O crescente magnetismobetano tem app iosVladimir Putin:betano tem app ios

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Legenda da foto, Discurso nacionalistabetano tem app iosPutin tem feito com que governos conservadores no Ocidente o vejam como aliado

A favor da distensão

Há tempos, dois políticos - um americano e outro russo - deram-se as mãos sobre a mesabetano tem app iosum bar e começaram uma quedabetano tem app iosbraço.

O duelo terminou rapidamente, e o vencedor foi o então vice-prefeitobetano tem app iosSão Petersburgo, um homem que aumentara abetano tem app iosforça física depoisbetano tem app iosanos lutando judô: Vladimir Putin.

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Legenda da foto, Durante a campanha presidencial, Donald Trump elogiou Vladimir Putin várias vezes

Poucos fora da Rússia tinham ouvido falar dele. Cinco anos mais tarde, no entanto, ele se tornaria presidente.

O deputado republicano Dana Rohrabacher ainda ri quando se lembra do breve duelo com Putinbetano tem app ios1995, quando o então vice-prefeito russo fez uma visita aos Estados Unidos com uma delegação oficial.

Desde então, Rohrabacher não voltou a encontrar Putin. Mas ele tem sido a voz mais consistentebetano tem app iosWashington a favorbetano tem app iosuma distensão nas relações com a Rússia. Mesmo que faça partebetano tem app iosuma minoria.

"Não vejo Putin como um bom rapaz, o vejo como um cara mau. Mas nem todos os bandidos do mundo são inimigos que devemos derrotar", diz.

"Há muitas áreasbetano tem app iosque poderíamos tornar o mundo melhor se trabalhássemos juntos,betano tem app iosvezbetano tem app iosbombardear constantemente qualquer coisa que os russos tentam fazer", continua.

Rohrabacher não aprova a açãobetano tem app ioshackers russos durante a campanha eleitoral americana ou as incursões militares do Kremlin na Ucrânia.

Mas ele acredita que a Rússia é vítimabetano tem app iosuma políticabetano tem app iosdois pesos e duas medidas do Ocidente.

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Legenda da foto, O deputado republicano Dana Rohrabacher defende uma maior cooperação do Ocidente com a Rússia

E essa é uma visão compartilhada por alguns especialistas ocidentais sobre a Rússia, embora a grande maioria ressalte o quanto o país tornou-se agressivo sob a presidênciabetano tem app iosPutin.

Richard Sakwa, professorbetano tem app iospolítica russa e europeia na Universidadebetano tem app iosKent, na Inglaterra, faz parte da minoria dos que defendem uma aproximação com o Kremlin.

"Vivemosbetano tem app iosuma caixabetano tem app iosressonância que só ouve a si mesma. A ideiabetano tem app ios'agressão russa' é repetida incansavelmente sem que se pense a respeito", afirma.

"Quando se tratabetano tem app iosnossos interesses nacionais, é bom. Mas, quando a Rússia tenta defender os seus interesses, é ilegítimo, é agressivo e perigoso para o resto do mundo."

Vilão

A anexação da Crimeia e o apoio militar da Rússia a separatistas no leste da Ucrânia foram vistos como provasbetano tem app iosque Putin pretende ampliar as fronteiras do seu país.

Mas Sakwa considera a crise na Ucrânia um sintoma do fracassobetano tem app iosestabelecer um novo sistemabetano tem app iossegurança internacional que inclua a Rússia após a Guerra Fria.

Por outro lado, Stephen Cohen, professor eméritobetano tem app iosestudos russos da Universidadebetano tem app iosNova York, argumenta que o a transformaçãobetano tem app iosPutinbetano tem app iosvilão no Ocidente teve origem na decepção causada quando ele virou as costas para algumas reformas ocidentais do ex-presidente Boris Yeltsin.

Yeltsin foi o primeiro presidente da Rússia após o colapso econômico da União Soviética e governoubetano tem app ios1991 a 1999. Ele foi responsável pela transformação da economia socialista russabetano tem app iosuma economiabetano tem app iosmercado, com programasbetano tem app iosprivatizações e liberalização econômica.

Seu governo ficou marcado pelas reformas políticas e econômicas fracassadas e pelo caos social. Para muitos russos, aquelas reformas foram responsáveis pela queda do padrãobetano tem app iosvida no país.

"Putin é um europeu tentando dirigir um país que é apenas parcialmente europeu", diz Cohen. "Mas estamos exigindo que todo mundo marche no ritmo do nosso relógio histórico."

