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Copa do Mundo 2022: 'Queria que minha existência não fosse ilegal no meu país':esporte 365 bet
Aziz diz queesporte 365 betansiedade vemesporte 365 better que observar constantemente o que diz — uma palavra errada para a pessoa errada pode levar à prisão ou a um ataque.
"A diferença entre estar no Catar e fora do Catar é que, estando fora, a lei está do seu lado", diz.
"Se alguém te atacasse [fora do Catar], você iria à delegacia e estaria protegido. Enquanto aqui, se algo acontecer comigo, posso até me colocaresporte 365 betrisco indo à polícia."
Em um relatório no mês passado, a organização não-governamental Human Rights Watch afirma que as pessoas LGBT no Catar são sujeitas a detenção arbitrária por forçasesporte 365 betsegurança e a assédio verbal e físico.
A Copa do Mundo fez com que os direitos dos homossexuais no Catar chamassem grande atenção da imprensa ocidental.
Embora isso traga atenção da opinião pública para o tema, Aziz diz que essa atenção está tornando as pessoas no Catar mais vulneráveis.
"Agora vejo muitas pessoas aqui criticando pessoas LGBT online e dizendo que somos nojentos e contra a religião", diz ele.
Ele sente que a discussão é mal colocada também fora do Catar.
"As pessoas estão perguntando 'É seguro para nós irmos ao Catar e sermos nós mesmos sem correr riscoesporte 365 betsermos presos ou submetidos à lei do Catar?', mas elas não estão realmente pensandoesporte 365 betpessoas como nós, e o perigo que corremos com essas leis."
As autoridades do Catar fazem questãoesporte 365 betenfatizar que todos os torcedores serão bem-vindos durante a Copa, mas também pedem que os visitantes tenham sensibilidade e respeitem a cultura local.
Aziz teme que a Copa do Mundo seja bem-sucedida e que isso possa fazer com que o Catar tenha ainda menos probabilidadeesporte 365 betmudar no futuro.
No Reino Unido, a BBC conversou com Zainab (nome fictício). Mesmo morando na Grã-Bretanha, ela teme ser identificada e diz que isso pode ter repercussões para aesporte 365 betfamília no Catar.
Ela diz que elementos do conservadorismo religioso na lei do Catar afetaramesporte 365 betsaúde mental. Segundo Zainab, o chamado sistemaesporte 365 bettutela masculina sobre as mulheres "é como ser menoresporte 365 betidade por toda a vida".
"Para cada decisão importante na vida, você precisa da permissão escrita explícitaesporte 365 betum tutor do sexo masculino, geralmente seu pai, mas se ele não estiver vivo, então tem que ser seu tio, irmão ou avô."
"Sem essa permissão, você não pode tomar essa decisão, como se matricularesporte 365 betuma universidade, estudar no exterior, viajar, se casar, se divorciar."
Zainab disse que não seria capazesporte 365 betviver como bem entende no Catar porque seu pai é muito conservador. Ela pediu que a BBC evitasse dar muitos detalhes sobreesporte 365 betvida para queesporte 365 betfamília não consiga identificá-la.
Ela disse que algumas mulheres do Catar, cujas famílias são mais liberais, podem achar que o sistema não éesporte 365 bettodo ruim.
Zainab disse que o sistema faz com que as mulheres possam sofrer nas mãosesporte 365 bethomens da família e que as leis rígidas do Catar vão ao encontro do que pensam patriarcas tribais conservadoras.
"Eles acreditam que a ideiaesporte 365 betdireitos das mulheres éesporte 365 betalguma forma uma ideia ocidental, e que pode entraresporte 365 betchoque com seus valores islâmicos, cultura e tradições", diz ela.
Autoridades da Copa do Mundo do Catar dizem que as pessoas que fazem críticas ao país estão mal informadas.
Essa visão é reforçada pela estudante Moselle, da Cidade da Educaçãoesporte 365 betDoha, um grande campus que reúne várias instituições educacionais eesporte 365 betpesquisaesporte 365 betDoha: "Não precisamos que organizações ocidentais venham aqui e nos digam o que devemos ou não fazer", diz ela.
"É o nosso país. Temos que ter a chanceesporte 365 betnos desenvolver da maneira que acharmos adequada, não da maneira que nos é imposta."
Mas as críticas à sociedade do Catar por seus próprios cidadãos são fortemente censuradas. Como vimos, aqueles que se manifestam muitas vezes têm medo das consequências disso.
Aqueles com quem conversamos não estão reclamando apenasesporte 365 betpequenas diferenças culturais — como poder beber ou beijaresporte 365 betpúblico. Elas estão falando sobre questões que veem como direitos humanos básicos.
* Colaborou Harry Farley.
- Este texto foi publicadoesporte 365 bethttp://vesser.net/geral-63659504
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