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Como os futuros livrosapp da betnacionalhistória lembrarão a guerra da Síria?:app da betnacional
app da betnacional Recentemente, um parlamentar britânico comparou o bombardeio russo a um comboio da ONU na cidadeapp da betnacionalAleppo, na Síria, aos ataques nazistas na Espanha durante os anos 1930.
Andrew Mitchell, do Partido Conservador, disse que a Rússia está matando civis na Síria da mesma maneira como a Alemanha nazista se comportouapp da betnacionalGuernica durante a Guerra Civil espanhola, ataques que inspiraram o pintor Pablo Picasso a criar a obra Guernica.
A declaração foi recebida com controvérsia, mas, ao comparar dois momentos distintos da história, ensejou uma questão: como a guerra na Síria será descrita e contextualizada nas escolas no futuro?
Atualmente, aprendemos nas aulasapp da betnacionalhistória que o assassinato do arquduque Franz Ferdinand foi um dos gatilhos para a Primeira Guerra Mundial. E que a ascensãoapp da betnacionalHitler ao poder contou com vários fatores, incluindo a situação econômica na Alemanha, assim como suas habilidades como orador público.
Com a ajudaapp da betnacionalespecialistas, fizemos algumas previsões sobre os tópicos que, que como os acima, serão cobrados dos estudantes nos próximos 50 anos.
O começo: a invasão ao Iraqueapp da betnacionalmarçoapp da betnacional2003
"Se eu estivesse dando uma aula, eu iria para marçoapp da betnacional2003, quando Grã-Bretanha, Estados Unidos e outros países decidiram invadir o Iraque", diz o professor Tim Jacoby, especialistaapp da betnacionalconflitos e professor da Universidadeapp da betnacionalManchester.
"Mas você também poderia argumentar que para entender o que aconteceu na Síria você precisa entender a decisãoapp da betnacionalSaddam Husseinapp da betnacionalinvadir o Kuwaitapp da betnacional1991. Ou você pode ir um pouco além", afirma.
Michael Stephens, pesquisadorapp da betnacionalOriente Médio do Instituto Realapp da betnacionalServiços Unificados (Royal United Services Institute), um think tankapp da betnacionalsegurança, concorda que 2003 é um bom começo para entender a guerra na Síria, mas há também outras datas cruciais.
"Até 2001, as pessoas na Síria tinham apenas duas estaçõesapp da betnacionalTV, ambas controladas pelo Estado. Quando as pessoas tiveram acesso à internet, elas puderam se comunicar com o mundo todo e as pessoas foram incentivadas a querer mais para elas mesmas. A crise econômicaapp da betnacional2007-2008 teve um impacto econômico gigante no mundo árabe, o que levou à Primavera Árabe", explica.
Maisapp da betnacionalmil diferentes grupos são contrários ao governo sírio
Michael Stephens e Tim Jacoby concordam com a alta probabilidadeapp da betnacionalque este será considerado um dos mais complexos conflitosapp da betnacionaldécadas, se não o mais complexo.
Alguns dos principais grupos atuando no conflito são:
- Presidente Bashar al-Assad, líder do governo sírio, e seus apoiadores;
- Rebeldes que se opõem à liderançaapp da betnacionalAssad, lutando contra o Exército do governo;
- Partidos políticos que dizem que Assad é responsável por fraudar as eleições, garantindoapp da betnacionalpermanência no poder;
- O grupo extremista que se intitula Estado Islâmico, que usou a violência contra grupos como cristãos e Yazidis.
Segundo estimativas, existem maisapp da betnacionalmil grupos diferentes se opondo ao governo desde que o conflito começou, com 100 mil soldados.
EUA, Rússia e Irã são alguns dos grandes jogadores internacionais
Esta é mais uma questãoapp da betnacional"grande complexidade", segundo Jacoby. Segundo o especialista:
- A Rússia sempre foi uma aliada da Síria e continua a ser, principalmente porque ela continua a serapp da betnacionalprincipal aliada no Oriente Médio;
- O Irã teve uma grande influência na região como consequência da invasão ao Iraqueapp da betnacional2003. São aliados próximos;
- Para a política americana, um grande elemento do envolvimento dos Estados Unidos na Síria é garantir a segurançaapp da betnacionalIsrael, seu aliado próximo.
