21 anos após o assassinatobetnacional downloadRabin, apenas minoria segue seu legadobetnacional downloadIsrael:betnacional download

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Legenda da foto, O então presidente dos EUA Bill Clinton entre durante o primeiro apertobetnacional downloadmãos entre as duas autoridades após o a assinaturabetnacional downloadum acordo histórico que deu autonomia palestina nos territórios ocupados. Rabin foi assassinadobetnacional download04betnacional downloadnovembro daquele anobetnacional downloadTel Aviv.

Em retrospectiva, parece que Amir acertou. O processobetnacional downloadpaz morreu ali, naquela praça, com a mortebetnacional downloadRabin, e desde então não ressuscitou. Desde então, a cada ano, a paz entre israelenses e palestinos parece mais distante e impossívelbetnacional downloadser alcançada.

Acordo e Nobel da Paz

Depoisbetnacional downloadum conflito que durava quase um século, no acordobetnacional downloadOslo, assinado por Rabin e o líder palestino Yasser Arafat, pela primeira vez houve um reconhecimento mútuo entre israelenses e palestinos. O acordo, assinadobetnacional downloadsetembrobetnacional download1993, rendeu a Arafat, Rabin e Peres o prêmio Nobel da Paz.

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Legenda da foto, O então primeiro-ministro israelense Yitzhak Rabinbetnacional downloaddiscurso na ONU.

Segundo o acordo, israelenses e palestinos iniciariam negociações sobre os diversos temas básicos do conflito. O chamado processobetnacional downloadpaz foibetnacional downloadfato a sériebetnacional downloadnegociações iniciadasbetnacional download1993, porém o assassinatobetnacional downloadRabin interrompeu o processo, que nunca mais se recuperou.

O assassinato é considerado uma das três razões principais para o fracasso do acordo entre israelenses e palestinos. A segunda foi a sériebetnacional downloadatentados suicidas cometida pelo grupo extremista Hamas nas grandes cidades israelenses, que deixou centenasbetnacional downloadcivis mortos.

O terceiro motivo é a contínua ampliação dos assentamentos israelenses, fato que destruiu a confiança dos palestinos acerca das intençõesbetnacional downloadIsrael.

As oposições internas tanto na sociedade israelense como na sociedade palestina venceram os favoráveis ao acordo e o resultado é o fortalecimento da extrema-direitabetnacional downloadIsrael e do grupo islamista Hamas na Palestina.

Guinada para a direita

Alguns meses após o assassinato,betnacional downloadmaiobetnacional download1996, o lider da direita, Benjamin Netanyahu, foi eleito primeiro-ministrobetnacional downloadIsrael. Naquela época se acentuava a guinada da politica israelense do centro para a direita.

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Legenda da foto, O funeralbetnacional downloadRabin foi acompanhando por diversas autoridades

Hoje, 21 anos depois, Israel está dando uma nova guinada, desta vez da direita para a extrema-direita. Posiçõesbetnacional downloadfavorbetnacional downloadum acordo com palestinos e da devolução dos territórios ocupados durante a guerrabetnacional download1967 tornaram-se minoritárias.

Segundo pesquisasbetnacional downloadopinião, a maioria dos israelenses é contra a voltabetnacional downloadIsrael às fronteiras anteriores à chamada Guerra dos Seis Dias. A maioria dos israelenses também é contra a retirada dos assentamentos construídos por Israel nos territórios ocupados na Cisjordânia ebetnacional downloadJerusalém Oriental.

O númerobetnacional downloadcolonos que hoje moram nesses territórios já passa dos 600 mil e o desmantelamento dos assentamentos parece impossivel até aos olhos dos pacifistas mais otimistas. A ONU considera estes assentamentos ilegais.

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Legenda da foto, Shimon Peres e Yitzhak Rabin visitam um quartel do Exércitobetnacional downloadTel Avivbetnacional downloadsetembrobetnacional download1995. Na época, Rabin era Ministro da Defesa.

Porém,betnacional downloadfato, sobraram poucos pacifistas otimistasbetnacional downloadIsrael. Hojebetnacional downloaddia, o otimismo passou para o lado dos defensores do Grande Israel, cujo projeto revelou-se como bem sucedido.

