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'Estou cansadocomer carne humana': suspeitoscanibalismo são presos na África do Sul:
O homem levou a polícia acasa, onde foram achadas seis orelhas humanasuma panela. Acredita-se que seriam servidas aos seus clientes, a quem foi dito que tinham propriedades mágicas e trariam dinheiro, poder e proteção.
Diversas outras partescorpos humanos foram encontradosuma maleta.
RoupasHlatshwayo ensanguentadas e rasgadas também foram achadas na casa. As vestimentas foram identificadas pela família da vítima - a polícia ainda está esperando pelos resultadosexamesDNA para confirmar que sãofato da mulher.
Sua família ainda não a enterrou. Quando entrei na residência dos Hlatshwayo, uma canção solene e sonschoro ecoavam pelo local.
"Imaginamos apenas como ela implorou porvida e teve uma morte muito dolorosa", disseirmã mais velha, Nozipho Ntelele, enquanto limpava as lágrimas do rosto.
"Suas roupas estavam cobertas por grama e sujeira, uma indício claroque ela lutou para tentar se salvar."
Cheiro putrefato
O curandeiro viviaum casebre e tinha como apelido "Mkhonyovu", o que,uma tradução livre, significa "o corrupto ou corrupção" no idioma zulu.
Ele havia alugado a casaPhilani Magubane, cujo irmão foi preso por ser supostamente um cúmplice do curandeiro.
"Fiquei chocado ao saber que meu irmão mais novo tinha acreditado nas histórias contadas pelo curandeiro - ele prometia fortunas às pessoas, mas era tão pobre quanto eu", me disse Magubane.
Ele afirmou que um dos seus inquilinos reclamou com ele do cheirocarne estragada que vinha da casa vizinha.
"Mkhonyovu só se mudou para a casa há dois meses. Não tinha ideiaque ele mantinha restos humanos aqui, porque não vivo nesse local", disse.
Magubane afirmou não acreditar que seu irmão, junto a três outros jovens, foram convencidos pelo curandeiro a atuar para ele. O trio vinha enfrentando dificuldades para conseguir um trabalho.
O homem teria supostamente pedido aos jovens para abrir covas no meio da noite para que ele pudesse fazer feitiços conhecidos localmente como "muti".
Confissão
Mthembeni Majola, um político local, convocou uma reunião comunitária logo após a primeira audiência dos suspeitoscanibalismo.
"A maioria dos moradores estavachoque com isso e agora vive com medo", afirmou ele, antesacrescentar que outros, porém, não se surpreenderam.
"Alguns confessaram ter se consultado com o curandeiro e comido carne humana cientesque estavam fazendo isso. Mas o que nos deixou com mais raiva é o quão crédulas as pessoas são."
Segundo o político, muitos dos clientes do curandeiro eram ladrõesanimais a quem foi dito que se tornariam invencíveis - e até mesmo invulneráveis às balas da polícia - ao praticar o canibalismo.
Phepsile Maseko, da OrganizaçãoCurandeiros da África do Sul, condenou esse tiporitual. Ela afirmou que "Mkhonyovu" era um farsante que queria enriquecer e que ele gerou "descrença sobre práticas sagradas" com suas atitudes.
"Mortesrituais e o usotecido humano não fazem parte do curandeirismo. Isso deixa a nós, curandeiros, com raiva, porque temosdefender nosso trabalho constantemente", disse.
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