O chamado Estado Islâmico quer dissolver as fronteiras entre Síria e Iraque
"A invasão ao Iraque é a primeira vezapp da betnacionalum bom tempoapp da betnacionalque a coalizão internacional invadiu um país soberano e o subjugou a um período prolongadoapp da betnacionalocupação", diz Jacoby.
"Desestabilizou muito os regimes tirânicos e despóticos que existiam na região há décadas. O conflito na Síria é um resultado direto dessa desestabilização, eu diria."
E nem todo mundo pensa que Iraque e Síria são duas nações separadas.
"Aquela fronteira que desenhamos no mapa entre esses povos nunca foi aceita na mente dessas pessoas", explica Jacoby.
"As pessoas que vivem no deserto e transpõem aquela fronteira são as mesmas. Então o que o Estado Islâmico querapp da betnacionalalguma maneira é dissolver aquela fronteira - e é exatamente isso o que eles fizeram."
É difícil saber exatamente quantas pessoas morreram na Síria
"A contaapp da betnacionalmortes no Iraque é apenas uma estimativa", diz Jacoby. "Comparado com o Vietnã, onde os corpos eram contados e as mortes publicadas, há pouquíssima informação."
Jacoby afirma que essa era uma "política deliberada" por parte da coalizãoapp da betnacionalgovernos como Estados Unidos. Um resultado, diz ele, é que o movimento antiguerra não tinha esses dados pra ajudar naapp da betnacionalcausa.
O que nós sabemos é que milhõesapp da betnacionalpessoas deixaram a Síria durante os últimos anos como refugiadas.
O númeroapp da betnacionalrefugiados varia muito
As redes sociais e a internet tiveram um papel importanteapp da betnacionalnão apenas permitir um experiência melhorapp da betnacionalmundo às pessoas que estão dentro da Síria, mas também dar a elas uma plataforma para noticiar o que aconteceapp da betnacionalsuas vidas.
"Da perspectiva do Oriente Médio, eu acho que a ondaapp da betnacionaldebates nas redes sociais foi bastante polarizador", diz Stephens.
"É um pouco como quando Alan Kurdi (o meninoapp da betnacionaltrês anos na fotografia considerada hoje icônica) apareceu na praia. É mesmo necessário que uma criança seja levada pelo mar até uma praia para as pessoas se importarem?"
"Talvez a crise síriaapp da betnacionalrefugiados tenha nos levado a pensar um pouco mais criticamente sobre nosso papel no resto do mundo", disse Jacoby.
Ele destaca que o númeroapp da betnacionalrefugiados sírios vivendoapp da betnacionaldiferentes países varia muito. "A Turquia por exemplo tem provavelmente três milhõesapp da betnacionalrefugiados sírios", diz ele, comparando com os poucos milhares que vieram à Inglaterra.
"E depoisapp da betnacionalpassar por todo aquele sofrimento e privação, eles serem submetidos ao racismo endêmico na Grã-Bretanha é absolutamente imperdoável", diz.
Michael Stephens acredita que esse será o conflito definitivo até a metade desse século, acrescentando: "pode ser tão importante quanto foi a Primeira Guerra". Ambos os especialistas preveem que o futuro será castigado pela forma como o conflito sírio tem ocorrido.
"Eu acho que permitir que milharesapp da betnacionalhomens, mulheres e crianças se afoguem no mar Mediterrâneo será visto como um dos maiores crimes do começo do século 21. É completamente escandaloso, acho que a história será extremamente crítica sobre nosso papel nisso, nossa capacidadeapp da betnacionalignorar isso", diz Jacoby.
"Aprender a lições da história será dolorido para todos. Eu acho que todo mundo (do Irã aos Estados Unidos e Europa) terão que jogar as mãos para o alto e dizer que poderiam ter feito algo diferente. Do jeito que a região está, acho que a situação ficará pior antesapp da betnacionalficar melhor", completa Stephens.
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