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Os detalhes ainda nebulosos sobre o assassinatoblackjack asJFK:blackjack as
Glover decidiu seguir o carro, que já virava a esquina, para acompanhar cada segundo da passagem do casal por Dallas. "E aí a cabeça dele simplesmente explodiu", conta.
Ela disse ablackjack asmãe que alguém tinha soltado fogosblackjack asartifício no carro, "mas, no fundo, sabia a verdade".
Horas depois, Lee Harvey Oswald foi preso pelo assassinato do presidente. Mesmo assim, o episódio alimentou inúmeras teorias sobre uma possível conspiração para pôr fim ao governo democrata,blackjack asmeio à Guerra Fria.
Hoje, 54 anos depois, Glover é uma das que acreditam que ainda há muitas perguntas a serem respondidas sobre o caso - incluindo até mesmo a possibilidadeblackjack asque um segundo atirador tenha colaborado com Oswald.
"Eu acreditoblackjack asfatos. Fui para um congresso sobre JFK que tinha muitos conspiracionistas. Algumas daquelas teorias são completamente malucas", admite. "Mas há investigadores sérios que ainda têm dúvidas."
Assassinatosblackjack assequência
John Fitzgerald Kennedy, o 35º presidente dos Estados Unidos, foi morto a tiros enquanto desfilava com a primeira-damablackjack asuma limusine aberta.
O então governador do Texas John Connally, que estava sentado diante do presidente no carro, ficou ferido, mas sobreviveu.
Uma hora depois, o policial texano JD Tippit também foi morto a tiros. Eblackjack asseguida, policiais prenderam Lee Harvey Oswald, que teria atirado no presidenteblackjack asum edifício no trajeto do desfile.
Cercablackjack as12 horas depois do assassinato, Oswald foi acusadoblackjack asmatar Kennedy e JD Tippit.
Mas no dia seguinte, 24blackjack asnovembro, o próprio Oswald foi morto a tiros no departamentoblackjack aspolíciablackjack asDallas por Jack Ruby, um donoblackjack asbar local, que assistia ablackjack aschegada. Sua morte foi registrada ao vivo na televisão.
Ruby foi condenado à morte pelo assassinatoblackjack asOswald. Ele chegou a apelar para a Justiça, mas morreublackjack ascâncerblackjack as1967, antesblackjack asconseguir um novo julgamento.
Explicação oficial
Uma semana depois da morteblackjack asKennedy, com o país aindablackjack aschoque, o presidente Lyndon B. Johnson criou a chamada Comissão Warren para investigar o caso.
O relatório da comissão (que pode ser lido aqui,blackjack asinglês) foi publicadoblackjack assetembro do ano seguinte, e dizia que os tiros vieram da janela do 6º andar do Texas School Book Depository, um depósitoblackjack aslivros escolares que ficava na praça Dealey.
Aindablackjack asacordo com os investigadores, os tiros foram realmente disparados por Oswald e "não havia provasblackjack asque Lee Harvey Oswald ou Jack Ruby fossem parteblackjack asqualquer conspiração, doméstica ou estrangeira".
Nos anos seguintes, especialistas continuaram a se debruçar sobre o caso. Em 1968, uma equipeblackjack asmédicos "corroborou as conclusões médicas da Comissão Warren".
Em 1975, uma segunda comissão, a Rockefeller, disse não ter encontrado "provas aceitáveisblackjack asnenhum envolvimento da CIA" no assassinato do democrata.
Eblackjack as1979, um relatório do Comitê sobre Assassinatos da Câmara dos Deputados americana reiterou as conclusões da comissão Warren, mas afirmou que havia "uma alta probabilidadeblackjack asque dois atiradores tenham alvejado o presidente Kennedy".
A nova afirmação voltou a dar combustível para os conspiracionistas: quem seria o segundo atirador? De quem teria sido o plano?
Mas nenhum fato novo foi divulgado até que,blackjack as1992, uma lei aprovada pelo Congresso transferiu todos os registros do caso - cercablackjack as5 milhõesblackjack aspáginas - para o Arquivo Nacional dos EUA.
Cercablackjack as88% desses documentos são abertos, mas 11% tiveram "informações sensíveis" removidas e 1% são completamente confidenciais. Pelo menos até esta quinta-feira.
