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O que a Venezuela ganha e o que perde ao deixar a OEA:avai fortaleza palpite
Mas o que o governoavai fortaleza palpiteNicolás Maduro ganha com a saída da Venezuela da OEA? E quais podem ser as consequências para o governo e para a população venezuelana?
Vantagens
Ao que tudo indica, a possibilidadeavai fortaleza palpiteuma suspensão da OEA foi o que motivou a decisão do governo venezuelano, que já estavaavai fortaleza palpiteuma rotaavai fortaleza palpitecolisão com a organização, atualmente presidida pelo uruguaio Luis Almagro.
"Basicamente, a Venezuela não se deixou suspender, ainda que faltassem alguns votos para chegar a essa decisão", disse à BBC Mundo,avai fortaleza palpitecondiçãoavai fortaleza palpiteanonimato, um integranteavai fortaleza palpiteuma das missões latino-americanas ligadas à organização.
Ainda que, considerando os prazos, não esteja claro se o país conseguirá evitar uma sanção simbólica por parte do organismo, comavai fortaleza palpitequeixa pública à OEA, a Venezuela também fez tudo o que estava a seu alcance para deslegitimar uma possível resolução contra ela.
"De certa forma, a Venezuela está sendo muito inteligente,avai fortaleza palpitemeio ao caos, ao se apressar a tomar uma atitudeavai fortaleza palpitevezavai fortaleza palpiteesperar que apliquem a Carta Democrática", diz Riggirozzi.
"É um 'vou embora antes que me tirem daqui', um movimento que diplomaticamente é inteligente. O problema é que também é insustentável".
A saída da OEA não contribui para a solução dos problemas do país, ainda que muitos analistas também destaquem que o governo venezuelano já utilizou antes a figura do "inimigo externo" para fortalecer aavai fortaleza palpitebase.
E, no momentoavai fortaleza palpiteque a crise econômica reduz cada vez mais o apoio ao chavismo, o fantasmaavai fortaleza palpiteuma trama orquestrada por Washington pode dar algum tempo às autoridades.
Além disso, a saída da organização tampouco acabará com as preocupações e pressões da comunidade internacional sobre a Venezuela, embora possa, a curto prazo, transferir as discussões a outros fóruns regionais menos incômodos para Caracas.
Um exemplo desses fóruns é a Comunidadeavai fortaleza palpiteEstados Latinoamericanos e do Caribe (Celac), que convocou uma reuniãoavai fortaleza palpitechanceleresavai fortaleza palpite2avai fortaleza palpitemaio para discutir a crise no país a pedido da própria Venezuela.
Outro fórum possível é a Uniãoavai fortaleza palpiteNações Sulamericanas (Unasur), cuja presidência é ocupada agora pela Venezuela. Em nenhum desses cenários o país pode ter a segurançaavai fortaleza palpitecontar com um apoio majoritário, masavai fortaleza palpiteambos as decisões devem ser tomadas por consenso, algo que joga a favor do atual governo venezuelano.
Só que a atual situação política e econômica da região não a favorece muito, como destaca o professoravai fortaleza palpiterelações internacionais da Universidade Iberoamericana (México), Thomar Legler.
"Se isso tivesse acontecido há dois anos, a Venezuela não teria perdido muito, já que o cenário era bastante favorável a ela: beneficiava-seavai fortaleza palpiteum boomavai fortaleza palpitematérias-primas e havia avançado na construção dessas novas instituições regionais", afirmou.
"Mas os tradicionais aliados políticos da região - com os países da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América, fundada por Cuba e Venezuela) - têm seus próprios problemas. E ainda que restem alguns resíduosavai fortaleza palpiteapoio ideológico, já não se pode contar com o mesmo nívelavai fortaleza palpiteapoio que antes", acrescenta.
Para Legler, a Venezuela se viu forçada a tomar a decisão. "É um atoavai fortaleza palpitefraqueza, nãoavai fortaleza palpiteforça", disse. "Há alguma coisa a ganhar nisso tudo, muito pouco. Mas não tenho certezaavai fortaleza palpiteque ganhe algo concretamente".
Perdas
O fato da OEA ser um espaçoavai fortaleza palpitediálogo político faz com que o impacto da decisão venezuelana seja sobretudo simbólico.
A organização nunca teve poder para impor sanções econômicas, como o Conselhoavai fortaleza palpiteSegurança da ONU, nem tem o caráteravai fortaleza palpitegoverno supranacional da União Europeia,avai fortaleza palpitemodo que as relações da Venezuela com o resto dos países da região continuarão definidas a nível bilateral.
Contudo, a decisão venezuelana parece confirmar o crescente isolamento do governoavai fortaleza palpiteNicolás Maduro. E poderia acabar provocando o endurecimento das posiçõesavai fortaleza palpitealguns países, incluindo alguns que há pouco a Venezuela contava como aliados, como Brasil e Argentina.
"O maior risco que o governo Maduro está correndo é perderavai fortaleza palpitecredibilidade internacional e a legitimidadeavai fortaleza palpiteseu governo", diz Legler.
Para Riggirozzi, com a saída da OEA, a Venezuela também perde um possível espaçoavai fortaleza palpitemediação e negociação para tentar encontrar uma solução para a crise.
"Considerando a situação atual, uma solução democrática não pode partir da própria Venezuela. É preciso uma organização regional", disse.
A professora da Universidadeavai fortaleza palpiteSouthampton acredita que, por causaavai fortaleza palpitesua composição, o fórum regional mais adequado para fazê-lo seria a própria Organização dos Estados Americanos.
Legler também acredita que a situação deu uma nova força à OEA. Mas ele acha que o único ator desse jogo que merece atenção especial neste momento é o Vaticano, por ser o único que ainda gozaavai fortaleza palpitecredibilidade dos dois ladosavai fortaleza palpitedisputa na Venezuela - governo e oposição.
Em termos práticos, para completaravai fortaleza palpitesaída da OEA, a Venezuela também teráavai fortaleza palpitequitar suas dívidas com a organização, estimadasavai fortaleza palpitemaisavai fortaleza palpiteUS$ 8 milhões (R$ 25 milhões).
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