Imagens humanizam crianças que tinham virado número, diz cartunista:stakes bonus

Crédito, Reprodução/Khalid Albaih

Legenda da foto, Opções para as crianças sírias: 'se você ficar' e 'se você partir'; desenho usou imagens icônicas da guerra da Síria e da crisestakes bonusrefugiados para destacar impacto dos conflitos atuais

O trabalhostakes bonusAlbaih, que vive desde os 10 anosstakes bonusidade no Catar, depois que o pai se tornou refugiado político, se destacou durante os protestos da Primavera Árabestakes bonus2011.

"Eu trabalho muito com a crise dos refugiados e com o que está acontecendo agora porque no final do dia eu também sou um refugiado. Entendo as decisões deles, pois são decisões nas quais penso todos os dias quanto a meus filhos", disse Albeih à BBC Brasil.

Crédito, John Mireles

Legenda da foto, Khalid Albaih: 'Essa é a históriastakes bonustodas as outras crianças que morreram sem terem se tornado (tema)stakes bonusum vídeo viral'

"Aylan e Omran têm a idade dos meus dois filhos. Sei exatamente como é duro. Claro que não estoustakes bonusuma zonastakes bonusguerra, mas apenas o fatostakes bonusnão estarstakes bonuscasa,stakes bonusquestionar onde é a minha casa, todas essas questões."

Inspiração

A imagemstakes bonusOmran, resgatadostakes bonusum bombardeiostakes bonusAleppo, se tornou um novo símbolo da guerra na Síria, que já dura cinco anos e matou centenasstakes bonusmilharesstakes bonuspessoas.

"Quando vi o vídeo (do resgate) me emocionei, como todo mundo. Imediatamente me lembreistakes bonusAylan, porque é a mesma história, masstakes bonussituações diferentes. Graças a Deus Omran sobreviveu, mas como irá viver depois disso? Essa é a históriastakes bonustodas as outras crianças que morreram sem terem se tornado (tema)stakes bonusum vídeo viral", afirmou.

Ele diz que a imagem é importante para "humanizar esses meninos e essas pessoas na Síriastakes bonusnovo". "Porque por certo tempo eles tinham se tornado números: '107 morreramstakes bonusAleppo, 150 se afogaram'."

"Queria fazer essa conexãostakes bonusque neste ano, enquanto você estava vivendostakes bonusvida, essas crianças estavam morrendo. E não são só essas duas crianças. Há milharesstakes bonuscrianças e famílias que morreram ou estão vivendo um inferno hoje. Não só na Síria, masstakes bonustodas as zonasstakes bonusguerra, como Iêmen, Sudão ou Líbia", acrescentou.

Nos últimos anos, com a crise dos refugiados e ataques terroristas na Europa, cartuns, como ostakes bonusAlbeih (cujo trabalho pode ser visto aqui: https://www.facebook.com/KhalidAlbaih/?fref=ts), têm motivado debates e polêmicas.

Crédito, AMC

Legenda da foto, Imagemstakes bonusgaroto resgatado chamou a atenção do mundo mais uma vez para conflito na Síria

Arte e ação

Em 2015, a redação do semanário satírico francês Charles Hebdo foi atacadastakes bonusParis por dois homens armados. Doze cartunistas morreram e 11 ficaram feridos no atentado.

"Cartum é uma arte negativa, geralmente trabalhamos com notícias negativas. Com as redes sociais e as notícias rápidas como agora, as pessoas só se lembramstakes bonusuma coisa. A memória é como astakes bonusum peixe, dura cinco minutos. As pessoas só querem saberstakes bonusnotícias rápidas, como um fast food. E o cartum é parte disso, sempre foi. A arte espalha a mensagem com mais facilidade", disse Albeih.

Para ele, o trabalho do cartunista "não é sempre ser engraçado". "É também tornar desconfortável o que é confortável."

Albeih afirma que tem recebido centenasstakes bonuscomentários e reações sobre seu recente trabalho.

"As pessoas me dizem: 'Como é triste esta imagem'. Se a imagem é triste, imagine a realidade. Muitas pessoas também perguntam o que podem fazer, como ajudar. Eu não sei. O que você pode fazer? É uma questão para cada um. Eu fiz a minha parte. O cara que filmou o vídeostakes bonusOmran fez o que podia, fez o filme. Acho que as pessoas devem entender o que podem fazer e fazê-lo", afirmou.