De acordo com a lei, todos os documentos deveriam ser divulgados 25 anos depoisblackjack asseu arquivamento, a não ser que o presidente americanoblackjack asexercício o proíba.
Teorias
Como Toni Glover, muitos acreditam que havia um segundo atiradorblackjack asum canteiro pelo qual o carro do presidente passou. Glover acha que ele poderia estarblackjack asuma das margens da avenida.
"Há provas razoavelmente substanciais. Elas têm alguma validade", afirma a professora universitária.
Já Jefferson Morley, ex-repórter do jornal Washington Post que escreveu diversos livros sobre o episódio, também "tende a duvidar" que Oswald atiroublackjack asJFK. Para ele, é mais provável que o tiro fatal tenha atingido Kennedy pela frente e não pelas costas.
"Quando se assiste à a cena, dá para ver que (os pedaços da) cabeça dele voam para trás. Sei que existe uma teoriablackjack asque, se você for atingido pelas costas por uma bala, a cabeça se moveriablackjack asdireção à fonte do tiro, mas isso não parece uma explicação provável do pontoblackjack asvista do senso comum. Parece mesmo um tiroblackjack asfrente", afirma.
Morley, no entanto, diferencia seu trabalho das teorias da conspiração: "Eu nunca escrevi sobre essas teorias. Eu só relato fatos novos sobre o assassinato".
O ex-repórter também diz ter outras razões para duvidar da explicação oficial sobre o crime. Um testeblackjack asparafina feito na bochechablackjack asOswald depois que ele foi preso teria mostrado que não havia marcas deixadasblackjack asalguém que atirou com um rifle.
Mas vale ressaltar que, desde então, a validade do teste foi questionada.
John Connally, o ex-governador do Texas que estava no carro, diz que não foi atingido pela mesma bala que matou Kennedy, o que contradiz o relatório da Comissão Warren.
"Sabemos, sem dúvida, que a história que conhecemos é falsa. Essa históriablackjack asque esse cara, Oswald, sobre quem ninguém sabia coisa alguma, apareceu do nada e matou o presidente", afirma Morley.
"Oswald já estava sendo monitorado pela equipeblackjack ascontrainteligência da CIA quatro anos antes -blackjack asdezembroblackjack as1959, quando abriram o primeiro arquivo sobre ele, até novembroblackjack as1963."
O que os novos documentos podem revelar?
Thomas Whalen, escritor e professor da Universidadeblackjack asBoston, acredita que Oswald foi realmente o responsável pela morteblackjack asJFK.
"De um modo geral, os historiadores acreditam que ele era o assasino. Mas a pergunta é: ele estava envolvidoblackjack asuma conspiração maior?"
A Comissão Warren afirmou, na época, que Oswald agiu sozinho, mas agregou que ele tinha viajado para a União Soviéticablackjack as1959 e morado lá até 1962. Ele tentara, sem sucesso, conseguir a cidadania soviética.
Os investigadores também descobriram que Oswald, que se dizia marxista, visitou as embaixadasblackjack asCuba e da Rússia na Cidade do Méxicoblackjack assetembroblackjack as1963, dois meses antes do assassinato.
Os documentos confidenciais, segundo Whalen, poderiam esclarecer melhor as circunstâncias dessa viagem. Ele teria visitado agentesblackjack asinteligência cubanos e soviéticos?
"Fidel Castro (ex-líder cubano) certamente tinha motivos para querer matar Kennedy. Nós - o governo americano - também estávamos tentando matá-lo."
Já Bruce Miroglio, advogado californiano que diz ter lido "milharesblackjack aslivros" sobre Kennedy, não acredita que os documentos causem reviravoltas no caso.
"Eu estou, inclusive, sentado no meu escritório lendo novamente os 26 volumes do relatório da Comissão Warren", garante, ao falar por telefone com a BBC.
Para ele, apesarblackjack aster "cometido erros", o relatório está correto.
"O númeroblackjack aspessoas que teriam que estar envolvidas numa operação para encobrir o assassinato é tão imenso que seria quase impossível manter algo tão bombástico escondido por tanto tempo", afirma.
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