Washington estão mais complicadas, então estão surgindo outros tiposmines realsbetvínculos", diz Rubio.
As relações entre EUA e América Latina devem continuar esfriando nos três anos que faltammines realsbetgoverno Trump?
Provavelmente sim, avaliam especialistas, sobretudo por causamines realsbetduas questões sensíveis.
A primeira é a renegociação do Nafta. Esta semana se iniciamines realsbetMontreal uma nova rodadamines realsbetdiscussões entre os EUA, o México e o Canadá que pode ser crucial para salvar o tratado comercial ou causar um estremecimento do comércio entre países da América do Norte.
"O mais grave que já ocorreu na América Latina foi a mudançamines realsbetposicionamentomines realsbetTrumpmines realsbetrelação ao Nafta", aponta Rubens Barbosa, ex-embaixador brasileiromines realsbetWashington.
A segunda questão sensível é a possibilidademines realsbeto governo dos EUA começar a deportar centenasmines realsbetmilharesmines realsbetimigrantes latinos que perderam amparo legal nos últimos meses com decisõesmines realsbetTrump emines realsbetcujo futuro depende um pacto políticomines realsbetWashington.
"Pode piorar", adverte Shifter sobre a deterioração da relação entre EUA e América Latina. "É possível que ainda não tenhamos visto o ponto mais baixo da curva."
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