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'Abalou minha fé na humanidade': fotocasa deapostarinoceronte morto para roubocasa deapostachifre vence concurso:casa deaposta
"O meu primeiro filho nascerácasa deapostafevereiro, eu tenho 48 anos. E eu acho que demorei tanto tempo (para ter filhos) porque eu meio que perdi a fé na humanidade com o trabalho que chamamoscasa deapostafotojornalístico. Vocêcasa deapostacerta forma perde a fé na humanidade."
Stirton, que recebeu o prêmiocasa deapostauma festacasa deapostagala no Museucasa deapostaHistória Natural, acredita que por trás do crime da foto provavelmente estão pessoas locais trabalhando sob ordenscasa deapostaoutros.
É uma prática comum vender os dois chifres do animal a um intermediário. Essa pessoa então trafica a mercadoria para fora da África do Sul, muito provavelmente por Moçambique, para a China ou o Vietnã.
Nesses países asiáticos, o chifrecasa deapostarinoceronte é extremamente valorizado - comparável a ouro.
O negócio se baseia na crença, sem base científica,casa deapostaque o chifre - que é feito do mesmo material que as unhas dos pés - pode curar tudo,casa deapostacâncer a pedra nos rins.
"Para eu vencer isso, para o júri reconhecer esse tipocasa deapostafoto, isso ilustra que estamos vivendocasa deapostaum momento diferente agora, que isso é uma questão real. A sexta eracasa deapostaextinção é uma realidade e os rinocerontes são apenas um entre as muitas espécies que estamos perdendocasa deapostauma velocidade acelerada, e eu sou muito grato à escolha do júri porque dá uma outra plataforma para essa questão", disse Brent Stirton à BBC.
Lewis Blackwell, presidente do júri, disse que a imagem do rinoceronte teve um impacto arrebatador sobre o grupo: "as pessoas podem ficar enojadas ou horrorizadas - mas (a foto) te fisga e você quer saber mais, você quer saber a história por trás. E você não pode escapar disso, ela te confronta com o que está acontecendo no mundo".
Desjejum do gorila
A fotocasa deapostaum jovem gorila comendocasa deapostafrutacasa deapostacafé da manhã foi a vencedora da categoria Jovem Fotógrafo da Vida Selvagem.
Ela foi registrada pelo holandês Daniel Nelson, que entrou na categoriacasa deapostafotógrafos com idade entre 15 e 17 anos.
O gorila tem cercacasa deapostanove anoscasa deapostaidade e é chamadocasa deapostaCaco pelos cuidadores. Eles levaram o jovem para ver o animal no Parque Nacionalcasa deapostaOdzala, na República do Congo.
O gorila-da-planície, que vive nas florestas tropicais da África central e ocidental, é uma espécie correndo sério riscocasa deapostaextinção. O númerocasa deapostaanimais está sendo diminuído pela caça ilegal, doenças (principalmente o ebola) e perdacasa deapostahabitat para minas e plantaçõescasa deapostapalmeiras.
Daniel, que agora tem 18 anos, disse que ficou sabendo do prêmio aos seis.
"Fiquei imediatamente inspirado e desde então minhas paixões na vida estão relacionadas à vida selvagem, fotografia e conservação."
Algumas das outras fotos vencedorascasa deapostadiferentes categorias do concurso
Esta imagem se chama casa deaposta Contemplação e foi tirada por Peter Delaney (Irlanda/África do Sul). É a vencedora da categoria Retratocasa deapostaAnimais, e retrata um chimpanzé descansandocasa deapostauma floresta no Parque Nacional Kibale,casa deapostaUganda.
Delaney, que é natural da Irlanda, diz que foi difícil fazer o registro, uma vez que os chimpanzés estavam muito agitados. Por maiscasa deapostauma hora, o animal da foto, conhecido como Totti, posou, gesticulou e emitiu sons para atrair a atençãocasa deapostauma fêmea, mas nada deu certo.
Foi apenas quando o chimpanzé desistiu do amor não correspondido que o fotógrafo conseguiu retratá-lo.
"Ele se deitou para trás, mãos atrás da cabeça, e descansou por um momento, como se sonhasse sobre o que teria acontecido", diz.
casa deaposta Surpresacasa deapostacaranguejo é o título dessa fotocasa deapostaJustin Gilligan (Austrália). É a vencedora na categoria Invertebrados e mostra um polvo-maori - o maior do tipo no hemisfério sul - escolhendo o que comercasa deapostaum campocasa deapostacaranguejos-aranha-gigantes no litoral leste da Tasmânia, na Austrália.
Tony Wu (Estados Unidos) batizou essa fotocasa deaposta casa deaposta Encontro Gigante. É a vencedora da categoria Comportamento: Mamíferos. Tony é especialistacasa deapostabaleias cachalotes. Esse enorme e raro encontro foi fotografado no litoral nordeste do Sri Lanka.
Os cachalotes tiveram dois terçoscasa deapostasua população dizimada no auge da caça contra esse animal no século 20. Em 1986, a pesca dessa espécie foi proibida.
Sendo assim, um encontro como o retratado por Wu pode ser "um sinalcasa deapostaque essas populações estão se regenerando", diz ele, que vem estudando e fotografando essas baleias há 17 anos.
Segundo Wu, o contato entre os cachalotes faz parte da vida social desse animal, mas também facilita a eliminaçãocasa deapostapele morta. Por causa disso, a água estava repletacasa deapostapequenos pedaçoscasa deapostapele.
