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'Talvez um dia sejam encontrados, todos barbudos,h betuma ilha': a esperança das famíliash bettripulantes do submarino ARA San Juan:h bet
"Tenho muita fé que ele voltará e voltará bem. Meu coração diz isso. E ninguém consegue derrubar essa minha certeza, apesar das más notícias seguidas que tivemos nos últimos dias", disse ela à BBC Brasil, falando dah betcasah betMar del Plata.
Os dois eram amigos do colégio, conta, quando um dia se apaixonaram e decidiram casar e ter filhos. "Às vezes, é difícil, claro, mas quando penso nele, na garra que ele tem, volto a ter certezah betque tudo acabará bem", disse Gabriela.
Ela contou que tem conversado com as mulheresh betoutros marinheiros, e que não todas são otimistas como ela. "Algumas estão muito tristes. Mas eu digo: 'tenhamos fé, eles estão bem e vão voltar'."
Quando o filhoh bettrês anos pergunta pelo pai, ela responde que ele está "no fundo do mar". A criança sabe que Esteban García é submarinista - um sonho antigo que passou a realizar nos últimos dois anos, depoish betuma década na Marinha argentina.
A família do marinheiro Hernán Rodríguez tampouco desistiuh betesperá-lo, como contou à BBC Brasil, por telefone, o irmão Claudio Rodríguez.
"Nós estamos aqui, todos juntos, eu, minha mãe, meus primos, minha cunhada, meu sobrinho e afilhado, que é filho dele (de Hernán), com a maior esperança. O último que vamos perder é a esperança", disse.
Ele justificou o sentimento dizendo que, enquanto o submarino ARA San Juan não for encontrado, seu irmão será esperado - e vivo. O filhoh betHernán, Francisco, tem 17 anos, é maratonista "e também espera pelo pai", contou Claudio.
"Às vezes a dor é grande, a impaciência também, mas a esperança não morre. Temos esperançah betque ele será encontrado eh betque ele está bem, até porque o submarino ainda não foi localizado. Ou seja, na nossa certeza, ele continua viajando no submarino e esperando ser localizado."
Vigília
No fimh betsemana, dezenash betargentinos se reuniram às margens da praiah betComodoro Rivadavia, na região da Patagônia, no sul do país, para demonstrar apoio às equipes dos maish betdez países que participam da operaçãoh betresgate do submarino.
Com bandeiras da Argentina, eles chegaram ao lugar após informações que circularam nas redes sociais. É dali, do porto localizado a cercah bet1,7 mil quilômetrosh betBuenos Aires, que estão partindo navios, aeronaves e robôsh betbusca do submarino, que foi fabricado na Alemanha e chegou na Argentinah bet1985.
Ex-tripulante do submarino ARA San Juan, Horacio Tobías disse à BBC Brasil que um milagre poderia salvar os 44 tripulantes - a maioria do interior da Argentina.
"Você acreditah betDeus? Se o submarino caiu a até 600 metros e a explosão foi na parteh betcima, onde normalmente estão todos, e alguém estava embaixo nas máquinas, por algum motivo, pode ter sobrevivido."
Neste caso, afirmou, a reservah betoxigênio poderia render até maish betdez ou quinze dias além do previsto, uma que haveria menos gente consumindo esse ar.
"Existem máscarash betoxigênio no submarino", acrescentou. "Mas se o submarino caiu abaixo dessa profundidade, é mais difícil (que existam sobreviventes) por causa da pressão do mar."
Engenheiro naval, Tobías fala português. Morou no Brasil para trabalhosh betcooperação entre a Marinha argentina e a brasileira e tem uma filha carioca, batizadah betMaria Marh bethomenagem ao ambienteh bettrabalho do pai.
Marinheiro por trinta anos, ele acha que o "São João" ('San Juan') já fez "pelo menos um milagre": oh betunir países com trajetóriash betdisputas na operaçãoh betresgate do submarino no Atlântico Sul.
Ele refere-se a Grã-Bretanha e Argentina, que travaram uma guerrah bet1982 pelas Ilhas Malvinas, ao Chile e Peru, que disputaram a Guerra do Pacífico, no século 19, e aos Estados Unidos e a Rússia, inimigos dos tempos da Guerra Fria. "O São João fez o milagreh betunir antigos inimigos", disse.
Mais uma vez perguntado sobre a possibilidadeh betos 44 tripulantes ainda serem encontrados com vida, o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, disse no fimh betsemana que eles poderiam estar tendo uma "sobrevida", mesmo queh betcondições difíceis.
A missão americana que faz parte da operaçãoh betresgate carrega 44 salva-vidash betumh betseus veículos, movidos a controle remoto, que chegariam ao fundo do mar.
Nesta segunda-feira, o navio norueguês Sophie Siem teria chegado à área onde o submarino estaria, segundo a última comunicação que realizou e onde ocorreu uma explosão duas horas depois daquele contato.
O navio da Noruega levou um minissubmarinoh betresgate da Marinha dos Estados Unidos, que chega a 600 metrosh betprofundidade, pode transportar até 16 pessoas e transporta os salva-vidas e mudash betroupas secas.
Aos poucos
O ARA San Juan iniciouh betviagem no dia 31h betoutubroh betUshuaia, na Patagônia. O que ocorreu entre a noite do dia 14h betnovembro, quando teria sofridoh betprimeira avaria, e o dia seguinte, 15h betnovembro, quando fezh betultima comunicação, está vindo à tona ao poucos.
Na noiteh bet14h betnovembro, o capitão Pedro Fernández teria informado à base sobre um curto-circuito. No dia seguinte, às 7h30 da manhã, ele teria avisado que o problema tinha sido resolvido. E três horas depois, por volta das 10h30, teria ocorrido uma explosão na região onde a embarcação estava, como foi detectado dias depois.
Na noite desta segunda-feira, outra comunicação veio à tona. No dia 15, o capitão teria informado sobre a entradah betágua do mar por sistemah betventilação no tanqueh betbaterias número 3, que ocasionou um curto-circuito e principioh betincêndio na área das baterias.
"Eles corrigiram isso, isolaram a bateria e navegaram com outro circuito", afirmou o porta-voz da Marinha argentina, Enrique Balbi. Segundo ele, após o incidente o submarino recebeu ordens para voltar àh betbase,h betMar del Plata. Mas desapareceu.
Antesh betembarcar no ARA San Juan, que oficialmente fazia trabalhosh betrotina, fiscalizando barcos ilegaish betpesca, Fernández tinha dito à mãe que essa seriah betúltima viagem como submarinista.
A Marinha argentina tem sido criticada por não ter enviado ajuda ao submarino imediatamente após a notificaçãoh betproblemas. O argumento do órgão, que tem sido repetido por seu porta-voz, é oh betque foram respeitadas as 36 horas após a última comunicação, exigidas por protocolos internacionais, antes do pedidoh betajudah betoutros países.
Familiares menos esperançosos apontam o que veem como "abandono" do setor como justificativa para o que aconteceu com o San Juan, como afirmou Itati Leguizamón - para quem seu marido, Germán Oscar Suárez, não voltará mais.
A operaçãoh betbusca do submarino não tem data para terminar, segundo a Marinha, e no próximo dia 5 está prevista a chegadah betum equipamento russo com capacidade para chegar a até 6 mil metrosh betprofundidade,h betacordo com o porta-voz Balbi.
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