'Aos 12 anos, descobri que meu pai era um padre':como apostar na betway

Um dia,como apostar na betwaymãe lhe disse que seu pai era um professor universitário. "Mas, como eu era muito curiosa e desconfiada, sempre soube que tinha algo errado, que estava faltando alguma informação. Minha mãe tinha muito medocomo apostar na betwayrevelar a identidade do meu pai."

A revelação

Mas,como apostar na betway1990, quando Sarah tinha 12 anos,como apostar na betwaymãe tomou coragem e revelou a verdade. Seu pai não era professor. Era sim um padre católico, que vivia e trabalhavacomo apostar na betwayLondres.

"Eu pensei: isso é fantástico! Eu tenho certezacomo apostar na betwayque ele vai gostarcomo apostar na betwayme conhecer", lembra Sarah. Jácomo apostar na betwaymãe não estava tão certa disso.

Os paiscomo apostar na betwaySarah haviam se conhecido na Universidadecomo apostar na betwayLondres, na décadacomo apostar na betway1970. Enquantocomo apostar na betwaymãe estudava teologia, o pai se preparava para virar padre. Eles já estavam juntos havia dois anos, quando a mãecomo apostar na betwaySarah engravidou.

"Ela estava apaixonada por ele. E pensava que ele também a amava", fala Sarah. A expectativacomo apostar na betwaysua mãe eracomo apostar na betwayque o namorado desistisse da batina e se casasse com ela. Mas o paicomo apostar na betwaySarah ficou desconcertado quando soube da gravidez. Terminou o relacionamento e nunca mais falou a sós com a mãecomo apostar na betwaySarah - apenas na presençacomo apostar na betwayoutro representante da igreja.

Após a notícia da gravidez, um padre mais experiente sugeriu à mãecomo apostar na betwaySarah que ela se afastasse até que o bebê nascesse e, então, o desse para adoção. Mas ela se recusou a fazer isso. "Então, esse padre decidiu que o meu pai poderia assumir a batina desde que minha mãe e o bebê - eu, no caso - concordassemcomo apostar na betwaymanter sigilo". Por isso, a mãecomo apostar na betwaySarah não havia revelado nada sobre seu pai.

O paicomo apostar na betwaySarah foi então ordenado padre quando ela tinha cercacomo apostar na betwayum mêscomo apostar na betwayvida.

O encontro tão esperado

Quando Sarah manifestou a vontadecomo apostar na betwayse encontrar com seu pai,como apostar na betwaymãe começou a escrever para ele. Depoiscomo apostar na betwaydois anos, ele concordoucomo apostar na betwayconhecer a menina.

"Na minha ingenuidade, por assistir a programascomo apostar na betwaytelevisão com reencontroscomo apostar na betwayfamília,como apostar na betwayque as pessoas corriamcomo apostar na betwaydireção umas às outras, chorando, e depois ficavam amigas para sempre - era isso que eu achava que iria ocorrer", fala Sarah.

O pai padre levou um conselheiro católico para o encontro com Sarah, que tinha 14 anos na altura. A menina estava acompanhada do maridocomo apostar na betwayumacomo apostar na betwaysuas professoras. O arranjo do encontro deixou Sarah ainda mais desconfortável. "Eu cresci sem uma figura masculina. Então, eu não me sentia confortável entre homens e não sabia como agir entre eles".

"Eu vou sempre me lembrar desse dia. Eu me senti tão desajeitada. Passei a maior parte do encontro apenas olhando para os meus joelhos", recorda. "Eu praticamente não consegui falar nada,como apostar na betwaytão nervosa que estava. Todas as perguntas que planejei fazer desapareceram".

"Eu fui para o encontro pensando que nós seríamos melhores amigos, mas ele estava distante e frio". A última coisa que o paicomo apostar na betwaySarah falou para ela naquele dia foi que ele não poderia vê-la novamente pelos próximos quatro anos.

"Eu pensava que ele iria me amar. Então, quando nós realmente nos encontramos, o resultado foi que ele me disse nós não teríamos qualquer relação. Isso doeu".

Confidencialidade

Depois, Sarah descobriu que o pai enviava dinheiro paracomo apostar na betwaymãe, eventualmente. "Mas o dinheiro era acompanhadocomo apostar na betwaycartas que reforçavam a necessidadecomo apostar na betwaysigilo, dizendo coisas como 'se você algum dia falar sobre isso ou identificar quem é o pai, o dinheiro vai deixarcomo apostar na betwaychegar'".

