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Como um livro entregue na solitária transformou presocaça niquel cassinoalunocaça niquel cassinouma das principais universidades dos EUA:caça niquel cassino
caça niquel cassino O americano Reginald Dawyne Betts era um garoto estudioso que nunca havia tido problemas com a Justiça - até cometer um "erro terrível"caça niquel cassinodezembrocaça niquel cassino1996, aos 16 anos.
"Um homem estava dormindocaça niquel cassinoseu carro no estacionamento do shoppingcaça niquel cassinoSpringfield. Eu e um amigo o roubamos à mão armada e levamos seu carro", conta ele.
"No dia seguinte, voltamos ao shopping para fazer compras e levantamos suspeitas por termos usado o cartãocaça niquel cassinocréditocaça niquel cassinooutra pessoa. Saímos correndo, mas a polícia nos pegou."
Betts foi preso e enviado a um reformatório juvenil. Três meses depois, foi julgado como adulto.
O juiz do caso chegou a dizer, antescaça niquel cassinodar a sentença, que não tinha ilusõescaça niquel cassinoque a prisão ajudaria Betts.
"Naquele momento pensei que ele me deixaria ir para casa, mascaça niquel cassinoseguida ele disse que eu poderia tirar algo bom dessa experiência, se assim o quisesse."
Betts acabou provando que o juiz tinha razão. Hoje, aos 35 anos, acabacaça niquel cassinose formarcaça niquel cassinoDireito pela Universidade Yale, uma das instituiçõescaça niquel cassinomaior prestígio dos Estados Unidos, é um poetacaça niquel cassinosucesso. Ele diz que a virada emcaça niquel cassinovida veio quando estava atrás das grades.
'Milagre'
Condenado a nove anoscaça niquel cassinoprisão, ele diz ter sido mandado várias vezes para a solitária por infrações como xingar um guarda ou se recusar a ser trancado emcaça niquel cassinocela.
Uma dessas ocasiões provocou uma mudança radical emcaça niquel cassinovida. "Algumas vezes acontecem coisas que parecem um milagre, e essa é uma delas."
Ele conta que,caça niquel cassinogeral, livros eram vetados na solitária. Mas a regra não valia para detentos mantidos nese regime paracaça niquel cassinoprópria proteção.
"Você podia gritar para que alguém te mandasse um livro, e um completo estranho te enviava o que ele tinha", afirma Betts.
Em uma dessas ocasiões, uma antologiacaça niquel cassinopoemas escritos por negros, intitulada "Poetas Negros", chegou às mãos do jovem detento. "Aquilo mudou minha vida."
'Valor à escrita'
Um dos poetas que Betts leu foi Etheridge Knight (1931-1991), que escreveu sobre o períodocaça niquel cassinoque passou preso. "Ele não ficou culpando os outros, mas descreveu seus próprios problemas, experiências e vícios. Ele me fez dar valor à palavra escrita", diz Betts.
"Knight,caça niquel cassinoespecial, foi um sujeito que virou poeta na prisão e fez sucesso com seus textos após ser libertado. Ler ele e outros poetas me fez decidir ser também um poeta."
Betts diz que isso o ajudou a aguentar o tempo que passou na prisão e, apóscaça niquel cassinolibertaçãocaça niquel cassino2005, o levou para um caminho completamente diferente.
Cinco anos depois, ele estava casado, tinha dois filhos e um emprego, estudava Literatura na faculdade e havia publicado livros antescaça niquel cassinocompletar 30 anos.
Ele é o autorcaça niquel cassino"Uma Questãocaça niquel cassinoLiberdade: Memóriascaça niquel cassinoAprendizado, Sobrevivência e Amadurecimento na prisão" e das coleçõescaça niquel cassinopoemas "Shahid Lê a Palma da Própria Mão" e "Bastardos da Era Reagan".
Interesse pelo Direito
O período na prisão também despertou nele o interesse pelo Direito, mas ser advogado não era exatamente um objetivocaça niquel cassinovida.
Mas Betts passou a vislumbrar essa possibilidade quando escrevia um dos seus livroscaça niquel cassinopoesia na biblioteca da escolacaça niquel cassinoDireitocaça niquel cassinoHarvard.
"Quando estava na prisão, havia feito um curso básicocaça niquel cassinoDireito, escrevi uma petiçãocaça niquel cassinohabeas corpus por conta própria, trabalhei na bibliotecacaça niquel cassinolivros jurídicos. Ao voltar para casa, participei a atuar como ativista. Meu mundo já estava dividido entre Direito e Literatura."
Ele se inscreveu para faculdadescaça niquel cassinoDireito e foi aceitocaça niquel cassinovárias, entre elas quatro das universidades do grupocaça niquel cassinoelite dos Estados Unidos, a Ivy League, do qual Yale faz parte.
"Eu havia estado preso, e todos sabiam disso. Mas, quando me formei, fui escolhido para carregar a bandeira e liderar minha classe na entrada da cerimônia. Isso foi muito legal."
Inspiração
Betts não esconde seu passado dos filhos. Recentemente, convidado a dar uma palestra na escola do filho mais velho, fez uma consulta a ele.
"Perguntei o que deveria falar, e ele sugeriu que falassecaça niquel cassinomim. Respondi que, se citasse meus livros, teria que abordar meu período na prisão. Ele disse que deveria fazer aquilo, pois poderia ser inspirador para alguém", diz Betts.
"Então, é meu filho quem me inspira hoje. Porque é fácil sentir vergonhacaça niquel cassinoalguém que foi preso, mas ele sabe que alguém pode tercaça niquel cassinoredenção: ir para a prisão e tornar-se uma pessoa diferente. Ele sabe quem sou hoje e que não deveria esconder os meus erros."
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