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Final surpresa? O que Obama pode fazer nas poucas semanas que lhe restam na presidência dos EUA?:esporte 365 aposta
O processoesporte 365 apostapaz na região praticamente empacou nesses oito anos,esporte 365 apostaparte pela relação pouco amistosa entre Obama e o primeiro-ministroesporte 365 apostaIsrael, Benyamin Netanyahu.
Com abstenção dos EUA (que dessa vez não votou contra), o Conselhoesporte 365 apostaSegurança da ONU aprovou na sexta-feira passada uma resolução exigindo que Israel imediatamente "cesse todas as atividadesesporte 365 apostaassentamento no território palestino ocupado, incluindo na Jerusalém Oriental".
A resolução deixa claro que, na visão do órgão, os assentamentosesporte 365 apostaIsraelesporte 365 apostaterritório palestino são ilegaisesporte 365 apostaacordo com leis internacionais e inviabilizam uma solução pacífica para os dois povos.
Segundo informações da mídia, o secretárioesporte 365 apostaEstado dos EUA, John Kerry, deve apresentar nesta quarta-feira as linhas gerais da proposta americanaesporte 365 apostaum acordoesporte 365 apostapaz israelense-palestino, com a ideiaesporte 365 apostalevá-lo para apreciação - e aprovação -esporte 365 apostaum encontroesporte 365 apostaParisesporte 365 apostaministros do exterior no dia 15esporte 365 apostajaneiro - cinco dias antes da posseesporte 365 apostaTrump.
Essa reunião seria o passo derradeiro do governo Obama no sentido do que Julian Borger, editoresporte 365 apostarelações internacionais do jornal britânico The Guardian, chamaesporte 365 aposta"reforçar a estratégia (internacional)esporte 365 apostaisolar Netanyahu para pressioná-lo a retomar negociações com os palestinos".
O governo Netanyahu reagiu dizendo que apresentará ao governo Trump "provas irrefutáveis"esporte 365 apostaque o governo Obama "conspirou" nos bastidores contra os interessesesporte 365 apostaIsrael.
Meio ambiente e Guantánamo
Como inciativaesporte 365 apostareta finalesporte 365 apostagoverno na área do meio ambiente, o presidente americano utilizou uma lei antiga, que existe há maisesporte 365 aposta60 anos, para limitar indefinidamente a exploraçãoesporte 365 apostapetróleo e gásesporte 365 apostapartes do Ártico e do Atlântico Norte.
Também informou ao Congresso que pretende transferir 18 dos 59 presos que ainda estãoesporte 365 apostaGuantánamo para outros países, entre eles, Itália, Omã, Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos.
As duas decisões são sobre assuntosesporte 365 apostaque Obama e Trump têm posições completamente opostas.
Se Obama aposta na luta contra a mudança climática e nas restrições à emissãoesporte 365 apostagases que causam o efeito estufa, Trump disse que derrubaria restrições à exploraçãoesporte 365 apostapetróleo nos EUA.
Se Obama quis - sem conseguir - fechar a prisãoesporte 365 apostaGuantánamo, Trump disse que vai lotar a mesma com "caras maus".
A insistênciaesporte 365 apostaObama nessa reta finalesporte 365 apostamandato, no entanto, não é por acaso.
Segundo a redeesporte 365 apostaTV americana CNN, que citou fontes do governo, Obama instruiuesporte 365 apostaequipe a fazer um levantamento das principais áreas do governo que podem ser protegidas da chegadaesporte 365 apostaTrump à Casa Branca.
"É comum que um presidente faça coisas para impedir que o sucessor execute o contrário, embora ele saiba que qualquer medida aprovada com uma canetada pode ser desfeita da mesma forma por quem o sucede", disse Jeffrey Engel, diretor do Centroesporte 365 apostaHistória Presidencial da Southern Methodist University, que ficaesporte 365 apostaDallas, Texas.
"Os presidentes que são sucedidos por alguém que fez campanha prometendo desfazer o seu legado têm uma tendência maior a fazer mudanças mais dramáticas", acrescentou,esporte 365 apostaentrevista à BBC Mundo, o serviçoesporte 365 apostaespanhol da BBC.
O especialista destacou ser comum que os governantes na fase final na Casa Branca tentem corrigir situações antes que o novo governo comece.