Esta foto pouco comum chama-se casa deaposta O Monstro do Gelo. Laurent Ballesta (França) fotografou a cena nas águas da região leste da Antártida, perto da base científica francesa Dumont d'Urville. Ela mostra a partecasa deapostabaixocasa deapostaum iceberg e, na verdade, traz um mosaicocasa deapostavárias imagens coladas juntas. É a vencedora da categoria 'Ambientes da Terra'.
casa deaposta Sobreviventes das palmeiras é o trabalhocasa deapostaBertie Gekoski (Reino Unido/Estados Unidos) - vencedor da categoria Fotojornalistacasa deapostaVida Animal: Imagem Única. Foi tiradacasa deapostaSabah, na ilhacasa deapostaBorneo. Três geraçõescasa deapostaelefantes são vistas transitandocasa deapostauma plantaçãocasa deapostapalmeiras que está sendo retirada para replantação.
A indústriacasa deapostapalmeiras reduziu e fragmentou o habitat desses animais. Quando eles começam a entrar nessas plantações é comum que eles sejam baleados ou envenenados, diz Bertie.
casa deaposta A garra das gaivotas foi registrada por Ekaterina Bee, da Itália. Ela é a vencedora na categoria "menoscasa deaposta10 anoscasa deapostaidade". A menina, que tem cinco anos, conseguiu registrar a pose dessas aves ao jogar um poucocasa deapostapão para elas. Durante um passeiocasa deapostabarco na costa da região central da Noruega, seu foco não era as águias-rabalvas, mas a nuvemcasa deapostagaivotas-prateadas que acompanhavam a pequena embarcação desde o porto.
Elas estavam atráscasa deapostacomida, e logo que Ekaterina lhes jogou um poucocasa deapostapão, foi cercada. A menina diz que ficou com um poucocasa deapostamedo, mas logo depois ficou completamente absorvida pela atmosfera e passou a fotografá-las. Sobrecasa deapostafoto, ela comenta: "A gaivota parece bastante curiosa, como se quisesse entender o que estava acontecendo no barco".
Batizadocasa deaposta casa deaposta O Invasor Noturno, este registrocasa deapostaum tamanduá invadindo um cupinzeiro durante à noite foi feito pelo brasileiro Marcio Cabral e lhe rendeu o prêmiocasa deapostamelhor fotografiacasa deaposta"Animaiscasa deapostaSeus Ambientes".
Durante três estações, Cabral acampou no Parque Nacional das Emas,casa deapostaGoiás, esperando pelas condições ideais para capturar as luzes verdes emitidas por larvascasa deapostaum besouro que vivem nas camadas externas dos cupinzeiros para atrair suas presas, os cupins.
O fenômeno ocorre durante o períodocasa deapostareprodução do inseto, quando os cupins tomam os céus para acasalar.
Depoiscasa deapostadiascasa deapostamuita chuva, Cabral finalmente conseguiu retratar a cena e acabou ganhando um bônus. Da escuridão apareceu um tamanduá gigante e começou a atacar o cupinzeiro com suas poderosas garras.
Protegido das picadas por seu pelo longo ecasa deapostapele borrachuda, o animal extraiu os cupins comcasa deapostalíngua excepcionalmente longa e pegajosa.
Tamanduás costumam ter visão limitada, mas são dotadoscasa deapostaum faro apurado para localizar insetos. Por sorte, o vento estava a favorcasa deapostaCabral, e o tamanduá permaneceu no local durante muito tempo para que conseguisse registrar a foto.
O fotógrafo usou uma objetiva grande-angular para incluir a paisagem, flash baixo e um tempocasa deapostaexposição longo para capturar as estrelas e o showcasa deapostaluzes.
A neve espessa cobriu o Parque Nacionalcasa deapostaYellowstone, no Vale Lamar, e o dia estava frio e nublado. Esta raposa-vermelha fêmea estava caçando ao lado da estrada, pisando silenciosamente na superfície gelada.
De temposcasa deapostatempos, ela parava, olhava, balançavacasa deapostacabeçacasa deapostaum lado para o outro e ouvia atentamente o movimento das presas - emcasa deapostamaioria, ratos-do-campo.
Quando a raposa ficou paralela ao carrocasa deapostaScully, parou, ouviu, agachou-se, e então tomou forte impulso, aterrissando na neve fofa, primeiro patas dianteiras e focinho. O animal permaneceu ali por dez segundos, balançandocasa deapostacauda para frente e para trás até usar suas patas traseiras para sair do buraco.
Scully, que fotografa raposas há muitos anos, a maioria pertocasa deapostasua casa, capturou toda a sequência. "Foi engraçado ver isso, mas também uma liçãocasa deapostahumildade observar o esforço que a raposa fez para se alimentar. Eu realmente queria que ela fosse bem-sucedida", diz.
Infelizmente, a raposa não teve sorte. Mas a imagem, acrescenta Scully, "ilustra a realidade dura da vida no invernocasa deapostaYellowstone".
O WPY (Wildlife Photographer of the Year, ou Fotógrafocasa deapostaVida Selvagem do Ano) é um dos concursoscasa deapostamaior prestígio no mundo da fotografia.
Ele foi criadocasa deaposta1964 pelo que então virou a BBC Wildlife Magazine, aumentoucasa deapostaescala e este ano aceitou 48 mil envioscasa deaposta92 países. A competição atual é organizada pelo Museucasa deapostaHistória Naturalcasa deapostaLondres.
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