O ambicioso projeto para construir o túnel mais longo da América Latina:slot big

slot big Dez consórcios com 29 empresas europeias e chinesas disputam a construção do Túnelslot bigÁgua Negra, o mais longo da América Latina.

A licitação deve acontecerslot bigoutubro próximo, segundo as autoridades argentinas. No primeiro trimestreslot big2018, será conhecido o construtor deste que é um dos maiores projetosslot bigintegração binacional da América do Sul.

O túnel unirá o porto chilenoslot bigCoquimbo e a província argentinaslot bigSan Juan, cruzando a Cordilheira dos Andes.

Além disso, deve se transformarslot bigum corredor bioceânico central, já que também permitirá a conexão com Porto Alegre, uma das zonas mais industrializadas do Brasil.

Resistente a nevascas

O Túnelslot bigÁgua Negra custará um totalslot bigUS$ 1,5 bilhão (R$ 4,86 bilhões) aos governos argentino e chileno, alémslot bigfinanciamento do Banco Interamericanoslot bigDesenvolvimento (BID).

Autoridades do Chile têm estimado que a obra, incluindo estudosslot bigengenharia, desapropriações e construção, pode estar concluídaslot bigum prazoslot bigoito a dez anos. Para o BID, levará oito anos e meio.

Entre as principais vantagens do túnel internacional está o fatoslot bigque ele será construído numa altura inferior à da atual passagem fronteiriça da zona conhecida como Pasoslot bigAgua Negra.

Isso garantirá seu funcionamento o ano inteiro, apesar das intensas nevascas do inverno, que muitas vezes impedem a passagemslot bigveículos.

Exemplo do que isso significa é o fatoslot bigque, neste momento, o Pasoslot bigAgua Negra está fechado até novembro por causa das tempestadesslot bigneve nos Andes.

O BID já aprovou um primeiro empréstimoslot bigUS$ 40 milhões (R$ 129,7 milhões) para a estrutura e desenho final do projeto.

"Argentina e Chile compartilham uma das fronteiras binacionais mais longas do mundo, que têm um importante obstáculo físico - a Cordilheira dos Andes", explica a Entidade Binacional Túnelslot bigAgua Negra (Ebitan)slot bigseu site.

"É impensável o crescimento do desenvolvimento regional e uma integração física satisfatória desta parte do Cone Sul latino-americano com tão escassas viasslot bigcomunicaçãoslot bigboa qualidade", afirma ainda a instituição.

Como será

O novo projeto é parteslot bigum corredor bioceânico que unirá o oceano Pacífico ao Atlântico desde o porto chilenoslot bigCoquimbo até Porto Alegre, no Brasil.

A obraslot bigÁgua Negra prevê a construçãoslot bigdois túneis paralelos, com duas pistas cada, ao longoslot big14 quilômetros.

Os túneis terão um moderno sistemaslot bigventilação, passagensslot bigemergência para pedestres e para carros, medidas antissísmicas e cabines para as equipesslot bigsocorro nas suas saídas.

O setor argentino corresponderá a 72%slot bigsua extensão e o chileno, 28%. Quando estiver pronto, terá um fluxo diário estimadoslot big2,2 mil veículos, 70% delesslot bigcarga.

Com características únicas - é a sétimaslot bigtodo o mundo a unir dois países - a obra já é considerada a mais importante da América Latina depois da ampliação do Canal do Panamá, concluídaslot bigjunho do ano passado.

Passagem estratégica

O Pasoslot bigAgua Negra é uma das 13 passagens rodoviárias entre Chile e Argentina e fica 4.765 metros acima do nível do mar.

"Ele fica localizado estrategicamente na faixa central dos dois países e foi considerado um investimentoslot biggrande prioridade, porque atrai trânsito próprio que não compete com o trânsito eventualslot bigpassagens contíguas", diz a Ebitan.

O novo túnel será o segundo que cruzará a cordilheira. O primeiro é do túnel o Cristo Redentor, localizado na zona central dos dois países, ligando os Andes a Mendoza, na Argentina.

Segundo a Ebitan, o novo projeto não compete com o anterior, mas o complementa.

Aconcágua, projeto 'inviável'

O Túnelslot bigÁgua Negra não é o primeiro projeto desta envergadura.

No fim da década passada, começou a ser desenhado o projeto do Corredor Bioceânico Aconcágua, que previa um túnelslot bigextensão nunca vista: 52 quilômetros.

Mas ao chegar ao poder,slot big2015, o presidente argentino Mauricio Macri anunciou que daria prioridade ao Túnelslot bigÁgua Negra.

Em fevereiro passado, o embaixador da Argentina no Chile, José Octavio Bordón, confirmou que o Corredor Bioceânico Aconcágua era inviável.

"Em dez anos, não avançou-se um só passo, por isso decidiu-se deixá-loslot biglado", disse o diplomata à rádio argentina MDZ.