Este seria o momentoesporte 365 apostaque geralmente presidentes costumam rever assuntos que vão ficar como seu legado pessoal.
"Não creio que Obama esteja trabalhando mais intensamente nisso do que os governantes anteriores", disse Engel.
Responsável até o fim
Embora nos EUA os presidentesesporte 365 apostafimesporte 365 apostamandato sejam chamadosesporte 365 aposta"patos mancos" - numa referência à queda daesporte 365 apostainfluência por estarem com os dias contados na Casa Branca - legalmente eles mantêm todos os poderes até entregarem o cargo ao sucessor.
A responsabilidade presidencial continua existindo até o último minuto, como pôde verificar o então presidente Ronald Reagan, que horas antesesporte 365 apostaentregar o cargo ao sucessor, George Bush, foi impedidoesporte 365 apostapassar à equipe do novo governo as chaves e códigos que controlam o arsenal atômico americano.
"Colin Powell, que então era o assessor para Segurança Nacional, lembrou que Reagan continuava sendo presidente até a hora da cerimôniaesporte 365 apostaposse", disse Engel.
Por isso, é normal que durante as últimas semanas no cargo os governantes sigam tomando decisões, algumas polêmicas.
O presidente George Bush, por exemplo, se preocupouesporte 365 apostacriar leis sobre temas ambientais, assim como acordos com a China que considerava importantes.
"É preciso lembrar que uma das decisões mais importantes que Bush pai tomou na política externa foi mandar tropas americanas para a Somália. E foi tomada depois que ele perdeu a eleição para Bill Clinton", continua Engel.
"Ou seja, é perfeitamente possível um governo nos seus últimos dias colocar o paísesporte 365 apostamaus lençóis na política externa".
O que Obama pode fazer?
"Acho que o presidente Obama estará buscando formasesporte 365 apostaassegurar o progresso que fez nos assuntos ambientais e nas relações internacionais", disse o escritor Michael D'Antonio, autoresporte 365 apostaThe Legacy of Barack Obama - A Consequential President (não lançado no Brasil).
"Isso pode incluir passos como a decisãoesporte 365 apostaproteger o Atlântico Norte da exploraçãoesporte 365 apostapetróleo, assim como inesperados avanços diplomáticos", acrescentou.
Engel, poresporte 365 apostavez, acredita que Obama deve manter um certo controle e evitar a tentaçãoesporte 365 apostair longe demais.
"Tenho certeza que Obama está interessado - como todos os presidentes -esporte 365 apostapreservar o seu legado, mas como advogado constitucionalista, ele entende que tudo o que fizer também poderá ser desfeito pelo seu sucessor. Não tenho visto sinaisesporte 365 apostaque ele esteja disposto a fazer mudaças dramáticas", destacou.
O especialista acha que a recente decisãoesporte 365 apostaproibir a exploraçãoesporte 365 apostapetróleo no Ártico é simbólica e pequena, quando se analisa o contexto, porque ainda há muitos locais onde a extração é permitida.
"No fim do seu mandato, o presidente George W. Bush aprovou uma lei similar para proteger novas áreas da pesca predatória", lembrou.
D'Antonio, poresporte 365 apostavez, acredita que Obama deve estar abrindo caminho para um papel fora da Casa Branca com uma agenda interna e global.
"Ambas (as agendas) devem estar voltadas para o tema da democracia. No momento, a vida cívica está sob pressão dentro e fora dos EUA e acho que ele está muito preocupado com isso".
O escritor também acredita que seja possível que o presidente americano tente chegar a algum entendimento com o seu sucessor "pelo bem do país".
"Desconfio que Obama acha que Trump está pouco preparado e que precisaesporte 365 apostaassessoria", disse.
Engel crê que, durante as semanas que ainda lhe restam, Obama trabalhará no seu discursoesporte 365 apostadespedida.
"Ele é um dos melhores escritores que já passaram pelo Salão Oval desde Theodore Roosevelt e, por isso, imagino que esteja trabalhando muito para que as últimas palavras sejam realmente suas", disse.
Mas, além, do discurso, é possível que Obama tenha preparado alguma decisão surpresa para ser anunciada antesesporte 365 apostadeixar a Casa Branca?
"O atual ambiente político nos ensina que devemos sempre estar esperando surpresas", concluiu Engel.
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