Quanto cresceu a dívida da Argentina na gestão Macri – e por que isso pode ser seu calcanharcasino online esteriaquiles:casino online esteri

Com isso, a Argentina voltou aos mercados internacionais depoiscasino online esteri15 anos. E aproveitou isso - nos últimos 11 meses, governos, províncias e bancos argentinos receberam US$ 40 bilhões (R$ 129 bilhões)casino online esteriempréstimos, o que elevou a dívida públicacasino online estericercacasino online esteriUS$ 200 bilhões (R$ 647 bilhões), o que representa quase 30% do PIB (Produto Interno Bruto).

Os números são alarmantes para alguns economistas, mas não pelo que revelam, já que a Argentina continua sendo um dos países menos endivididados a nível regional.

O que eles temem é que a chamada "chuvacasino online esteridólares" possa representar um retrocesso diantecasino online esteritodo o esforço para baixar a inflação, reduzir o deficit e recuperar o crescimento.

Os traumas do passado

O medo é embasadocasino online esteriexperiências anteriores, quando um alto deficit fiscal foi financiado com emissãocasino online esteritítuloscasino online esteridívida sem que houvesse uma mudança na forma como a Argentina paga suas contas.

Guardadas as devidas proporções, foi o que aconteceucasino online esteri2001, quando o esquemacasino online esterifinanciamento internacional foi interrompidocasino online esterirepentecasino online esterimeio à profunda crise política e econômica que terminou com o famoso "corralito" (restrição dos depósitos bancários) ecasino online esteriuma revolta social que deixou 39 mortoscasino online esteriprotestos.

E não foi a única vez -casino online esteri1989, após vários planos governamentais para conter a inflação usando empréstimos para financiar o deficit não funcionarem, criou-se um ambientecasino online esteriincerteza que disparou a fugacasino online estericapitais e gerou a hiperinflação, o que acelerou a queda do então presidente Raúl Alfonsín.

E aconteceu também durante o regime militar,casino online esteri1979, quando o governo realizou várias minidesvalorizações sem reduzir o gasto e não conseguiu conter a perdacasino online esterireservas, o que o obrigou a fazer uma desvalorização radical e chegar, mais uma vez, à hiperinflação.

Os argentinos sabem do risco envolvidocasino online esteriemitir títuloscasino online esteridívida, um mecanismocasino online esterifinanciamento quecasino online esteritese é necessário e utilizado por todos os governos do mundo.

Não por caso, a dívida é uma das questões que a ex-presidente, que representa uma parte importante da oposição, utiliza para criticar Macri.

"Adivinhem quem vai pagar?", perguntou Cristina recentemente nas redes sociais. "Não serão os bancos estrangeiros, não será o governo, serão os milhõescasino online esteriargentinos e argentinas."

Por que isso pode ser um problema

Apesarcasino online esterimuitos serem críticos a Cristina, alguns analistas que questionam o endividamento do governo Macri compartilham a preocupação da ex-presidente.

E,casino online esteritermos gerais, a explicação é a seguinte: os empréstimos que o governo está recebendo não estão sendo gastoscasino online esteriplanoscasino online esterilongo prazo - ou seja, que podem gerar dinheiro para pagar a dívida -, mascasino online esteripagamentoscasino online esterifundocasino online estericaixa, reduçãocasino online esterideficit fiscal e aumento das reservas internacionais.

A pergunta é: o que vai acontecer com a dívida e com os gastos do governo no próximo ano?

Os especialistas consultados pela BBC Mundo, serviçocasino online esteriespanhol da BBC, explicam que os investimentos mistos e privadoscasino online estericercacasino online esteriUS$ 50 bilhões (R$ 162 bilhões) que Macri disse ter realizado não são todos diretos - e podem ser considerados "de andorinha".

Em outras palavras, são capitais que podem voltar a sair do paíscasino online esteriqualquer momentocasino online esteriincerteza ou crises internacionais.

Macri manteve o nível altocasino online esterigastos públicos do governo anterior,casino online esteriparte por causa da pressãocasino online esterisindicatos ecasino online esteriparte, segundo analistas, porquecasino online esteri2017 acontecerão eleições legislativas.

A Argentina é um dos países com maior gasto público da América Latina, e 80% do despendido é destinado a serviços sociais como saúde e educação ou econômicos, como infraestrutura, por exemplo.

Se o governo continuar gastando mais do que tem, advertem os especialistas, cedo ou tarde ficará sem fundos para pagar a dívida. E, com isso, poderia repetir cenários do passado mencionados acima.

"No momento, tenhamos calma - pelo menos até setembro ou outubro do ano que vem", disse Hector Rubini, professorcasino online esteriEconomia da Universidade del Salvador,casino online esteriBuenos Aires.

"A preocupação é que vemos um grande crescimento do deficit fiscal e da dívida pública, mas não do investimento produtivo e isso, somado ao atraso do tipocasino online estericâmbio real, pode provocar sérias dúvidas no futuro sobre a capacidade efetiva do Estadocasino online esterigerar dólares e pesos o suficiente para cumprir seus compromissos com os credores", disse à BBC.

"A nossa sociedade pensa que é muito mais rica do que é e está inclinada demais a desacreditar qualquer governo que peça um ajuste", afirmou Juan José Cruces, diretor do Centrocasino online esteriInvestigaçãocasino online esteriFinanças da Universidade Torcuato di Tella,casino online esteriBuenos Aires.

"Eu tenho a esperançacasino online esterique o governo faça (o ajuste) antes das eleiçõescasino online esteri2017", acrescentou,casino online esterireferência a um programa que implicasse reduzir significativamente o gasto público, que é historicamente alto.

"O risco é que nunca façamos isso, e aí sim estaremoscasino online esteriapuros."

Um corte certamente poderia afetar os programas sociais que Macri prometeu manter, algo talvez ainda menos popular do que o endividamento.

A BBC Mundo tentou conversar com o Ministério da Fazenda argentino sobre o assunto, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.