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O que deve fazer uma 'au pair' e por que esse trabalho está sendo considerado por alguns como escravidão moderna:bet365 cadastro 2020
Rosie Cox, da Birbeck, Universidadebet365 cadastro 2020Londres, defende há anos que sejam tomadas medidas para evitar que essas jovens sejam exploradas.
Ainda que não existam números oficiais, Cox estima que podem existir cercabet365 cadastro 2020100 mil au pairs trabalhando somente no Reino Unido, e que cercabet365 cadastro 202075% delas vivembet365 cadastro 2020Londres.
Ela afirma que o sistemabet365 cadastro 2020trabalho nessa área se tornou um "vale tudo" na última década, com a expansão da União Europeia.
A especialista avalia que as trabalhadoras costumavam ter um pouco maisbet365 cadastro 2020proteção na épocabet365 cadastro 2020que o governo britânico exigia vistosbet365 cadastro 2020trabalho para aquelas que vinhambet365 cadastro 2020países não pertencentes ao bloco europeu.
Mas desde que essa regra mudou, diz Cox, "ninguém está se responsabilizando pela segurança das au pairs".
O governo britânico tem defendidobet365 cadastro 2020posição. Por meiobet365 cadastro 2020um porta-voz, afirma que o programa é uma "oportunidadebet365 cadastro 2020experimentar a cultura estrangeira enquanto se ajuda uma família com seus filhos e o trabalho doméstico leve".
E acrescentou: "Se uma au pair for vítimabet365 cadastro 2020escravidão moderna, o que inclui trabalho forçado ou obrigatório, escravidão, servidão ou tráfico humano, isso deve se reportado à polícia imediatamente".
Fim das recomendações
A maioria das au pairs no Reino Unido vêm da própria Europa - boa parte da Espanha. Elas e as famílias costumam se conhecer por meiobet365 cadastro 2020agências ou sites.
Mas não existe nenhuma regulamentação que controle o trabalho destas agências. E muitas trabalhadoras denunciaram maus-tratos e cargasbet365 cadastro 2020trabalho excessivas por parte das famílias anfitriãs.
"Com a decisãobet365 cadastro 2020eliminar os vistos, criaram essa zonabet365 cadastro 2020vazio regulatório das au pairs. Foi um equívoco", opina Cox.
A especialista argumenta que, sob a vigência do sistema atual, tanto essas trabalhadoras quanto as famílias que as empregam estãobet365 cadastro 2020risco, uma vez que não se pede antecedentes criminais a nenhuma das partes.
"Você pode ter, por exemplo, sido condenado por abuso sexual e ainda assim receber uma au pair nabet365 cadastro 2020casa", exemplifica.
Ela acredita que as autoridades precisam estabelecer uma definição clara sobre o que é uma au pair, quais são suas funções e quais regulações devem ser aplicadas às agências que as gerenciam.
"Essas empresas precisam ser responsabilizadas pelas situações que criam", acrescenta.
'Desconfortável e insegura'
Embet365 cadastro 2020primeira experiência como au pair no Reino Unido, Ellie (nome fictício) foi trabalhar para uma família no sudeste da Inglaterra.
A jovem diz que se viubet365 cadastro 2020uma casa onde "os filhos eram violentos, pois viam a mãe sendo violenta com o pai".
"Eu fiquei muito desconfortável e insegura. A mãe gritava o tempo todo", conta.
Além disso, a jovem relata que tinhabet365 cadastro 2020executar tarefas que iam muito além do seu dever como au pair. Os pais ainda a faziam trabalhar nos finaisbet365 cadastro 2020semana, mesmo após terem dito que esses dias seriam livres.
Ellie afirma ter acreditado que trabalharia entre 30 e 40 horas semanais, mas que acabou chegando a 70: começava às 6h e terminava somente às 20h ou 21h.
"Quando você é uma au pair, você espera que a família te acolha como se fosse parte dela. Não que te trate como uma escrava doméstica."
'Te pago muito e você não faz nada'
Isabella (nome fictício) também relata ter tido uma péssima experiência ao ser recebidabet365 cadastro 2020uma casabet365 cadastro 2020Londres, ondebet365 cadastro 2020função seria cuidar da limpeza e das crianças.
"No começo, a mãe me disse: 'Você é parte da família, não se preocupe'. Mas duas semanas depois o tratamento era outro: 'Te pago muito e você não faz nada'."
A jovem conta que acabou trabalhando maisbet365 cadastro 202012 horas por dia, inclusive nos finaisbet365 cadastro 2020semana.
E que não encontrou muita compreensão nos momentosbet365 cadastro 2020que enfrentava dificuldades.
"Ela me disse: 'Eu sou uma mãe, então entendo que você queira falar com a sua. Mas não pode fazer isso enquanto está trabalhando para mim'", diz.
"Ela me assustou. Depoisbet365 cadastro 2020duas semanas, fugi para um hostel."
Boas experiências
Mas nem todas as histórias são traumáticas - há muitos casosbet365 cadastro 2020que a experiência é boa para os dois lados.
Anna Souto,bet365 cadastro 202025 anos, viajou da Espanha para o Reino Unidobet365 cadastro 2020setembro, após encontrar a família anfitriãbet365 cadastro 2020um site e conversar com ela via chat.
"Desde meu primeiro minutobet365 cadastro 2020Londres, senti que era parte da família. Eles são realmente muito gentis comigo."
Anna diz que consegue ter bastante tempo livre.
"As crianças são amorosas comigo, é muito fácil cuidar delas. Estão sempre me pedindo um abraço."
Maggie Dyer, que gerencia uma empresa responsável por alocar aspirantes a au pairbet365 cadastro 2020famílias, afirma que muitas jovens não se dão conta dos riscos que correm ao decidir viver com uma família que não conheciam antes.
"Elas chegam sozinhas aqui. Logo, estão muito vulneráveis", diz.
"Conheci uma menina que veio com a promessabet365 cadastro 2020morar com um casal e seus filhosbet365 cadastro 2020Londres. Mas quando chegou ao aeroporto, uma pessoa a levou para a periferia da cidade. Ali ela se deu contabet365 cadastro 2020que não havia esposa. Era só o homem e seus filhos."
Dyer relata que muitas candidatas a procurambet365 cadastro 2020buscabet365 cadastro 2020uma nova família depoisbet365 cadastro 2020terem passado por uma situação difícil.
"Algumas delas trabalham o tempo todo. São maltratadas pelas famílias. Soubebet365 cadastro 2020uma menina que vivia trancada, não a deixavam nem sequer ir para suas aulasbet365 cadastro 2020inglês."
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