A meninafibonacci roleta13 anos que deu à luz na Bolívia após ser 'entregue' pelos pais a seu estuprador:fibonacci roleta

Crédito, Divulgação

Legenda da foto, O caso só veio à tona porque o hospitalfibonacci roletaque a menina fez o parto encaminhou denúncia à polícia

Denúncia que agora motivou um processo judicial por "estupro qualificado contra criança".

Presentes

O diretor da Forçafibonacci roletaLuta contra a Violência da polícia boliviana, Gonzalo Medina, disse à BBC Mundo, o serviçofibonacci roletaespanhol da BBC, que Elias se aproximoufibonacci roletaVania por meiofibonacci roletapresentes.

"O estuprador conquista a menina com roupa e outras gentilezas. Os pais também recebem presentes e alimentos. E assim o aceitam como genro", disse.

Deste modo, Elias conseguiu não apenas ter relações sexuais sem consentimento com a meninafibonacci roleta13 anos, mas a levou para viver comofibonacci roletamulher.

"Os pais não veem isso como crime. Inclusive pensam que é uma situaçãofibonacci roletasorte", afirmou Medina.

Segundo os registros policiais do caso, a condição econômicafibonacci roletaVania e dos pais foi um dos elementos usados por Elias para se aproveitar da situação.

A famíliafibonacci roletaVania vemfibonacci roletauma comunidade rural que migroufibonacci roletacondições precárias para Santa Cruz, uma das maiores cidades da Bolívia.

'O salvador'

De acordo com Miriam Suárez, diretora da organização bolivianafibonacci roletaauxílio legal e psicológico Casa da Mulher, casos como ofibonacci roletaVania se repetem "com muita frequência" com meninas desde os 10 anos.

"As meninas estão muito expostas e não apenas por condições econômicas, mas pela violência nas casas e pela decomposição das famílias. Por isso fogem, e é quando acreditam ter encontrado um 'salvador'", afirma.

A última pessoa que pode ser responsabilizada nesses casos, afirma Suárez, é a menina.

"São esses 'salvadores' que se aproveitam da pobreza e da desproteção. A menina nunca é culpada, é praticamente obrigada a se expor a abusos."

Ela acrescentou que, como no casofibonacci roletaVania, muitas vezes os pais são cúmplices porque consentem com estupros e outros abusos.

São situações, afirma, que não geram apenas convivência forçada e estupros, mas servidão e abusos físicos.

"É um problema que conhecemosfibonacci roletavários pontos da Bolívia, mas também ocorre no resto da América Latina", diz Suárez.

Liberdade

Elias V. foi preso logo que o caso veio a público. Contudo, horas depois, no último dia 27fibonacci roletamaio, ele foi postofibonacci roletaliberdade.

Ele usou o argumento que formava um "casal" com a menina e apelou aos "usos e costumes" da Bolívia.

Mas a polícia diz que ele não está livre das acusações. O paifibonacci roletaVania também responderá no processo por estupro qualificado que tramita contra o agressor.

Enquanto isso, Vania permanece com seu bebê no hospitalfibonacci roletaque deu à luz. Aos 13 anos, ela já tem outra vida sobfibonacci roletaresponsabilidade.