Vinte e um anos após o assassinato, o governo é composto por partidos contrários à desocupação. Vários dos ministros são colonos habitantesbetnacional downloadassentamentos nos territórios ocupados. O principal aliado do partido governista Likud na coalizão governamental é o partido Lar Judaico, liderado pelo atual ministro da Educação, Naftali Benett.

O Lar Judaico defende a permanênciabetnacional downloadIsrael na Cisjordânia ebetnacional downloadJerusalém Oriental e é explicitamente contra a fundaçãobetnacional downloadqualquer Estado palestino no território considerado por ele como o Grande Israel, terra pertencente ao povo judeu,betnacional downloadacordo com o escrito na Bíblia.

Benett afirma claramente que se o primeiro-ministro Netanyahu fizer qualquer movimentobetnacional downloaddireção à devoluçãobetnacional downloadterritórios para os palestinos, o Lar Judaico deixará a coalizão, causando assim a queda do governo.

Netanyahu também não dá sinal algumbetnacional downloadque pretende seriamente retomar qualquer tipobetnacional downloadnegociação com o líder palestino Mahmoud Abbas.

Situação irreversível?

Os líderes palestinos, que obtiveram o controlebetnacional downloaduma pequena área da Cisjordânia, a chamada área A, onde se encontram as grandes cidades palestinas, perderam completamente a esperançabetnacional downloadque algum dia possa haver paz com Israel ebetnacional downloadque eles possam construir um Estado independente e viável nos territórios da Cisjordânia, Jerusalem Oriental e Faixabetnacional downloadGaza.

A Faixabetnacional downloadGaza encontra-se completamente desconectada da Cisjordânia e é dominada pelo grupo extremista Hamas, que também rejeita qualquer acordo com Israel.

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Legenda da foto, Yasser Arafat, Yitzhak Rabin e Shimon Peres na cerimôniabetnacional downloadentrega do Prêmio Nobel da Paz,betnacional download1994.

Abbas, que supostamente é presidente da Autoridade Palestina, ficou isolado na Cisjordânia e impossibilitado atébetnacional downloadvisitar Jerusalém Oriental.

A oposição pró-Hamas cresce na Cisjordânia e, segundo as pesquisas, se as eleições fossem hoje, o grupo sairia vitorioso nessa região também. A facção secular Fatah que, liderada por Yasser Arafat, apoiou o acordobetnacional downloadOslo com Israel, perderia o pouco poder que ainda detém.

Enquanto isso, graças ao crescimento demográfico, à continua construção e ao deslocamentobetnacional downloadmais israelensesbetnacional downloaddentro das fronteiras originais para os territórios ocupados, os assentamentos continuam se ampliando.

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Legenda da foto, O assassinobetnacional downloadRabin, Igal Amir

Existe quase uma unanimidade entre os analistasbetnacional downloadque a situação política e demográfica que se criou na Cisjordânia ebetnacional downloadJerusalém Oriental seja irreversível.

Quase ninguém acredita que algum governobetnacional downloadIsrael será jamais capazbetnacional downloadretirar maisbetnacional download600 mil pessoas instaladas nesses territórios, portanto não haverá condições para a criaçãobetnacional downloadum Estado Palestino com continuidade territorial.

Na cadeia, com um sorriso no rosto

O assassinatobetnacional downloadItzhak Rabin, que na época causou uma enorme comoção no país e no mundo, hoje desperta a tristezabetnacional downloadpoucosbetnacional downloadIsrael.

Neste sábado (5) haverá um comício na Praça Rabin,betnacional downloadTel Aviv, para lembrar o primeiro-ministro assassinado. Algumas dezenasbetnacional downloadmilharesbetnacional downloadpessoas devem participar.

Igal Amir encontra-se na cadeia, condenado à prisão perpétua. Porém alguns dizem que não está distante o diabetnacional downloadque ele venha a ser anistiado e libertado.

Nesse meio tempo ele casou-se e teve um filho, recebe visitas regularesbetnacional downloadsua esposa e, sempre que aparece na mídia, está com um largo sorriso estampado no rosto .

betnacional download * A jornalista Guila Flint morou por maisbetnacional downloadquatro décadasbetnacional downloadIsrael e é autora do livro 'Miragembetnacional downloadPaz - Israel e Palestina, Processosbetnacional downloadRetrocessos', publicado pela Editora Civilização Brasileira.