Leibonus casino sem depósito'aborto por pobreza' opõe Igreja e governo na Bolívia:bonus casino sem depósito

Crédito, Ministério do Trabalho da Bolívia

Legenda da foto, Camponesas na Bolívia; proposta encampada pelo governo quer ampliar aborto legal a mulheres carentes

O projeto, apresentado por setores mais progressistas do MAS, conta com apoiobonus casino sem depósitogruposbonus casino sem depósitomulheres, mas desperta forte rejeição na Igreja Católica e na oposição no Congresso.

Hoje, a legislação na Bolívia prevê prisãobonus casino sem depósitoum a quatro anos para abortos fora das hipóteses previstas. O novo projeto reduziria essa pena para até três anos, e responsabiliza médicos, enfermeiros ou parentes caso a mulher morrabonus casino sem depósitouma clínica clandestinabonus casino sem depósitoaborto - poderão responder por feminicídio, que prevê até 30 anosbonus casino sem depósitodetenção.

Na semana passada, grupos que defendem o projeto e integram a Confederação Nacionalbonus casino sem depósitoMulheresbonus casino sem depósitoComunidades Interculturais organizaram atobonus casino sem depósitodefesa da iniciativa. Afirmam que a medida foi pensada para mulheres sem recursos econômicos, que já não querem família grande e desejam decidir sobre suas vidas, disse Amalia Coaquira, integrante do grupo.

"As mulheres continuam sendo obrigadas a ter relações sexuais sem preservativo e anticoncepcionais e devem ter o direitobonus casino sem depósitodecidir sobre suas próprias vidas", afirmou Coaquira.

A presidente da Câmara dos Deputados, a governista Gabriela Montaño, disse que a Bolívia não pode se caracterizar pela desigualdade entre "mulheres que têm dinheiro para interromper a gravidez e as que morrem por faltabonus casino sem depósitodinheiro".

Crédito, Divulgação

Legenda da foto, A presidente da Câmara dos Deputados da Bolívia, Gabriela Montaño, disse que a proposta não é descriminalizar o aborto, mas adequar essa tipificação penal à realidade do país

O governo diz que a medida visa reduzir a mortalidadebonus casino sem depósitomulheres no país. A ministra da Saúde da gestão Evo, Ariana Campero, justificou a iniciativa afirmando que "13% das mortes maternas são resultadobonus casino sem depósitoabortosbonus casino sem depósitolocais clandestinos" e que a maioria das mulheres que recorrem a esses expedientes são pobres.

"Temos que ser muito mais pragmáticos e objetivos. Nenhuma mulher pode morrer mais na Bolívia porque interrompeu a gravidez", afirma a ministra.

Oposição da Igreja

A polêmica envolveu o vice-presidente da Bolívia, Álvaro García Linera, e a cúpula da Igreja Católica.

O secretário-geral da Conferência Episcopal da Bolívia, monsenhor Aurelio Pesoa, afirmou que o projeto "distorce o sistema penal, introduzindo a pobreza como motivo para impunidade por crimes como o infanticídio". Rejeitou ainda a ideiabonus casino sem depósitoque "ser pobre seja justificativa para violar qualquer lei".

García Linera reagiu citando o papa Francisco. "O papa Francisco emitiu uma forte mensagem ao mundo quando disse que as mulheres que praticam o aborto devem ser perdoadas. E com isso disse que devemos encontrar um equilíbrio entre os princípios éticos e a proteção e liberdade da mulher", disse o vice-presidente à rede ATP,bonus casino sem depósitoreferência a declarações do pontífice feitasbonus casino sem depósitonovembrobonus casino sem depósito2016.

Em entrevistas à BBC Brasil, o deputado Víctor Borda, do MAS, e a senadorabonus casino sem depósitooposição Jeanine Chávez, da Unidade Democrata (UD), defenderam pontosbonus casino sem depósitovista antagônicos sobre o projeto.

Borda, que apresentou o projeto à Comissãobonus casino sem depósitoConstituição e Justiça da Câmara dos Deputados, disse que a proposta não é descriminalizar o aborto, mas "abrir exceções na legislaçãobonus casino sem depósitovigor" para atender mulheres carentes.

"Vemos mulheres indigentes, sem recursos e condiçõesbonus casino sem depósitocriar um bebê que precisambonus casino sem depósitoajuda. E muitas vezes elas recorrem a um lugar clandestino, o que é um risco", disse, reforçando a linhabonus casino sem depósitoargumentação do governo. "Vivemosbonus casino sem depósitouma sociedade machista. O aborto é uma realidade e não é mais possível que seja encarado como tabu."

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Legenda da foto, Governo do esquerdista Evo Morales afirma que nova legislação sobre aborto visa proteger saúde da mulher

O deputado, que disse ser paibonus casino sem depósitoquatro filhos e ter uma mulher grávidabonus casino sem depósitooito meses, afirmou que a proposta "é para o bem das mulheres". "Mas os setores conservadores da Igreja parecem não ter lido o projeto."

Para a senadora Jeanine Chávez, o projeto significará, na prática, a descriminalização do aborto, tese que o governo rechaça. "Querem abrir uma porta para permitir o aborto, desrespeitando princípios e valores. Além disso, é mesquinho e até grosseiro usar a pobreza para justificar essa medida que vai contra nossa Constituição e os direitos da criança e do adolescente", afirmou.

A parlamentarbonus casino sem depósitooposição disse que os apoiadores da proposta tentam minimizar a importância da vida da criança ao usarem apenas a expressão "feto". Caso o projeto seja aprovado, afirmou, "qualquer pessoa argumentará que é pobre para não levar uma gravidez pra frente".

A expectativa, até o momento, é que o projeto seja aprovado na Câmara e no Senado, onde o governo conta com maioria dos votos.

No entanto,bonus casino sem depósito2012, quando Evo já era presidente, uma iniciativa para ampliar as hipótesesbonus casino sem depósitoaborto legal na legislação, mas que não incluía a questão da pobreza, foi vetada pelo Tribunal Constitucional do país.

"O debatebonus casino sem depósitoagora é social, mas ainda virá a parte constitucional da discussão, que gera muita polêmica", afirmou o jornalista Carlos Calderón, diretorbonus casino sem depósitoRedação da agênciabonus casino sem depósitonotícias Red Erbol.