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Legenda da foto, Putin (dir.) deu as costas para as reformas neoliberais adotadas por Boris Yeltsin (esq.), que governou a Rússiabetano tem app ios1991 a 1999

A maioria dos americanos que querem relações melhores com a Rússia está politicamente à direita. O professor Cohen é uma rara voz liberal a favor da distensão.

Alguns são "neo-isolacionistas", que não gostam do que consideram tentativas do seu paísbetano tem app ios"exportar a democracia" para Iraque, Síria ou Rússia.

Nisso concordam com o Kremlin, que se opõe a qualquer interferência estrangeira nos assuntosbetano tem app iosEstado.

Outros são "realistas estratégicos", que argumentam que as grandes potências, inclusive a Rússia, terão sempre "esferasbetano tem app iosinfluência" para além das suas fronteiras.

Influência

Nos Estados Unidos, a Doutrina Monroe - que pode ser resumida na frase "a América para os americanos" e se inspirava na política isolacionistabetano tem app iosGeorge Washington - procurou evitar que outras potências tivessem envolvimento militar e na política externa do Novo Mundo.

O argumento oposto a este é que Estados independentes teriam o direitobetano tem app iospertencer a qualquer aliança que desejarem. A maioria dos antigos países do bloco soviético na Europa Oriental, por exemplo, aderiu à Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e à União Europeia após a Guerra Fria.

E alguns líderes atuais e passados ​​desses Estados têm alertado Trumpbetano tem app iosque, por causa disso, qualquer tentativabetano tem app iosnegociar com Putin poderia colocar a segurança da regiãobetano tem app iosrisco.

Mas um dos governos da Europa Central tem uma posição diferente: a Hungria.

"Não vemos a Rússia como uma ameaça para a Hungria", disse o ministro das Relações Exteriores Peter Szijjarto. "Se a Rússia e os Estados Unidos não puderem trabalhar juntosbetano tem app iosquestões globais, isso vai minar a segurança da Europa Oriental."

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Legenda da foto, O ministro das Relações Exteriores da Hungria, Peter Szijjarto, afirma que seu país não considera a Rússia uma ameaça

A Hungria também quer acabar com as sanções que o Ocidente impôs contra a Rússia depois da anexação da Crimeia.

O país diz que elas foram contraproducentes porque levaram a Rússia a responder com sanções que prejudicaram as indústriasbetano tem app iosexportação europeias.

Peter Toth, chefe da Associação Húngarabetano tem app iosCriadoresbetano tem app iosPorcos Mangalica, cuja gordura é muito apreciada na Rússia, diz que seus membros estão entre os prejudicados pelas sanções.

'Valores cristãos'

Mas o governo ultraconservador húngaro, que tem sido amplamente criticado por limitar o sistema democrático, também compartilhabetano tem app iosoutros interesses com a Rússia.

O primeiro-ministro Viktor Orban disse recentemente que a Europa deve manter seus "valores cristãos" diante do fluxobetano tem app iosimigrantesbetano tem app iospaíses muçulmanos.

O Kremlin, porbetano tem app iosvez, também tem destacado a necessidadebetano tem app iospreservar a identidade nacional e os valores cristãos, o que levou os nacionalistas do Ocidente a verem Moscou como um aliado.

Muitos, especialmente na direita, acreditam que a ameaça da imigraçãobetano tem app iosmassa e do terrorismo é muito maior do que a representada pela própria Rússia.

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Legenda da foto, Donald Trump não é o único político que se mostrou disposto a uma aproximação com Putin

Segundo o republicano Dana Rohrabacher, "dizer que a Rússia é o inimigo, quando ela também está ameaçada pelo terrorismo islâmico radical, é exatamente o caminho errado".

Argumentos como este, reforçados pelo presidente Trump, parecem estar influenciando alguns americanos.

Até o fim do ano passado, maisbetano tem app iosum terço dos eleitores republicanos tinham uma visão favorávelbetano tem app iosPutinbetano tem app ioscomparação com apenas um décimobetano tem app ios2014,betano tem app iosacordo com uma pesquisa da empresa internacional YouGov.

No entanto, a pesquisa também mostrou que, mais do que nunca, democratas não gostam do presidente russo.

O professor Stephen Cohen acredita que Trump terá enorme dificuldade para vender uma nova políticabetano tem app iosrelação à Rússia.

"Mesmo que Trump diga que precisamosbetano tem app iosuma distensão com Putin para o bem da nossa segurança nacional, será muito difícil conseguir que pessoasbetano tem app ioscentro ebetano tem app iosesquerda o apoiem, porque elas serão chamadasbetano tem app iosdefensorasbetano tem app iosPutin ebetano tem app iosTrump", afirma.