"A partir daí, descobri os acordoscomo apostar na betwayconfidencialidade que outras mães tiveram que assinar, no qual a Igreja se compromete a dar dinheiro a elas desde que fiquem caladas e a criança não conheça a identidade do pai", conta.

Sarah, no entanto, procura ser compreensiva sobre a atitude do pai: "Para ser justa, meu pai acha que fez tudo o que pôde, o que estava ao alcance dele, por ser padre."

"Mas acho que as regras para os padres não são claras, e a forma como eles os ensinam a tratar os filhos é muito confusa. Não há como conciliar ser sacerdote celibatário com um filho, simplesmente não funciona", acrescenta.

Perto da morte

Quando tinha 20 anos, Sarah esteve à beira da morte. Escorregoucomo apostar na betwayum passeio na montanha e caiucomo apostar na betwayuma grande alturacomo apostar na betwayum pisocomo apostar na betwayconcreto. Após o acidente,como apostar na betwaymãe telefonou para o seu pai e disse: "Sarah pode morrer, venha aqui. Mas ele disse que não iria".

Sarah teve três fraturas cranianas, sangramento interno na cabeça, um pulmão colapsado, trauma hepático e um braço quebrado. Apesar da tragédia, ela acredita que esse foi um pontocomo apostar na betwayvirada nacomo apostar na betwayvida.

"Eu tive uma experiênciacomo apostar na betwayquase morte e percebi que eu não precisava ficar jogando esse jogo com o meu pai. Foi uma decisão delecomo apostar na betwaynão fazer parte da minha vida. Eu não queria mais me sentir rejeitada".

Começou então a estudar, viajar e trabalhar. Se casou e tem três filhos. Com eles, tem buscado ser o mais aberta o possível sobre o avô padre. "Contei para eles que o avô é padre, trabalhacomo apostar na betwayLondres, não é uma pessoa ligada à família e coloca o trabalhocomo apostar na betwayprimeiro lugar", diz ela.

Hojecomo apostar na betwaydia, ela troca cartas com o pai eventualmente, e ele costuma enviar dinheiro no aniversário dos netos.

"Mas quando alguém sempre coloca as próprias necessidades na frente das necessidades dos filhos, não te passa confiança. Você vai sempre se perguntar se ela não vai te machucarcomo apostar na betwaynovo", desabafa.

Filhoscomo apostar na betwaypadres

Em 2015, Sarah encontrou a Coping International, uma organizaçãocomo apostar na betwayajuda mútua para filhoscomo apostar na betwaypadres católicos. "Foi como ser atingida por um raio. Eu achava que eu era a única criança filhacomo apostar na betwaypadre no mundo", se recorda.

Agora, ela está estudando sobre o assunto na Open University. "Quero mostrar que há milharescomo apostar na betwayfilhoscomo apostar na betwaypadres ao redor do mundo e ninguém sabe nada sobre eles. Estão desamparados e à mercê dessa instituição (Igreja Católica) e isso não é certo".

Depois disso, Sarah já conheceu cercacomo apostar na betway100 filhoscomo apostar na betwaypadres,como apostar na betwaydiferentes países, e acredita que existam muito mais. Todos têm experiências comuns. "O sigilo é algo corriqueiro - as pessoas falam que são encorajadas a mentir para manter seus paiscomo apostar na betwaysegredo". Pagamentos feitos pela Igreja e crisescomo apostar na betwayidentidade entre os filhos também são frequentes.

Tendo sido criada como católica, Sarah não consegue entender porque é aceitável que seu pai, um homem que prega sobre a importância da família ecomo apostar na betwayamar o próximo, se comportecomo apostar na betwaymaneira contrária a esses preceitos nacomo apostar na betwayvida privada.

Um porta-voz da Conferência dos Bispos Católicos da Inglaterra e Wales afirmou: "Nessas circunstâncias, que são muito pessoais e particulares, todos os bispos da Inglaterra e Wales podem discernir sobre a melhor forma para um padre que seja paicomo apostar na betwayuma criança assumir suas responsabilidades. Estamos dispostos a nos encontrar com qualquer pessoa na diocese cujo pai seja um padre".

Sarah acredita que a Igreja Católica, que proíbe padrescomo apostar na betwayse casarem e terem relações sexuais - deveria tornar o celibato opcional.